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    Prólogo: Sujando as Mãos

    Makaveli Killuminati
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    Prólogo: Sujando as Mãos Empty Prólogo: Sujando as Mãos

    Mensagem por Makaveli Killuminati Qua Jul 23, 2014 3:07 am

    10 de Janeiro de 2089
    Chicago, USA.

    - A unidade de Força-Tarefa Argelina encontrou os destroços do navio cargueiro russo que desapareceu dos radares do país africano a três dias atrás. Segundo o Oficial General da Força-Tarefa que realizou a missão, Saphir Slimani, o navio sofreu um atentado e toda sua carga foi consumida pelo fogo antes do navio afundar... A voz que noticiava sobre o atentado era de Lucy Barbera, uma das mais populares e influentes jornalista do canal ABC, Chrislee não podia olhar pra tela do monitor por quê estava anotando o pedido de dois clientes que acabaram de chegar, um homem gordo que usava o boné comemorativo do time de futebol americano da cidade e um rapaz um pouco mais jovem e baixo que carregava uma mochila, provavelmente um dos universitários da cidade. Chrislee faz a rotina normal que fazia noite após noite, estava quase chegando as dez horas da noite, horário que aquela espelunca começava a movimentar de verdade. O Route 66, bar que Chrislee trabalha, era conhecido por servir uma bebida exótica e simples que poucos bares ainda servia, o Suco Gummy, uma bebida feita com vodka, água, suco em pó e gelo, também tinha algumas variações com balas e refrigerantes, essa bebida era o motivo do Route 66 ainda ser freqüentado por uma boa parcela de clientes femininos que saiam dali pulando de alegria.

    - Chris! Um homem alto e magro grita entrando pela porta do Bar, os clientes nem se importam, o volume da TV, o som ambiente e o som da música juntos praticamente abafava o som do grito do homem, mas Chrislee escuta e identifica a voz.

    - Chris!... Faz quanto tempo? Uma semana? O homem era Rob McReary, um dos amigos de Chrislee que a ajudaram a se estabelecer em Chicago e tinha viajado para o Brasil faz uma semana.

    - Ouça, eu tenho uma novidade. Rob estica o pescoço procurando por Julius, um atendente que trabalhava no mesmo expediente que Chrislee, e não demora em encontra-lo. - Hey, Julius!... Pode cobrir um pouco a Chris? Rob era um cliente regular do bar, conhecia todos os funcionários e todos os funcionários o conhecia, o quê justificava a intimidade que tratava eles.

    - Posso, posso! Mas não abusa. Responde Julius enquanto lavava as mãos depois de limpar o balcão de bebidas.

    Chrislee estava mais que acostumada a vida na cidade baixa de Chicago, que passava a ser a capital da economia nos EUA, Rob era quem entregava os serviços que Chrislee fazia à margem da lei. Chrislee fica atrás do balcão onde atendia os clientes e Rob senta-se em uma banqueta como se estivesse sendo atendido, a iluminação do local não era muita, os neons vermelhos e roxos faziam o lugar ficar menos escuro, mas Chrislee estava acostumada e enxergava o rosto animado de Rob com perfeição.

    - Eu tenho dois serviços, um para você e outro para o Carlos... E como não poderia ser diferente, vou oferecer primeiro os serviços a você. O Carlos a que Rob se refere é um rapaz mexicano que vive melhor situado em Chicago, e faz serviços muito semelhantes aos de Chrislee, por coincidência, também era um dos informantes da jovem.

    - Escute! São duas maçãs frescas que eu tenho aqui... Eu tenho dois clientes. O primeiro quer que eu entregue a ele os documentos pessoais de usuário de um formando em biologia da Universidade de Chicago, a dificuldade do serviço é que estes dados estão armazenados na rede do Laboratório de Ciências e Tecnologias da Universidade, que fica na Cidade Alta, o código deve ser difícil de quebrar, mas você pode obter estes dados através de meios menos ortodoxos, se quiser... O segundo cliente é um neozelandês que está tentando obter provas de quê não foi o responsável por um assassinato que ocorreu a três meses, no estado da Florida, o advogado deste cliente tem algumas pistas que podem ajudar a chegar até o real assassino, mas as autoridades fazem vista grossa, provavelmente é um caso comprado, este segundo serviço parece ser bem mais arriscado e perigoso, se você optar por esse, o quê não recomendo, você vai mexer com peixe grande, mas vai botar a mão numa grana violenta se conseguir as provas... O quê acha?
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    Mensagem por Tia da Cantina Qua Jul 23, 2014 8:49 pm

    Chrislee T. Cymes

    Mais uma noite, mais trabalho naquilo que o dono insistia em chamar de “bar”, mas que, realmente, só se mantinha aberto devido ao “Suco Grummy”, uma mistura aguada, e doce com álcool... Bom, ao menos Chrislee a julgava demasiadamente doce e aguada. Nada que substituísse uma boa e velha bebida pura... Ou um bom charuto.

    A TV murmurava algo sobre terem encontrado aquele navio que sumira em algum lugar aos arredores do continente africano ao fundo da música e dos barulhos constantes do Route 66. “ Ah, então foi um atentado... E a carga foi queimada? É uma pena...”, pensou a jovem sem desviar os olhos para a televisão ou desfazer seu 'sorriso ensaiado para os clientes' do rosto. Atendia dois que haviam acabado de chegar, talvez já os tivesse visto antes, talvez não. Pareciam-se com universitários, então ofereceu-lhes algumas das bebidas mais fortes que a casa oferecia, por mero costume. Já voltava-se para ir buscar aquilo que pediram, quando o som de alguém chamando-lhe fê-la virar-se para a porta.

