O deserto inundado

Saio do bar com conversas suspeitas, cada clã preocupado consigo, cada clã planejando contra o outro, o império irá ruir por dentro se a situação desse torneio representar uma versão micro do império. Preocupações tomam minha cabeça, mas algo no clima da pousada onde me hospedo me faz esquecer as preocupações. O meu cansaço devia ser grande a essa hora da noite pois me distraio e caio entre os quartos 5 e 6. Mais importante que isso algo me chama a atenção por entre o assoalho, Jade!

Como  antes não fora possível eu conseguia ver a minha frente um quebra cabeça, ode eram peças desconexas eu conseguia ver encaixes em um todo, não o todo, mas quinas e peças que se encaixavam, cordas que se ligavam. Todos so ganhadores estavam na mesma estalagem, os piratas se escondiam ao norte da muralha, a estalagem tinha reservas de jade em seu subsolo. tudo começava a se encaixar, mas minha atenção é quebrada. Olho para cima e vejo uma samurai unicórnio.

- Desculpa se a acordei Uniornio-san, devo estar muito cansado, acabei caindo no caminho para meu quarto.- levanto  e faço as devidas apresentações que a etiqueta exige.- Não tive oportunidade de elogiar sua participação nos desafio de hoje, uma colocação merecida.

Bayushi Kaido,

       A mulher do clã unicórneo olha para Kaido pensativa, ao ver melhor tinha traços de gaijin. Porém com a apresentação de Kaido, de acordo com a etiqueta e sua sinceridade, ela acredita no que foi dito. Com um pouco etiqueta, mas definitivamente estranha a mulher responde.
       -- Muito bem Escorpião-desu, acredito em suas palavras. Quando a mulher faz a reverência era possível notar que havia uma presilha de jade em seu cabelo. Obrigado pelo elogio, contudo amanhã é um dia importante para nós dois. Boa noite. A mulher fecha a porta.

       Uma presilha de jade era um sinal de que ela não havia sido influenciada pela mácula das terras sombrias ou suspeita de algo.

Reverencio-a de volta e sigo caminho para meu quarto, penso em mencionar a ela sobre a Jade em sua presilha, mas não tive tempo de perguntar, e talvez não fosse a melhor ideia no momento. Precisava descansar de qualquer forma.

Chegando no quarto faria minha comunhão com. Os espíritos em silêncio, pedindo que me ajudassem a entender o que estava havendo ali naquela competição. Saber o que havia tinha se tornado mais importante que a competição em si.

Bayushi Kaido,

A meditação estava fraca e Kaido parece cair no sono. Num determinado momento Kaido abre os olhos e as paredes da pousada parecem translúcidas, o lado de fora da pousada está cercado por sombras e parecem tentar cobrir o local. No centro onde Kaido observou um sinal de que havia jade o brilho verde diminui. No quarto número 5 a presilha de jade brilha forte como se recebesse energia da pedra no solo.

Acabo caindo no sono na meditação, acordando conseguindo ver atravéz das paredes, com sombras cercando a estalagem. A Jade no subsolo parecia estar perdendo o brilho, talvez ela estivesse absorvendo a energia das sombras ao redor. Por outro lado a presilha da unicórnio brilhava ainda mais.

Sem perceber minha mão estava na katana, um tanto quanto confuso tento perceber como estão os outros hóspedes, se algum deles estiver assim como eu vendo o que acontecia faço um sinal para que nos reunamos. Principalmente se a unicórnio estiver acordada.

Bayushi Kaido,

       A unicórnio dormia sem perceber o que acontecia com sua presilha. Ninguém mais na pousada parecia perceber o que estava acontecendo. O caranguejo dormia profundamente, um outro hospede no quarto número quarto também dormia, a moça da recepção prestava atenção às suas tarefas.
       A visão translúcida volta a uma visão sólida. Kaido estava em seu quarto com a katana na mão, não estava dormindo como pensou. A escuridão do lado de fora da janela agora desapareceu e a claridade da lua ilumina a noite tranquila.

As coisas se acalmam e eu me acalmo com elas. De certo não estava dormindo, não foi uma visão que eu havia tido, será q era verdade? Tenho certeza de que os kami queriam me dizer alguma coisa, mas por que falam por meios ilusórios, não sou um maldito shugenja pra conseguir entender isso. Dou uma bufada meio estressado e me feito para o próximo dia de competição. Ainda assim durmo com mais preocupação do que acordei.

Bayushi Kaido,

       Ao dormir na pousada o sono é tranquilo, livre de preocupações. Quando Kaido acorda vai se preparar para o torneio, hoje é dia de combate desarmado no dojo Kajita. Ainda é cedo, são pouco mais de sete da manhã e a competição será apenas às nove para chegada com lutas após às dez horas.
       Havia algum tempo antes da competição e mesmo depois da inscrição haveria algum tempo para circular no torneio.

