Capítulo 5 - O Presente de Talos

- Aposto duas pratas que ele não consegue cantar algo que preste.

Hymma fez a oferta ao Dyke ao mesmo tempo em que Lyed se preparava para entoar uma canção. O malandro empolgava-se à medida que encontrava as palavras certas para a sua improvisação. Ele não era nenhum cantor profissional, mas já ouvira uma dúzia de boas músicas piratas para saber como elas deviam ser. Bastava falar em ouro, mulheres e rum que já era metade do caminho para a diversão dos tripulantes.

Lyed andava por todo o convés, cantando e gesticulando, e logo todos os marujos do Marlin Negro foram cativados. Hymma, lá do alto do cesto da gávea, jogou duas moedas de prata para Dyke e ele próprio seguia o ritmo da música com a sua voz grave:

“Saquear, roubar, partir
É o que vai nos divertir!
Saquear, roubar, partir
É o que vai lhes divertir!”

E assim o navio seguia rumo a Paldir, a ilha-refúgio para ex-piratas...

... porém, alguns dias depois, o dia ficou negro com o prenúncio de uma tempestade. Raggeti saiu de sua cabine, olhou o céu e gritou para os marujos.
- Dobrem as velas! Dobrem as velas! Tente manter a estibordo marujo, uma formação rochosa está a nossa direita e podemos precisar dela caso venhamos a soçobrar.



A tempestade veio de forma violenta, sem dar tempo para a tripulação se preparar devidamente. Albett e Royce ainda estavam cuidando as velas quando o trovão reverberou pelo céu e logo a seguir as pesadas gotas de chuva começaram a cair, batendo firme nos mastros, no deque e no casco do navio. A ventania piorava tudo, criando ondas no mar e tornando o balanço da embarcação imprevisível.

- Maldição! Essa é a benção da rainha cadela a qual você presta tributos? – Raggeti grita para Abbadon, o sacerdote, que estava do outro lado do Marlin.
- Não! Isso é obra de Talos, o Senhor das Tempestades! Umberlee está do nosso lado e nos ajudará a sair dessa!

Dyke reparava nas dificuldades que Thelarq tinha em manter o timão do navio a estibordo {teste de Profissão Timoneiro, caso queira auxiliá-lo}. Hymma tentava descer do cesto da gávea, o que era extremamente perigoso com tanto balanço abaixo. Os outros marujos corriam para lá e para cá, alguns ajudando a dobrar as velas, outros sem saber o que fazer, talvez a espera de mais ordens. Sean Dorean foi o primeiro e único até o momento a buscar um refúgio nos deques inferiores.

Frac tenta se equilibrar no deque do navio e ajudar a recolher as velas, era a melhor maneira de estabilizar o navio neste momento. O vento forte e os pingos parecia cortar como navalha e o contramestre estava se divertindo.

Equilibrio:

-Vamos seu bando de estrume força nesses gravetos que vocês chamam de braços e recolham e amarrem logo essas velas.

Usar cordas:

Lyed sorri, satisfeito, depois de terminar sua música e, enquanto todos os outros trabalhavam, o malandro se apoia na amurada do barco, apreciando a visão sempre incrível que era o mar. Mesmo o céu do horizonte, negro com as nuvens de uma tempestade que se formava, era bonito.

Bonito não foi, entretanto, quando as nuvens alcançaram o Marlim Negro e o envolveram em sua tormenta. Lyed estava correndo para os deques quando viu que Thelarq estava passando por maus bocados. Hyn tenta chegar até o amigo par ajudá-lo, tomando cuidado para não conhecer o beijo gelado de Umberlee antes do tempo.

Spoiler:

Dyke ouve a proposta de Hymma e acena com a cabeça indicando que sim, quando o novo musico começa a cantar Dyke olha para Hymma com um sorriso indicando sua vitória. Hymma lança as moedas para Dyke e o Lampreia apanha as moedas no ar, dá um beijo em cada uma delas e as guardas.