    - Ora, ora, ora, veja só que apareceu. – disse a jovem com um sorriso travesso no rosto, já  dando alguns passos na direção de Julius, para colocar o pedido recém-anotado no bolso de sua camisa, dando-lhe uma piscadela e advertindo-lhe com um sorriso no rosto  - Trate bem de meus clientes. – brincou, antes de voltar-se novamente para o recém-chegado.

    Abroximou-se do balcão, pegando uma garrafa que continha um licor escuro e serviu uma dose, empurrando-a para mais perto de Rob. Escorou-se sobre os braços cruzados sobre o balcão, de forma a inclinar-se na e diminuir a distância que o balcão os separava. O homem alto e magro lhe trazia os serviços dos quais realmente gostava, e aqueles que realmente davam algum lucro, diferente da pechincha que ganhava naquele fim de mundo. Abriu-lhe novamente um sorriso enquanto erguia uma das sobrancelhas.

    - O quê vai ser hoje, Rob? O mesmo de sempre? -  segurou o sorriso enquanto o homem falava, ouvindo atentamente tudo que ele lhe explicava. Na verdade, sentia-se inclinada a aceitar entregar os documentos do Universitário e deixar a trabalheira maior para “Carlito”, porém, Rob tocou no assunto chave: grana. A jovem soltou uma risada, batendo de leve com uma das mãos no balcão – E desde quando eu interesso-me por peixes pequenos, Rob? - a jovem bateu com os dedos três vezes na bancada, encarando seu cliente com os olhos cheios de expectativa e diversão - Mas diga-me... Nosso "peixinho" é realmente tão inocente?

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    Mensagem por Makaveli Killuminati Qui Jul 24, 2014 2:03 am

    - Rá, tudo bem Miss Simpatia! Respondeu Julius em tom de brincadeira ao comentário de Chrislee, saindo de trás do balcão para atender os clientes.

    Quando termina de falar sobre os serviços que tinha para Chrislee, Rob dá um longo gole no pequeno copo de vidro que continha o licor servido pela jovem, terminando-o de uma vez só e batendo com o copo na mesa, a bebida era muito forte, o quê fez Rob chacoalhar a cabeça e arregalar os olhos. - Acho que eu bebi demais. O homem fixa os olhos em Chrislee, tentando abstrair a resposta da jovem audaciosa. - Não, você não está brincando. Fica claro o desanimo de Rob, mas era um risco que ele mesmo se propôs e propôs a Chrislee.

    - Já que a Senhorita Cymes não se importa com os riscos, falaremos do neozelandês então. Rob tira do bolso da jaqueta um charuto "Perfecto", daqueles que Chrislee gostava, mas não oferece a moça, no outro bolso ele puxa um isqueiro metálico, um modelo que não se achava mais em nenhuma mercearia, Rob acende o charuto e dá duas tragada, depois assopra a fumaça para os lados. Misturado com o cheiro da fumaça do charuto, entra também no bar o tradicional cheiro de asfalto molhado, começava a chover lá fora, mas o som da chuva não dava de escutar pois era abafado pelo barulho de todo o ambiente do bar. Rob começa a falar sobre o serviço que Chrislee tinha optado.

    - Não faço ideia se nosso cliente é culpado, mas com certeza não é santo. O nome dele é Domênico Cesaroni, um descendente de italianos e magnata que trabalha com lixo nuclear... Parece brincadeira, mas o cara tem pinta de mafioso. Rob se referia ao esteriótipo de mafioso que o cinema criou nas últimas décadas, com versões romantizadas da mafia do início do século 21. - A pista encontrada na cena do crime é um anel de noivado com o nome feminino Mandy Tabrasca gravado no interior, o anel estava dentro do bolso da vítima do assassinato. Os registros indicam que essa Mandy seja uma stripper que trabalha em um popular "inferninho" de Miami. O nome da vítima é Roy Surrandler... Rob coça a cabeça, ele parecia pessimista com o serviço. - Eu tenho a sensação que você terá que "inventar" alguma prova que incrimine essa mulher, ou alguém, por quê as autoridades estão inclinadas a fechar os olhos para essas evidências... Vais ter que tirar uns dias de folga aqui do Route 66 se queres mesmo esse serviço.
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    Mensagem por Tia da Cantina Qui Jul 24, 2014 12:52 pm

    Chrislee T. Cymes

    - O quê?  Achou que eu fosse servir água para o nosso melhor cliente? – Chrislee sorri com a reação do homem à bebida e não resiste de fazer o comentário. Em seguida, ergue-se de sua posição curvada. Permanece apenas com um dos braços no balcão, ficando meio de lado e olhando o ambiente, como se para ter certeza que não havia ninguém perto o suficiente para ouvi-los, muito embora o som do ambiente se encarregasse bem o suficiente de omiti-los – Rob, Rob, Rob... Você não entende. Duas palavras pra você: muita grana. – a jovem conta as palavras nos dedos – O risco é uma consequência... E não se esqueça que eu sou a melhor, e é por isso que você vem atrás de mim, Sr. McReary. - dá uma piscadela, ainda com um sorriso, que se desfaz um pouco quando vê o homem acender um charuto e não oferecer a ela sequer um trago.

    Estranhamente, os cheiros de charuto, álcool e chuva se misturavam de forma agradável, não fossem os outros cheiros estranhos que compunham o lugar, os quais era preferível sequer pensar de onde vinham.  A jovem acompanha com os olhos a fumaça soprada por Rob, como tornava turvo o ambiente além dela... “Ah, um charuto cairia muito bem agora”.