OFF:

Acordo cedo, vendo que tinha algumas horas até a competição. Aproveito o tempo livre e tento me encontrar com a unicórnio-san, se possível. Tentar saber mais sobre sua presilha, se ela tinha conhecimento do que significava e da função de uma joia de jade.

Estava vestido com meu kimono preto com detalhes em vermelho, com o mom do escorpião e o da familia Bayushi. A minha cintura minha katana e wakizashi, que representam minha casta. Não usava minha armadura a não ser que a competição de luta permitisse seu uso. Entre a inscrição e as lutas procuraria os outros competidores para ter um papo, principalmente aqueles que estavam na mesma estalagem que eu.

Bayushi Kaido,

       Ao passar na recepção a jovem com sono indica que a representante do clã Unicórnio foi comer no restaurante onde é serviço o café da manhã. Kaido desce a rua em direção ao restaurante e pode ver sentada numa bancada uma mulher com as cores do unicórnio usando uma tiara com jade. Ao chegar no restaurante o Escorpião faz uma saudação para a unicórnio e diz:
       -- Saudações Unicórnio-san, posso sentar-me ao seu lado neste banco do balcão? A unicórnio um pouco desleixada responde:
       -- Sim, Escorpião-desu. Está melhor hoje? Diz a mulher lembrando dos eventos da noite passada.

       O restaurante não está cheio, ainda é cedo e há bastante espaço para sentar. A Unicórnio parece receptiva ao Escorpião, talvez seja pena ou curiosidade, mas não está clara a razão. O fato importante é que os dois estavam próximos para conversar.

- Estou Sim,obrigado a simpatia. Bela tiara, não sabia que as terras do Unicórnio tinham pedras tão preciosas. Realmente os kami abençoaram você para te dar tal proteção e permitir que se destaque na competição de antes.- Presto atenção a como ela responde, tento pegar qualquer informação que ela possa saber, sem deixar que ela perceba.

off:

Bayushi Kaido,

       A mulher fica contente ao mencionar a tiara e falar sobre suas terras, o que parece reconhecer o unicórnio como parte do Império.
       -- Obrigado, essas jóias podem ser encontradas em todos os reinos, porém ela é cara. Neste caso meu bisavô a forjou com um amigo com um amigo do clã Caranguejo. A mulher parece sorrir. Porém estaria disposta a falar mais?

Teste:

-- Sabe Escorpião-desu, a demonstração de arte de ontem foi importante. Parecia que muitos estavam fadados ao fracasso já que apenas um seria o ganhador, porém foi estranho demais. Parece que os competidores não perderam a competição, eles realmente falharam. Se fosse uma corrida de cavalos seria como se corressem par ao lado errado. Havia um tom de preocupação na voz da mulher.
       -- Também notei uma diferença na tradição e uma monja do clã do Dragão disse isso para os juízes, ela foi desclassificada ao constatar este fato. A mulher respira e completa: Sabia que dos 10 quartos na nossa pousada tivemos oito dos melhores classificados na prova? Onde você dormiu no dia anterior? Sei que não dormiu na pousada. A mulher indaga isso pois sabia que o Escorpião não havia se classificado e queria descobrir algo. Sempre que penso nos Kamis, também penso que devemos nos proteger do mal. A mulher tocava num ponto importante, proteção contra o mal e jade estavam conectados.

- Sim, acho que correr para o lado errado faz jus ao que aconteceu. Mas não acredito que onde eu tenha dormido seja a maior preocupação no momento. Algo me diz que esse torneio vai ser mais tumultuado do que aparentam, e essa jóia de jade que carrega irá te ajudar.- Ao falar isso me silêncio por uns instantes. Peço algo para comer a atendente do restaurante.- Temos que nos alimentar para participarmos bem da competição hoje, unicórnio-san. Por sinal sou Kaido da família Bayushi. Espero poder contar com sua amizade nos dias que se seguirão.Mas me diga, viu algo de estranho por essa região na sua estadia por aqui? Sombras perambulando pelos cantos?

Bayushi Kaido,

A unicórnio-san presta atenção às palavras de Kaido.

Bayushi Kaido escreveu:- Sim, acho que correr para o lado errado faz jus ao que aconteceu. Mas não acredito que onde eu tenha dormido seja a maior preocupação no momento. Algo me diz que esse torneio vai ser mais tumultuado do que aparentam, e essa jóia de jade que carrega irá te ajudar.

-- Também acho que será tumultuado, papai dizia que essa joia trás sorte para a família. Espero que seja verdade. Ao ver o atendente ela pede mais chá.

