Aventurando-se no Mundo

O anão se aproxima de Gorus e dá uma machadada de leve, bem de leve mesmo, em sua coxa e diz:

- Vai ser melhor sem sua tagarelice hahahaha! Quando tudo acabar vou te mostrar o que é cerveja de verdade!

Gorus se despede de Tuffo com um abraço, à Tárcio dá um sorriso e à Arzamarr apenas um aceno de cabeça. Não diz uma palavra à ninguém, permanece em silêncio e com a postura adequada para estar à frente de seu Rei, pronto para ouvir sua punição.

Fora a primeira coisa que ele disse ali no momento, ele nem sabia o que poderia acontecer no dia seguinte. Talves ele fosse expulso da missão pelo o que fez, mas nada podia ser afirmado com certeza. Ele segue junto com os outros para o armoreiros e ferreiro.


Quando os aventureiros estavam quase saindo, vários guardas aparecem na porta com um grupo de pequenas criaturas, ambas enfileiradas e amarradas as mãos nas costas, completamente desarmados.
O Rei continua sério perante o que vê, não estava tão surpreso. Sabia que criaturas de todos os lugares poderiam aparecer dos modos mais estranhos possíveis.

Um dos Soldados logo se aproxima e, ao fazer reverencia ajoelhando-se na frente do Rei, apresenta os "convidados":

- Senhor, meu Rei, perdoe-me interromper vossa reunião, mas este grupo de pequenas criaturas disseram vir da Tribo de Fingus, da floresta. Não sei se são quem dizem ser, mas precisavam vir falar com o senhor a todo o custo, senhor...

O Rei sabia que Fingus, seu amigo leal, não os abandonaria nesta guerra. Ele faz um gesto e todos os pequenos se aproximam do Rei, quando o Soldado sai da frente do mesmo, se posiciona atrás da fileira que os enviados da tribo fizeram, junto dos demais soldados.
Mais uma vez o Rei faz um gesto e todos os soldados deixam o lugar, mas os nove halfling's ainda estava amarrados.

- Apresentem-se formalmente e digam o motivo de suas vindas!

Então inicia-se uma sequencia de apresentações, Gurion seria o último a se apresentar. Após todos falarem seus nomes ajoelhavam de cabeça cabiscaixa demonstrando respeito à Ankus, o rei.

- Sou Gaspin, senhor. Soldado da Tribo e devençor das florestas.

- Sou Azarion, guerreiro treinado para defender o equilíbrio, senhor.

- Sou Tulio, guarda e protetor das famílias da mesma Tribo, Majestade.

- Sou Barphin, filho primogênito da família Anfajar, guardiã dos segredos das florestas e do Reino, senhor.

- Sou Pinfér, o mais rápido e astuto de minha Tribo pronto para serví-lo, alteza.

- Sou Cornarius,senhor. Treinado na diplomacia para levar mensagens de paz e união aos reinos quando necessário.

- Sou Dimy, majestade. Soldado responsável por treinar todos na arte do combate a distância.

- Eu sou Arvanos o mais novo guerreiro da Tribo e ancioso por deixar meu nome na história, às suas ordens, meu Rei.

Novamente o ocorrido faz com que os aventureiros parassem para ver o que estava se passando dentro do salão, mesmo Arzamarr que tentou sair depressa para não perder tempo com mais uma conversa desnecessária foi barrado pela porta do salão se fechando pelos guardas.

Spoiler:

O Rei estava orgulhoso da apresentação dos pequenos e por Fingus ter enviado-os para auxiliar.

- Muito bem, podem se levantar. Vocês serão enviados em duplas, a partir de amanhã, para cada reino, procurando convence-los a não ficarem na defensiva nesta guerra. Recrutem as criaturas de cada reino e convença-as a lutarem de nosso lado.

Ele faz uma pausa, todos estavam de pé e amarrados. O rei até então não tinha percebido, então pergunta:

- Gurion, por que estão todos amarrados?

- Eles cumpriram certo minhas ordens, não permiti a entrada sequer da família real sem que os convençam de quem são realmente. Fica a lição para todos pois nestes tempos não se pode confiar na palavra e nem no rosto de ninguém.

Ele faz uma pausa olhando para o resto de cada um e continua:

- Fingus é sábio e entende a importância do equilíbrio mágico dos reinos. Mas isto é um outro ponto a ser discutido com todos. Gurion, você deve levar esta filosofia, sabedoria, suas armas e conhecimentos em combate junto dos enviados de cada reino. Vá com eles e peça ao ferreiro e armoreiro lhe fazer um brazão real, por ordem minha, para que possa ser reconhecido onde quer que passe...