    - É um belo isqueiro que tem aí – comenta, tentando deixar claro, de maneira um tanto indireta, seu interesse. Seria possível que ele não soubesse que ela gostava de charutos? Bom, talvez, então, ela mostrasse que sabia cobrar por uma dose de licor. Ouve-o atentamente, fixando seus olhos verde azulados hora no homem, hora no charuto que ele tinha na boca. Por fim, abre-lhe um pequeno sorriso – “Domênico Cesarone” – diz imitando um sotaque que parecia uma mistura tosca entre italiano e francês – Haha, nome de mafioso certamente ele tem. – brincou, com um sorriso de canto antes de adotar um tom mais sério – Um anel de noivado com o nome de uma Stripper? Ora, ora, uma coisa que não se vê todos os dias. Outra coisa que não se vê sempre é alguém mais interessado em acusar um magnata do que uma put... Digo, uma stripper – tentou relevar o pessimismo de Rob, não deveria ser tão pessimista com um trabalho que ele mesmo viera oferecer, mesmo que fosse um problemático -  Certamente nosso amigo tem pessoas que não gostam muito dele. – comentou passando a mão sobre os cabelos e pousando-as em seus óculos de navegação, ponderou descê-los naquele momento e começar a investigação, tinha tanto para saber... Primeiramente deveria certificar-se se o caso em questão já havia se tornado público ou não, que tipo de influência tinha Roy Surrander, tinha que encontrar Mandy... Tinha que saber quem estaria disposto a prejudicar Cesarone – Ah, estão? Bem, devo dizer então que a pessoa que não gosta do nosso amigo certamente tem uma boa influência nessa área.. E provavelmente está disposta a pagar mais do que ele. Motivos pessoais, talvez? – desceu a mão até a cintura e pousou-a ali, dando um risinho discreto – Quanto aos dias de folga, não se preocupe. Terei algum tipo de reação a alguma porcaria injetável e terei que permanecer em repouso em casa, sabe-se lá o que eles misturam naqueles líquidos... Julius pode me cobrir durante esses dias. Mas me diga uma última coisa... Quão público já é esse caso?
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    Mensagem por Makaveli Killuminati Sáb Jul 26, 2014 3:47 pm

    Chrislee e Rob intercalavam sua conversa no bar, a jovem era falante e por muitas vezes interrompia Rob, que tinha que voltar seu pensamento e continuar. - Modestia é pra quem precisa. Fala o homem quando Chrislee se exalta falando em ser a melhor, os dois ainda mantinha o senso de humor, mesmo quando tratavam de negócios, talvez Chrislee conseguia se manter sempre com o mesmo humor, mas Rob era um tanto quanto bipolar, de vez em quando fazia drama por pouca coisa.

    Chrislee não encontra nada de muito chamativo com o auxilio de seu óculos, a grande mídia sequer deu importância a este caso, os portais de notícias e páginas que falavam sobre o caso, o tratavam como apenas mais um caso de assassinato recorrente dos últimos anos. Tecnicamente, Roy Surrandler não tinha uma imagem influente na política local, nem Domênico Cesarone, o quê fazia de Surrandler apenas mais um morto de mais um caso de homicídio "solucionado".

    As palavras de Chrislee ficavam no vazio quando insinuava algo sobre os charutos e o isqueiro, Rob se preocupava mais com a imagem da jovem do que ela mesma, não seria uma boa que ela fumasse enquanto trabalhava, mesmo que aquilo fosse um bar de fodido, ele se comprometia a valorizar a imagem de Chrislee.

    - Não... Já tem três meses e nenhuma repercussão, neste caso isso dificulta as coisas. As autoridades estão fazendo um esforço grande para manter este caso no ostracismo. Tudo indica que nosso cliente seja culpado, burro também... Testemunhas falaram que Cesarone já tinha jurado morte ao Surrandler, eles eram vizinhos de apartamento, o corpo foi encontrado com uma bala na cabeça dentro do próprio apartamento, a porta estava desbloqueada, qualquer um tinha acesso, Cesarone estava no seu apartamento, que ficava em frente ao de Surrandler, as autoridades encontraram uma arma no apartamento de Cesarone que havia sido disparada recentemente, a munição da arma batia com a que penetrou a cabeça de Surrandler... Vai ser difícil provar que Cesarone é inocente, ou nosso cliente é muito burro, ou tudo foi bem arquitetado para culpar Cesarone.

    Rob se levanta da banqueta e segura seu chaveiro na mão, Chrislee sabia que quando fazia isso era por quê ele já estava para ir embora. Ele acessa o painel de cobrança do bar e paga pelo licor que tomou, Chrislee não tinha aliviado, mesmo para ele, Rob então arrasta um cartão pelo balcão até alcançar as mãos de Chrislee, era o cartão do advogado de Cesarone.- Te desejo sorte, pequena... Você sabe por onde começar. Podes tentar falar com o advogado do Cesarone, com a puta da aliança, investigar o banco de dados da polícia... Só não vais conseguir falar com o próprio Cesarone, só o advogado dele pode entrar em Alcatraz... Já que tens um álibi para partir pra Florida, boas férias. Rob fica poucos instantes parado em frente de Chrislee, refletindo sobre só Deus sabe o quê, infelizmente Chrislee não sabia ler o quê estava escrito naquele olhar, ele dá dois tapinhas no ombro de Chrislee, acena para o Julius e caminha até a porta, saindo do local. Chrislee tinha um serviço em mãos e tinha que decidir e planejar como realizá-lo.
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    Mensagem por Tia da Cantina Sáb Jul 26, 2014 6:51 pm

    Chrislee T. Cymes

    O bom humor era algo que Chris realmente podia se gabar, especialmente quando finalmente teria algo de interessante para fazer, finalmente, e que lhe daria um bom retorno. Com certeza poderia comprar charutos melhores que aquelas porcarias que ela tinha em casa e dar um bom “up” nos seus dispositivos... e, quem sabe, colocar o aluguel em dia. Apesar do bom humor que mantinha, realmente lhe irritava um pouco a forma como Robb se preocupava com sua a sua imagem que, particularmente, a jovem não achava que iria ser prejudicada por fumar um charuto num bar caindo aos pedaços... Que fosse, então, cobraria pela bebida para mostrar sua indignação com isso.