Bayushi Kaido escreveu:- Temos que nos alimentar para participarmos bem da competição hoje, unicórnio-san. Por sinal sou Kaido da família Bayushi. Espero poder contar com sua amizade nos dias que se seguirão. Mas me diga, viu algo de estranho por essa região na sua estadia por aqui? Sombras perambulando pelos cantos?

- Sombras, então você percebeu algo? Eu estou protegida por essa joia de jade e cristal, as sombras não chegam perto de mim. Bem, meu nome é Akemi da família Moto. Devemos trabalhar juntos para preservar o Império Rokugan prezado Bayushi-desu, porém na arena, não espere que o deixe ganhar. Temo que as sombras tenham feito algo com os outros competidores, como se este torneio estivesse fadado ao fracasso. Akemi olhava séria para Kaido.

- Não pediria que aliviasse comigo nas lutas. Tem outros que já perceberam essa "maldição" do torneio, tambem há algo sobre os piratas que não bate pra mim. Quando o unicórnio voltou ao império vocês passaram pelas terras sombrias certo? Os piratas parecem estar se escondendo lá.- perguntei esperando que ela dissertar mais sobre isso. A partir daí a conversa fica despretensiosa.- E para essa competição? Quem você acha o preferido?

Bayushi Kaido,

       Moto-san olhava intrigada para Kaido e sorri quando fala que não precisava aliviar nas lutas. Quando menciona que outros já perceberam a maldição do torneio, ela comenta:
       - Não vi ninguém falar nada sobre isso. Você foi o primeiro que comentou algo comigo. Pode citar alguém? Moto-san estava intrigada.

       - Não conheço nada sobre as terras sombrias. Apenas sei algumas coisas, que como o cristal e a jade protegem as pessoas contra o mal. Havia sinceridade no olhar de Moto-san.

       Ao falar da competição Moto-san parace mais energizada e disposta a falar, aquilo era algo de seu interesse.
       - O Caranguejo que ganhou a competição ontem parece meu maior desafio, realmente maior. Ele é muito grande, deve ter mais de trinta centímetros a mais que eu. Moto-san estava preocupada com a diferença de tamanho. Já os outros competidores, há uma monja do clã Dragão que parece competente e o competidor que ficou em terceiro lugar também me preocupa por uma questão de pontos. A preocupação dela era válida, o Caranguejo era grande mesmo, talvez 15 a 20 por cento mais pesado também.

- O campeão de hoje chegou a achar estranho alguns fatos sobre o torneio, também ouvi sussurros sobre outros que perceberam que os competidores não estão nas idades tradicionais da competição.- olho ao redor para ver se há alguém prestando atenção a nossa conversa. Uma pena que ela não saiba nada sobre as terras sombrias.

Mudando o assunto para a competição e outras amenidades.
- Concordo, o caranguejo é quem mais me preocupa nessa competição. Seu Clã é conhecido pela sua força física e ele é de fato um exemplo do caranguejo. Acredito que o leão também possa oferecer algum perigo, mas não me incomodaria tanto de enfrenta-lo. A fenix provavelmente não deve ter enviado alguém especialista na area. A monge...- Paro para pensar um pouco, a monge talvez soubesse algo que os outros não sabiam.- Ela seria uma oponente formidável, mas não havia sido desclassificada?- Espero um tempo em seguida pergunto.-Moto-san, pelo que notei há poucos shugenjas no torneio certo? Sei que o costume é não haver tanta representação deles, mas mesmo assim. Lembra de algum Moto-san?

Assim como os monges, talvez até mais, os shugejas eram a conexão dos mortais com os kamis, se alguém possuía algum conhecimento oculto seriam eles.

Bayushi Kaido,

- Então o Caranguejo sabe, isso é curioso. Também que todos que foram bem classificados estão na mesma pousada. Moto-san termina de comer. Estamos todos na mesma pousada também, todos os melhores classificados no mesmo lugar. Isso é estranho, suspeito. Moto-san parece pensativa. Quanto aos shugenjas, creio que apenas a monja do clã do dragão que falou algo sobre isso. Moto-san fazia uma cara estanha quando pensava.

O odor de comida recém preparada inunda o lugar com o cheiro de carnes tocando na chapa quente. Alguém pediu ovos e toicinho.

Ouço atento as palavras da unicórnio enquanto termino de comer, acenando apenas com a cabeça positivamente.

- Adoraria continuar nossa conversa Moto-san, mas acredito que seja minha hora de partir. Gostaria de não me atrasar com minha inscrição na competição de hoje. Boa sorte, que se saia bem se assim os kami quiserem.- Me despeço e saio com uma reverencia.

Vou ao dojo onde seria realizado as lutas, me inscrever. Pelo caminho presto atenção a qualquer boato ou rumor suspeito que eu ouça.