Ao terminar a frase, a porta se abre e uma mulher belíssima, de pele negra com símbolos que brilhavam como lava em seu corpo, cabelos de fogo e olhos penetrantes adentra o salão. Atrás dela vem Beijamim caminhando normalmente, afinal já conhecia o lugar.

O Rei fica extremamente transtornado com tantas pessoas indo e vindo de seu salão, mas mantém a calma e sua postura impecável assim que reconhece a Genasi e Beijamim.

- Como todos os que adentraram este salão hoje, quero que se apresentem formalmente!

Diz em tom alto e pausado para que Obaragy e Beijamim possam ouvir e obedecer.

Os Halflings que estavam ao pé do Rei se afastam criando um vão para que os novos "convidados" pudessem se aproximar.

O salão estava cheio.
Aos lados do Rei estavam Gurion e os outros Halflings enviados da Tribo de Fingus. Próximo da porta estava Tuffo, Tarcio e Arzamarr olhando tudo curiosos. Obaragy e Beijamim caminham pelo tapete vermelho até próximo do Rei e Gorus ficava próximo à parede, paralelo ao trono do Rei, observando tudo em silêncio.

Obaragy não se ajoelha, filha frente a frente do rei e fala firme à ele:

- Rei Ankus, sou Obaragy a primogênita do líder dos elementais de fogo do Reino das Sombras. Vim Trazer Beijamim até aqui em segurança a mando de Namish e trago-lhe o recado para que fique ciente que meu povo não participará do derramamento de sangue, assim como nos tempos de outrora. Namish, minha rainha, mandou-lhe informar que ela não impedirá as criaturas de atacar, mas não conduzirá a guerra. Ficará neutra sem interferir.

Ela faz uma pausa, aguardando Beijamim se apresentar para poder prosseguir.

Spoiler:

Tuffo apenas olhava incrédulo para Beijamim, ele achava que ele estava mortou ou talvez estivesse a favor do outro lado na guerra.

Uma coisa era certa ele nunca esperaria que ele reaparecesse assim.

Dessa forma ele permanece em silêncio aguardando para ver o que iria acontecer.

- Eu me chamo Beijamim Caldwell, O filho das Sombras, representante do Reino e abençoado de Nerrul, O senhor da Morte.

Beijamim muda totalmente aquela expressão de sorriso fácil e de falador, como quando estava com Obaragy e fala com calma e frieza.

Tarsio observa quieto a entrada de Beijamin e a Genasi. Pra tanto faz ou tanto fez a entrada novamente de beijamin no grupo naquele momento. Tinha coisas mais serias pra se preocupar. Já pra os halflings ele olha surpreso, acha que nunca tinha visto uma tropa de pequeninos. Eles olhando de longe pareciam figuras comicas.

O Rei ri ironicamente perante as palavras de Obaragy:

- Namish é leal sim, mas não deixa de ser má. Ela pode não se mover ainda, mas em poucos dias a teremos em nosso campo de batalha, isso é fato. A rainha pode ser leal ao equilíbrio e ao pacto, mas uma vez rompido não vejo motivos dela ficar acoada com o poder que ela possui...
Ele faz uma pausa, como pensando e diz:

- Obaragy pode se retirar. Agradeço sua vinda em paz em nosso reino. Agradeça ao Genesi, seu pai, o pela sua posição perante a guerra, mas sei que os elementais puros, digamos assim, não ficarão tão mansos...

Obaragy apoenas faz um aceno de cabeça e sai do salão, regressando ao reino das sombras. Ao passar por beijamim ela diz baixo, somente para ele ouvir:

- Não posso lutar por uma posição de meu pai, mas você pode... honre as sombras...

O anão já estava impaciente, então do fundo do salão:

- E então? Vamos embora antes que mais alguém apareça por aqui!

O Rei olha severamente para ele e faz um aceno com a cabeça para que todos possam se retirar.
Sendo assim, Gurion, Arzamarr, Tuffo e Tarcio vão rumo ao Ferreiro e Armoreiro. Beijamim sai em busca de alguma informação útil no reino, saber o paradeiro de algumas pessoas e observar a preparação do povo perante a guerra.

No salão ficaram apenas o Rei e os 8 halflings. Ele passava informações sobre a missão de recrutamento que eles tinham a enfrentar. Gosrus permanecia ali, já desligado do grupo, servindo de guarda do Rei enquanto ele falava com os enviados de Fingus.

- Tarsio, prazer - O ranger estendendo a mão pro halfling.

Tuffo havia gostado da aparência do Halfling, ele então se ajoelha no chão e diz ao pequeno ao mesmo tempo que o abraça sem qualquer constrangimento:

-Sou Tuffo Mkarena, o "bobobardo" do reino do Oeste. Muito prazer em conhecê-lo.