    O fato do caso não ser foco da imprensa era algo bom e ruim ao mesmo tempo... Por um lado, uma “reviravolta repentina” não causaria tanto tumulto, por outro, obter informações relevantes seria um tanto mais difícil... Isso é, se não fosse Rob para lhe dizer o básico.  Então, o cliente que havia escolhido ou era muito burro ou haviam armado pra ele... Na verdade, dificilmente um magnata seria assim tão burro ao ponto de sujar as próprias mão de forma tão absurdamente desleixada. Poderia ter sido algum impulso, movido pelo calor do momento... Talvez os dois estivessem comendo a mesma puta, e se ela se casasse, um dos dois ia ficar sem alguém para lhe aquecer a cama. “Homens...” Segura o cartão entre os dedos e dá uma olhada, na frente e atrás, e coloca-o entre os seios. Seria útil mais tarde.

    - Terei cuidado, não se preocupe. – disse fazendo um beicinho de descontentamento enquanto tenta decifrar a expressão do homem... Rob era um homem um tanto preocupado demais, mas era divertido e negociar com ele era sempre um prazer, ele sempre tinha bons negócios a tratar. Dá-lhe um pequeno sorriso enquanto ele se retira – Volte sempre! – fala um tom mais alto, acenando com uma das mãos quando o homem já ia saindo. Volta-se, então, para Julius, indo até ele e dando-lhe um tapinha nas costas – Valeu.

    Retoma seu serviço de servir os clientes, e servir Suco Gummy... Como as pessoas podiam insistir em pedir isso? Por vezes, tinha vontade de colocar uma dose extra de álcool, pelo menos. Mas não o fazia, meramente por ainda ter algum apreço por seu emprego. Tinha que pensar no que faria ao término do expediente... O primeiro passo seria ir para a Flórida, isso era evidente, não havia muito o que pudesse fazer a essa distância... O segundo passo, entrar em contato com a puta. Arrancaria o que pudesse dela, e sabia como: exatamente com o seu álibi para fugir do trabalho. Primeiramente, teria que conseguir algumas seringas de Psicodelia, a mesma droga “que a faria ficar indisposta alguns dias” seria a droga que injetaria em Mandy e a faria falar. Depois iria ter com o advogado, com uma identidade falsa, claro... Mas não poderia vê-lo antes de coletar algumas informações com a stripper.

    E não fazer nada disso sem que Julius soubesse que ela “iria se drogar”.

    Esperaria o final do seu turno, iria até Julius, fingindo-se cansada, e lhe perguntaria onde poderia encontrar um bom vendedor de Psicodelia, um que vendesse a droga realmente, e não essas coisas misturadas com água que vendem por aí. Se ele soubesse, bem, já saberia onde encontrar facilmente. Mesmo que ele não soubesse, já deixaria claro suas intenções. Talvez, no dia seguinte, ligasse para o rapaz para fingir que ainda estava sentindo os efeitos, que estava passando mal. Não se sentia muito bem fingindo para Julius, ele parecia ser um bom rapaz... Mas, existiam coisas que tinham que ser feitas.  Talvez lhe pagasse uma bebida depois para aliviar a consciência.

    Psicodelia:
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    Prólogo: Sujando as Mãos Empty Re: Prólogo: Sujando as Mãos

    Mensagem por Makaveli Killuminati Seg Jul 28, 2014 12:35 am

    Chrislee já tinha um plano em mente, o final do expediente foi rotineiro, a noite inteira servindo bebidas, os clientes comentavam sobre o jogo de basquete que acabará de terminar, os que iam ali dançar saiam exaustos e alguns deles até bêbados, era o quinto dia seguido que o expediente de Chrislee terminava sem ter alguma "treta" no bar, um mal sinal, parecia que o bar estava aos poucos ficando elitizado e perdendo suas características, o que leva Chrislee pensar que o tal "Suco Gummy" estava afrescalhando seus clientes, que por muito tempo eram a galera mais "bronca". Era indiferente para Chrislee se Julius sabia ou não onde encontrar a droga que ela queria, a jovem já tinha usado aquela porcaria algumas vezes e sabia com quem achar, era necessário apenas que Julius soubesse sua intenção para o álibi fazer sentido no próximo dia, e assim o fez, Julius conhecia a droga, mas não sabia quem fornecia, sequer fica surpreso que Chrislee fosse uma usuária da droga, Julius sabia o quão normal era que os moradores daquela região da cidade baixa se drogassem, aliás, provavelmente conhecesse menos pessoas que não usassem alguma droga, do que as que usam.

    Não estava mais chovendo, embora o asfalto e calçadas estivesse molhados e formassem poças onde os bueiros estavam entupidos, já era madrugada quando Chrislee sai do Route 66, mas com certeza o fornecedor da droga ainda estava trabalhando. A jovem aproveita que já era caminho e compra duas seringas da droga, infelizmente "Psicodelia" não era tão barato, a droga que era conhecida como "Psycho", ou "Lira", era consumida principalmente por jovens de classe alta que estão afim de "viajar mais longe".