Dias mais tarde, Dyke percebeu o vento se agitando antes que o Capitão falasse da tempestade. O marujo esfrega suas argolas de uma maneira estranha sabia que bons ventos hoje não teria. A tempestade começa e o Marlim Negro se sacode todo Dyke se preparava para ajudar a amarrar as cordas quando percebeu que o novo timoneiro não era íntimo do leme ao mesmo tempo que percebeu que Hymma descia da gávea o marujo caminha até o leme do Marlin Negro e diz para o novo tripulante:
- PEGUE UMA CORDA E AMARRE O TIMÃO SE NÃO QUISER PASSAR O DIA TODO SEGURANDO O LEME. gritava Dyke em meio a tempestade
Dyke olha para cima e grita para Hymma:
- TÁ FAZENDO O QUE?! TÁ LOUCO. FICA AÍ EM CIMA E OLHA SE NÃO TAMO INDO PROS ROCHEDO. Dyke gritava ao mesmo tempo que andava pelo navio se equilibrando como se estivesse em terra firme.

Spoiler:

Frac tenta mais uma vez arrumar as velas para que facilite o trabalho do timoneiro.

-Coloque o Marlin negro no prumo aí seu patife! Ou eu mesmo te jogarei ao mar para servir de isca aos tubarões!

Usar Cordas:

Lyed sorri ao ouvir Frac dando ordens à Thelarq, sendo que o amigo estava fazendo mais do que o valentão do contra-mestre.

- Estamos fazendo mais do que você, amigo! Será que você vai conseguir arrumar estas velas ou vai penas ficar gritando ordens à quem está fazendo algo de útil?

Num primeiro momento, Lyed e Thelarq tentavam domar o leme do navio, mas ele girou forte e bruscamente, atingindo a ambos. Dyke veio com toda a sua experiência ajudar, mas não conseguiu. A seguir os dois amigos com as forças combinadas puderam direcionar o leme, e Thelarq então pegou uma das cordas que eram usadas para prender as velas e amarrou um dos pinos do timão, conforme a ordem do imediato.

Dyke também gritou para Hymma ficar lá em cima no cesto. O marujo já estava quase descendo do mastro quando tentou voltar ao seu posto e se desequilibrou com o movimento do Marlim. O forte vento tratou de empurrar Hymma para fora do navio, fazendo-o cair nas águas tempestuosas do Mar Interior. Alguns tripulantes que presenciaram a cena gritaram pavorosos.

Albett e Royce continuavam empenhados em dobrar as velas, e eles se saíam bem até que Frac se aproximou e, na vontade de ajudar, acabou rasgando um pedaço razoável de uma das velas. Lyed, em cima do castelo de popa, aproveitou para gritar com o contramestre. Salaman, que não sabia exatamente o que fazer até o momento, correu para a borda do navio e começou a procurar por Hymma naquelas águas agitadas. Por sua vez o Capitão Raggeti havia retornado para sua cabine, enquanto Abbadon permanecia do lado de fora, mas a única coisa que ele fazia era gritar por ajuda de sua deusa com os braços abertos e olhando para o céu negro.

Dyke foi o primeiro a avistar uma enorme onda se formando e que prometia engolir o Marlin Negro.

Dyke tentava ajudar no leme, mas a tempestade era mais forte, o vento soprava forte e o mar se agitava ainda mais, foi quando Dyke viu seu amigo ser lançado ao mar - HYMMAAAA!! ele gritou e correu para a borda do Marlim quando avistou uma onda enorme, podia jurar ela estava viva e que queria comer algo, talvez o Marlim Negro. Dyke aponta e grita - ONDA GIGANTE, SEGUREM-SE. em seguida corre para o leme para tentar evitar um estrago maior.

Spoiler:

Lyed vê o pobre homem cair no mar e fica aflito. Com aquela tempestade, eram poucas as chances dele sobreviver... Assim que Dyke assume o timão com maestria, Lyed fica sem saber o que fazer por um momento. O malandro não era marujo nenhum, tampouco um pirata. Não sabia trabalhar com cordas, dobrar velas ou gritar ordens. Hyn só conseguia pensar em Hymma e na tempestade que o engolia.

Lyed procura por alguma corda e corre até Salaman com uma idéia imbecil na cabeça, mas o malandro não conseguiria ficar em paz sem tentar aquilo. Hyn falava com o homem aos berros para se fazer ouvir no meio daquela tormenta.

- Nós temos que buscar o Hymma no mar, não dá para ficar só aqui em cima procurando por ele. - Hyn continua, mostrando a ponta da corda para Salamn - Amarre esta corda no seu pé e vá procurar por Hymma, eu fico aqui e te puxo se você tiver algum problema ou quando você encontrá-lo!