Ele para por um instante e diz:
-Vou precisar fazer uma canção pra você também pequenino.

A Anão estava impaciente, talvés preocupado com o que ele fez acontecer. Seu martelo quebrou o pacto por ter matado o herdeiro metido a besta e agora todos os reinos estavam em perigo, aliás todo o mundo.

Ele sabia que, se ele não morresse em combate, alguém o mataria em breve.

- Sou Arzamarr... Vamos logo todos para o maldito Ferreiro e Armoreiro conforme o Rei nos ordenou?

Todos seguem até o ferreiro/armoreiro pedindo informações ao longo do caminho para se localizarem. Caminharam por alguns minutos e logo encontraram uma casa simples, sem muitos enfeites. Plantas ao redor da porta com alguns detalhes de metais. Uma placa de ferro penturada na sacada dizia "bem-vindos" e balançava de acordo com o vendo.
Os aventureiros podem ouvir um barulho de metais vindo do mundo da casa, mas por conta da cerca ao redor da propriedade, não conseguiriam entrar sem saltarem.
Seria mais prudente chamar por alguém.

Arzamarr estava inquieto e então decide por chamar:

- Alguém em casa!? Somos enviados do Rei!!

De início ninguém responde, podem não ter ouvido o primeiro chamado pelo barulho que se fazia nos fundos.

Beijamim resolve não ir com o restante do grupo, afinal já tinha suas armas e sua armadura ganhas pela Rainha Namish.
Ao que Obaragy lhe disse, ele apenas fez um leve aceno de cabeça.

Ele decide por caminhar pela cidade em busca de uma pista que o s levem à algum lugar finalmente. Ele caminha por alguns instantes até que encontra algo suspeito num dos becos escuros da cidade: Duas pessoas com capas negras conversavam baixo, pareciam estar negociando algo, mas Beijamim não conseguia ouvir nada de onde estava.

Beijamim usa novamente a sua mascara, transformando-o em um homen sujo, e bêbado.

Beijamim retira sua garrafa de vinho dá um longo gole e passa um pouco de vinho nas roupas, já transfomado ele caminha, cambaleando se segurando nas, paredes, em direção aos dois homens, mas não chega tão perto assim, apenas o suficiente para ouvir algo, enquanto caminhava bebia e murmurava uma canção para si mesmo.

- Ahhh minha mulêr.... É a mais bela...

Ela canta e faz umas pausas como quem estivesse dormindo e acordando, mas o que realmente queria era ouvir a conversa.

Beijamim se aproxima o suficiente para saber do que se tratava a conversa. Falavam de uma entrega e Beijamim percebeu que se tratava de duas mulheres, pelo tom de voz. Ele não conseguiu ver como eram, por estar muito escuro e eles com capas pretas.

As duas falavam de entregar um pacote com uma mensagem para um homem no sul do reino do norte. Aparentemente era perigosa a viagem e uma das mulheres se negava a ir sozinha, mas acabou por aceitar ir acompanhada por dois homens que a encontrariam "onde o pacto foi quebrado" ao meio dia do próximo dia.

Foi então que elas pararam de falar por se incomodar com a aproximação de um homem sujo e bêbado (Beijamim) e se despedem. Uma das mulheres leva o pacote e a mensagem e a outra apenas uma carta. Cada uma tinha ido para um lado, uma para o leste e outra para o norte.

- Esse nunca vai nos ouvir com esse barulho todo. Vocês podem me xingar depois de mal educado, mas eu vou entrar lá e falar com - Fala Tarsio adentrando na casa em busca do ferreiro.

Beijamim ouve o que as mulheres diziam, até perceberem o homem velho e sujo, Beijamim espera até que elas saiam do corredor, para começar àçou segui-las, quando elas se dividiram Beijamim começou a seguir, discretamente, a que ficará com a carta, tentando descobrir quem era a mulher.

A mulher andava depressa, quase que corria, sempre caminhando por entre os becos e vielas escuras que o Reino do Norte tinha. Sua capa preta cobria totalmente o rosto e o manto que descia pelas costas dava conta de esconder seu corpo de acordo com o movimento que fazia.
Em alguns momentos Beijamim perdia a jovem de vista, mas logo conseguia re descobrir onde estava e continuava a sua fuga.

A jovem estava ficando desconfiada e decide adentrar as florestas, escuras e perigosas.

Certamente estavam muito longe e Beijamim não teria ajuda nenhuma caso fosse atacado, fosse por ela ou outras criaturas, mas certamente ele não poderia deixar uma pista dessas escapar de suas mãos tão facilmente.

Ele poderia confrontá-la antes de entrar na floresta ou seguí-la até lá assumindo todos os riscos ou beneficios que isto poderia causar.