    Chrislee morava em um cafofo todo bagunçado e cheio de geringonça que julgava ela que poderia usar em algum momento, mas a maioria das coisas estavam ali só ocupando espaço, o condomínio em que morava era dividido em três blocos, seu apartamento era o número 312, no terceiro andar do Bloco C, o condomínio ficava em uma periferia de maioria branca, uma área violenta onde duas gangues brigavam entre si para controlar os pontos de tráfico, os corredores dos blocos e pátio do condomínio era recheado de prostitutas "melhoradas" e viciadas, ensandecidas para repor suas doses de Dermox atrasadas, Chrislee teve que driblar de várias delas para chegar enfim em seu apartamento.

    A jovem passa a noite ali, e acorda só as três horas da tarde. Estava a três horas do seu expediente começar novamente.
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    Mensagem por Tia da Cantina Seg Jul 28, 2014 3:56 pm

    Chrislee T. Cymes.

    Embora Julius não soubesse de algum vendedor que pudesse fornecer Lira, era suficientemente bom que ele soubesse de suas intenções. Seria ainda mais útil que ele lhe houvesse indicado alguém que vendesse mais barato: os fornecedores que Chrislee conhecia cobravam sempre um absurdo. Em outros tempos, pouco depois que foi para as ruas, tornara-se uma usuária frequente de droga mais baratas, mas sua preferia era, sem duvidas, a Psyco. Era como comparar um bom e caro charuto com aquelas porcarias que tinha em casa. Mas já fazia algum tempo que as únicas drogas que ingeria eram o álcool e o tabaco, tinha ciência de que precisava manter-se o mais perto da sanidade o possível se quisesse completar seus serviços, e podia sentir-se perfeitamente realizada apenas com eles.

    Teve que fazer quase um balé a caminho de casa enquanto levava as duas seringas recém-adquirias, de forma a desviar dos buracos cheios pela chuva, das prostitutas, dos viciados, das prostitutas viciadas e garantir que não ficaria presa em meio a um conflito. Chegar ao apartamento era sempre uma verdadeira aventura.

    O condomínio onde Chrislee morava era perfeitamente adaptado ao lugar, a estrutura era relativamente antiga, tinha algumas rachaduras e a tinta precisava ser retocada há mais de dez anos... Mas não era um local de todo desagradável e os vizinhos não eram pessoas que se incomodassem com facilidade, embora por vezes fossem barulhentos. Pelo pátio e corredores, era comum ver prostitutas – na verdade, Chrislee acreditava de 95% da população feminina daquela zona deveria se prostituir. Era quase surpreendente que ela mesmo não fosse uma puta -, saindo de apartamentos ainda meio descabeladas, contando umas cédulas ou terminando de vestir suas roupas. E a jovem tinha que desviar delas, evitando contato visual.

    Sim, sua vizinhança era muito agradável: prostitutas, drogados e bêbados pelos cantos, traficantes, intrigas entre gangues e bueiros entupidos.

    Seu apartamento ficava no terceiro bloco, no terceiro andar. Para abrir a porta, era preciso um pouco de força, de forma a afastar algumas “quinquilharias possivelmente úteis” que ficavam espalhadas por todos os lados, inclusive na passagem.  Até ali, nada inesperado.

    Após afastar algumas coisas que ocupavam a velha e rasgada poltrona da saleta, Chrislee joga-se sobre a mesma, sentindo o enchimento velho ceder. Era tão confortável quanto sentar no chão, mas um tanto mais empoeirado.  Ao lado da poltrona, havia um pequeno criado-mudo, sobre o qual as seringas com Psycho foram lançadas, e permaneceram sobre uma pilha de pedaços metálicos e fios que um dia poderiam vir a se tornar alguma coisa. Encarou-as com certo desejo de realmente usar ao menos uma, já fazia certo tempo que não injetava nada... Uns 8 anos, pelo menos... Com um suspiro desistiu da ideia, tinha coisas mais importantes a fazer.

    O banheiro da jovem não era maior que quatro passos pequenos, e era provavelmente a parte da casa menos entulhada de coisas. Largou as roupas em qualquer lugar e foi banhar-se. Adorava a sensação da água em seu corpo, especialmente após pisar naquelas poças sujas no meio da rua. Quando ficasse rica, teria uma enorme banheira com sais perfumados. Vestiu-se com um roupão azul-claro e encaminhou-se para a cozinha. Deveria comer qualquer coisa, mas não tinha fome, e sequer sabia se ainda tinha algo na geladeira, portanto, desistiu no meio do caminho e tornou a jogar-se em sua poltrona. Da gaveta da escrivaninha, tirou um maço de charutos baratos, do qual restavam apenas três. Pegou um deles e acendeu-o com um isqueiro que, igualmente, estava largado em algum lugar, dando tragos profundos e soprando a fumaça em anéis. No último, deixou que a fumaça escapasse entre os dentes, enquanto soltava um suspiro de descontentamento.