Spoiler:

Frac continuava tentando arrumar amarrar as velas e estava tão concentrado lá, que nem viu Hymma caindo no mar.

Já estava ficando nervoso com o balanço que acabava atrapalhando o que estava fazendo. Ao ouvir sobre o aviso da onda gigante ele tenta fazer o mais rápido possível o serviço e se segurar.

Usar cordas:

Frac, Albett e Royce haviam conseguido dobrar as velas, embora uma delas tivesse se rasgado no processo e precisasse de um remendo mais tarde. Já Dyke correu para a borda do navio à procura de seu amigo {Teste de Observar}, mas a onda que se formava atraiu mais sua atenção e ele procurou fazer a coisa mais óbvia: se segurar em algo - no caso, o leme do navio.

Mostrando uma boa agilidade para se manter em pé em meio ao balanço do Marlin, Lyed havia chego ao lado do cozinheiro e sugeriu que Salaman amarrasse uma corda em seu pé e descesse até o mar para buscar Hymma. O cozinheiro era um tanto inocente e acatou a ideia. Ele pegou o facão que usava, cortou uma corda próxima e a amarrou em seus pés. Antes que a onda engolisse a embarcação, ele pulou corajosamente para o fundo do mar. Lyed, com a ponta da corda em mãos, repensou se fora uma boa ideia aquilo, pois a onda gigante já atingia impressionantes dez metros de altura e, apesar dos esforços de Dyke em atenuar a situação, era impossível escapar dela.

- Isso não é bom. Isso não é NADA bom - comentou Thelarq.

TESTE DE REFLEXOS:

Frac enfim consegue terminar de amarrar as velas, com um pequeno estranho infelizmente. E vê Salaman pula no mar com uma corda amarrada nos pés.

Reflexos:

Antes de fazer alguma coisa o contramestre tenta se proteger da onda gigante para em seguida ajudar a segurar a corda que prendia aos pés do Cozinheiro.

-O que está acontecendo aqui? Porque o cozinheiro pulou no mar?

Usar cordas Ou Força:

Lyed realmente não tinha pensado uma segunda vez sobre seu plano... Hyn dá duas voltas com a corde em seu braço e apoia seu pé na amurada de madeira do Marlin Negro. Quando Lyed percebe Frac agarrando a corda, olha de canto de olho para ele e não responde a sua pergunta, apenas se concentra em não deixar Salaman sumir no mar revolto e em não se juntar a ele quando a onde atingir o barco.

Spoiler:

O Lyed deixa a pergunta do contramestre no ar - afinal, nem ele e nem Dyke haviam conseguido enxergar onde Salaman, e por consequência Hymma, estavam, e a situação era preocupante. Mas ao mesmo tempo eles tinham uma coisa mais emergencial no momento: a onda gigante.

Todos procuram se segurar na murada do deque, no mastro ou até mesmo no leme amarrado. A onda de dez metros então cai sobre o Marlin Negro. A primeira coisa a ser vista e ouvida é o mastro principal se partindo... Depois aquele montão de água cai sobre os marujos desprotegidos, engolfando-os como se eles tivessem mergulhado no fundo do mar. A pancada foi dolorosa para a maioria - apenas Lyed e Dyke haviam conseguido escapar ilesos usando técnicas precisas de movimentação - e alguns deles foram ao chão, como o caso dos dois irmãos e do sacerdote. Frac pelo menos havia conseguido sustentar a corda que prendia o cozinheiro, embora ela tivesse escapado de Lyed.

Quando alguns marujos se levantavam e outros observavam os estragos no navio, eis que eles tem uma nova surpresa quando um poço de água remanescente da onda gigante começa a girar como um pequeno redemoinho e aos poucos o resto de água vai tomando uma forma humanoide da altura de um humano. A criatura era feita puramente de água, e embora ela não tivesse um rosto que fosse discernível, o elemental não parecia ser dos mais amigáveis. A criatura estava próxima de Dyke, Thelarq e Abaddon.

- Seres de Talos! Seres de Talos! Acabem com eles! Acabem com eles! - gritava o sacerdote de Umberlee.

Ele falara no plural pois uma outra criatura feita de água havia surgido próxima de Frac, Lyed, Albett e Royce, e outras tantas poderiam surgir a qualquer momento.

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