    - Que saco – reclamou apagando o charuto em um pedaço metálico qualquer que jazia sobre o criado mudo e deixou-o por lá – Se Rob tivesse me dado um charuto decente, eu não teria que estar fumando esse pedaço de merda barata – era apenas uma reclamação vaga, para não perder a oportunidade. Usaria isso para fazê-lo sentir-se culpado depois e lhe dar um maldito charuto."Arrumou-se" na poltrona, de forma que a cabeça ficou sobre um dos apoios para braços, as coxas dobre o outro e os pés apoiados na escrivaninha. Podia até parecer desconfortável, mas apenas parecer. A poltrona era mais confortável que a cama de várias formas, especialmente por já está desentulhada, enquanto a outra ainda estava ocupada com os restos do inicio do mais recente projeto para aumentar a eficiência de seu computador, “Juahn”.

    Ainda faltavam algumas horas para colocar seu plano em ação, então resolveu verificar os horários dos próximos metrôs para Flórida, que saíam com certa frequência, então não haveria nenhum problema quanto a isso.  Ligou uma televisão velha que estava na parede oposta e deixou em um noticiário qualquer, só para fazer algum barulho, e acabou adormecendo ali mesmo.

    Quando acordou, faltavam apenas três horas para seu turno... Sorte, por pouco não perdeu a hora. Calçou sua luva, passando a mão sobre ela, se forma que um pequeno teclado esverdeado surgiu na superfície da mesma. Discou o número de Julius e esperou chamar, deixaria bem claro que “ainda estava sobre os efeitos da droga” quando ele atendesse. Gritaria coisas como “UMA MANADA DE ORNINTOCÓRNIOS ESTÁ INVADINDO MINHA SALA, JULIOS! ELES ESTÃO DERROTANDO OS CARNIÇAIS!! HAHAHA, VOCÊ ESTÁ PERDENDO ISSO!” e quaisquer outras coisas insanas que sua mente pudesse imaginar, por fim, diria apenas que não poderia ir trabalhar naquele dia, pois o chão do corredor do apartamento estava derretendo direto para um buraco repleto de cactos e serpentes venenosas. Ele não podia ter argumento pra isso...

    Após, iria vestir-se com uma roupa um tanto melhor do que aqueles trapos que usava para trabalhar ou no dia-a-dia – ela tinha roupas para diversas ocasiões, uma vez que fazia servicinhos para os “grã-finos” - , ainda que não fosse uma roupa de gala : apenas uma calça melhor e uma blusa de mangas compridas social, por baixo de uma jaqueta preta com bolsos. Prendeu seus cabelos em um rabo de cavalo e pôs seus inseparáveis óculos. Em uma mochila, colocou o que julgava necessário, sem esquecer-se das seringas e rumou para a estação mais próxima.
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    Prólogo: Sujando as Mãos Empty Re: Prólogo: Sujando as Mãos

    Mensagem por Makaveli Killuminati Qua Jul 30, 2014 11:16 pm

    Já fazia 8 anos que Chrislee não se drogava, e toda vez que olhava uma siringa com aquele conteúdo azul seu corpo parecia implorar para que ela usasse mais uma única vez aquela droga, ficava zonza e começava a suar, mas as consequências de anos usando a droga acabaram sendo mais forte. Chrislee ainda sofria alucinações referente ao seu pesado passado com drogas, e as alucinações sempre vinham junto de forte dores de cabeça. Quando as alucinações começavam, Chrislee tinha que manter a concentração e foco para diferenciar o que era real e o quê era fruto de sua atrapalhada mente. Felizmente não estava acontecendo, estava apenas se lembrando do quê iria agravar caso usasse uma daquelas seringas. Sabia que a melhor decisão era não usá-las, então após um longo e desabafante suspiro ela para de encarar as seringas.

    "Chrislee caminhava por um corredor com papel de parede bordô com detalhes geométricos em outros tons de vermelho, o papel de parede contornava de uma parede a outra, passando inclusive pelo teto, a iluminação provinha de pequenos pontos luminosos brancos distribuídos pelas paredes e teto, a sensação é que Chislee estivesse passeando por um céu carmesim e estrelado. Era um corredor longo, as portas metálicas alternava a cada cindo metros, uma hora a esquerda, outra a direita, os algarismos que representavam os números dos apartamentos estavam borrados. Chrislee encontra uma porta de apartamento aberta, era a esquerda a porta, a cena que via por aquela porta era a de um homem estirado no chão, algo tinha acontecido a pouco tempo, sangue começava a escorrer de sua cabeça. O prédio começa a desabar, o chão some dos pés de Chrislee, que começa a cair em um abismo escuro e vazio..."

    Chislee acorda assustada na poltrona, com os pés escorregando da escrivaninha e caindo para o chão, a sensação que tivera em seu sonho talvez tinha sido provocada por isso. A primeira coisa que faz é contatar Julius, que demora um pouco para atender, mas atende. - Mas que por... Chis?... O contato é finalizado por Chrislee, que nem dá tempo para Julius reagir. Os próximos minutos são perturbados por vários bipes, Julius retornava o contado para falar com Chrislee, mas ela não atendia, por fim, ele manda uma mensagem "Você tá chapada!, vê se tira o dia de folga... Louca!"... Sucesso, tinha um dia garantido.


    11 de Janeiro de 2089
    Miami, USA.



    Metrô Interestadual 7, foi este metrô que Chrislee pegou para ir até Florida, um milagre americano, aquela belezinha fazia Chicago/Miami em uma hora e meia, Chrislee poderia se ocupar com várias coisas durante aquela uma hora e meia, o tempo se encaixava perfeitamente para um episódio longo de algum podcast. Era 5 horas da tarde quando Chrislee chega em Miami. Os corredores do metrô de Miami era um ponto turístico a parte, a cidade era uma das mais visitadas em todo o planeta, e ali no metrô você poderia encontrar gente de todas as culturas, artistas de todas áreas, de dia era um lugar maravilhoso de se dar uma volta, as lojas estavam todas abertas e a comida que era vendida tinha um cheiro muito agradável, provavelmente que o cenário fosse muito diferente durante as madrugadas. Chrislee sai da estação de metrô, do lado de fora, um cenário parecido com a Cidade Alta de Chicago, muitos arranha-céus, mas aqui pelo menos o dia era mais claro e mais bonito, o clima da cidade era muito mais alegre, e a noite de Miami era a placa publicitária maior daquela grande cidade, todos que viam o "show noturno" que Miami era, voltavam a cidade por muito mais vezes. A situação é que o Caligula's Palace só abria as 9 horas da noite, este era o nome do Clube Noturno em que a stripper que Chrislee procurava trabalha, talvez ela até poderia encontrar alguém por lá, mas ela poderia investir aquele tempo para fazer outras coisas que julgasse necessário.
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    Prólogo: Sujando as Mãos Empty Re: Prólogo: Sujando as Mãos

    Mensagem por Tia da Cantina Sex Ago 01, 2014 3:01 am

    Chrislee T.Cymes

    A viagem não era longa, graças aos milagres da tecnologia, uma hora e meia era o suficiente para que o trajeto fosse percorrido. Contudo, podia ser consideravelmente chata se Chrislee não se ocupasse com qualquer coisa interessante, e, se não o fizesse, com menos de meia hora, estaria desejando um bom charuto – ou mesmo aquelas porcarias que estavam em sua mesa.

    Sacudiu a cabeça levemente para espantar os pensamentos sobre o charuto e desceu os óculos até os olhos. Já havia descoberto onde a “Srta. Tabrasca” trabalhava, e que o local só abriria a noite. Mas tinha mais coisas que poderia descobrir, e tinha algo em mente: a vizinhança onde Surrandler vivia. Certamente não era um buraco velho como a dela, o homem era ao menos um tanto importante, morava no mesmo prédio que um “magnata que trabalha com lixo nuclear”, e o mesmo o havia jurado de morte...

    Será que ele tinha alguma informação importante que queria compartilhar?”, a ideia a fez sorrir. Caso descobrisse o motivo de Cesarone ter jurado Surrandler de morte, e esse motivo fosse algo que pudesse vender depois aos seus concorrentes no ramo de lixo nuclear, certamente ganharia ainda mais grana. “Inocentá-lo e depois levá-lo a falência... Isso sim seria engraçado. Só espero que tudo isso não seja por causa de uma puta”.

    Chrislee sabia que não poderia simplesmente ir à cena do crime, sozinha, entrar no apartamento e sair revirando tudo. Isso seria suspeito de várias formas. Portanto, tinha duas coisas que tinha que descobrir : primeiro, como era o sistema de vigilância da rua e do bairro em questão, onde seus dois “peixes” moravam. Se houvessem câmeras, facilmente poderia ver se a prostituta foi lá aquela noite – ou se foi lá alguma noite -, e com quem foi. Também precisaria saber do sistema de segurança do prédio. Segundo: queria descobrir quem mais morava naquele lá... Melhor, quem morava naquele prédio e costumava contratar prostitutas. Afinal, essa seria uma forma mais fácil de entrar no local, e ela só precisaria de uma seringa para Mandy.

    Foi só descer na estação que os cheiros e cores invadiram os sentidos de Chrislee, tudo ali parecia ter vida, movimento... Mas ela não tinha – infelizmente – tempo a perder... Precisava reunir informações, e terminar de bolar seu plano. Usaria o dia para conseguir informações, o máximo possível, e, por volta das 8:30, iria se dirigir ao Caligula’s Palace. Procuraria um lugar pra sentar, por enquanto.. Talvez um local que vendesse cafeína. Também ficaria atenta ao seu redor, parecia estar na cidade alta, poderia ver alguém interessante, em qualquer sentido dessa palavra.
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    Prólogo: Sujando as Mãos Empty Re: Prólogo: Sujando as Mãos

    Mensagem por Makaveli Killuminati Qui Ago 07, 2014 1:44 am

    Chrislee não teve problemas em descobrir informações básicas do bairro em que o apartamento da vítima se situava, o apartamento é de luxo, provavelmente os que lá moram são gente abastadas, em um local de grande movimento noturno, um ponto quente da noite de Miami, a segurança é rígida, o cenário do local é completamente diferente do "inferno" onde Chrislee morava, é um local para a elite se divertir sem problemas, nos últimos dois meses o contingente policial foi elevado em 70% por conta das recorrentes manifestações dos puristas que aconteciam nos estados vizinhos. A única informação que não ficou clara para Chrislee era da segurança do próprio apartamento da vítima, isto ficaria mais claro se visitasse o lugar fisicamente ou invadisse a central de rede do condomínio, mas se o condomínio seguisse a política de privacidade da região, só teria câmeras de segurança nas entradas do condomínio e na recepção.

    A hacker faz toda sua pesquisa sentada em um dos bancos confortáveis que encontrou no lado externo de uma loja de roupas femininas, por sinal, roupas bem caras, e ficava próximo de uma cafeteria bem clássica. Durante aquele período, Chrislee não pode deixar de perceber a discussão de um casal jovem de namorados, os dois começaram a discussão em tom baixo e continuaram assim por um bom tempo, mas estavam dividindo o banco ao lado do que Chrislee ocupava, então Chrislee pode escutar algumas coisas, mesmo que sem querer. "Você já me encheu com seus joguinhos... Não tenho culpa se você é inseguro... Meu pai tinha razão... Eu avisei que estava de saco cheio..." Essas e outras expressões que Chrislee tinha escutado, algumas delas mais de uma vez, parecia mais uma briguinha normal de um relacionamento que viria a terminar, e era mesmo. Em dado momento, o rapaz se levanta do banco e fala em alto e bom tom para a moça. - Foda-se você! Foda-se sua família! Foda-se suas maluquices!... To fora! Ele joga um cartão em direção a moça e sai do local enfezado, e a jovem que acabará de ficar solteira responde mostrando o dedo do meio enquanto o rapaz já partia embora dali, logo a jovem também sai e o local fica mais tranquilo para Chrislee continuar suas pesquisas. O cartão que o rapaz tinha arremessado havia resvalado na parede e caído próximo aos pés de Chrislee, a moça ignorou e deixou ali mesmo quando saiu, sem se preocupar em ajuntá-lo.

    O horário que o Caligula's Palace abriria estava bem próximo, era hora de Chrislee ir até o local. Não demora para chegar, a noite de Miami era realmente formidável, e a cada esquina que Chrislee virava se deparava com mais um show de iluminação composto pelos neons dos carros e prédios do local, os carros flutuavam no ar formando linhas e curvas vermelha que parecia os vasos sanguíneos da cidade, o show talvez fosse parecido com os que os Vikings presenciavam com suas auroras boreais, Miami definitivamente era linda demais para ser perturbada por manifestações, isso justificava a segurança rígida da cidade. Chrislee chega em frente ao Caligula's Palace em Miami, um clube noturno, bar, danceteria, "inferninho", enfim, Chrislee percebia que toda a noite de Chicago poderia caber somente dentro daquela construção imponente que era o Caligula's Palace, parecia mesmo um palácio, e como um palácio, somente pessoas nobres entravam, o quê nos tempos atuais significava gente com dinheiro, coisa que Chrislee não tinha... Precisava então ter que arranjar uma maneira de conseguir sua entrada no lugar, e com certeza ela poderia pensar em várias maneiras de conseguir isso.
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    Prólogo: Sujando as Mãos Empty Re: Prólogo: Sujando as Mãos

    Mensagem por Tia da Cantina Sex Ago 08, 2014 11:23 pm

    Chrislee T. Cymes

    Com um suspiro pesado, Chrislee levanta seus óculos e pousa-os sobre a cabeça. Conseguiu algumas informações, porém, não foram de todo agradáveis: o prédio ficava localizado em uma área de “metidinhos”, com segurança reforçada. Provavelmente seria complicado simplesmente entrar lá, ainda mais que as informações sobre a segurança do próprio prédio não ficaram claras: seria preciso acessar o sistema interno.

    Ao lado do local onde ela sentara, um casal discutia. A típica briguinha “mimizenta” de namorados, que era sempre divertida para espectadores. Chris tentou manter as aparências, olhando em volta como se esperasse alguém ou olhasse a vitrine da loja em frente a qual o banco ficava.

    Que lugar mais oportuno para se iniciar uma briguinha... Será que ele não quis comprar um vestido pra ela ali?

    - Foda-se você! Foda-se sua família! Foda-se suas maluquices!... To fora! – teve que segurar o riso quando o rapaz gritou isso para a jovem sentada a sua frente e esforçar-se para fingir que não prestava atenção. Essas coisas eram tão divertidas...  Quando os dois se retiram, junta um cartão que o ex havia jogado, aparentemente, contra a moça, mas que viera parar próximo aos seus pés. Dá uma boa olhada nele e por fim coloca-o no bolso da calça que vestia. Levantou-se, esticando os braços... Estava na hora de voltar a trabalhar.

    O trajeto até o Caligula’s Palace foi um espetáculo a parte, os “andares de cima” eram mesmo bem diferentes do buraco onde morava, desde as pessoas até o movimento e o colorido.

    O local era... Bem, realmente lembrava um palácio, e, como tal era mais do que claro que quem não tivesse dinheiro suficiente para morar em um, não poderia entrar ali. Malditos riquinhos. Invadir também não era uma boa ideia, com a segurança reforçada devido a movimentação purista, as chances de conseguir eram mínimas. Propina? Depois de gastar com passagem e com o Psycho, Chris mal tinha dinheiro para voltar... Era preciso conseguir uma outra forma.

    Bem... Tem putas aqui. Não deve ser tão difícil”.

    Primeiro, teria que observar, ver se havia alguma porta exclusiva para as “mulheres que trabalham”, se houvesse, entraria por ela. Fora isso, em segundo, deveria chegar de que forma os demais entravam no local: poderia haver algum tipo de sistema que Chrislee poderia hackear e tornar possível sua passagem ( se fosse possível acessá-lo externamente).  Em última instância, poderia procurar alguém e tentar convencê-lo a leva-la para dentro – o que provavelmente seria bem difícil, apesar de não aparentar uma pedinte, o nível das pessoas ali era bem diferente. Teria que procurar com cuidado, alguém que estivesse bêbado ou realmente no modo “topo qualquer uma”.

    Suspirou novamente, talvez devesse ter pegado o trabalho mais simples no fim das contas.






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    Prólogo: Sujando as Mãos Empty Re: Prólogo: Sujando as Mãos

    Mensagem por Makaveli Killuminati Seg Ago 11, 2014 3:16 pm

    O cartão que Chislee pegara no chão era um cartão holográfico de uma colmeia chamada Bee Nests, muito conveniente o nome. As colmeias era a casa dos "turistas de um dia", basicamente um hotel que não se alugava um quarto, e sim cápsulas, o cliente alugava basicamente uma cama, um monitor e uma estante pequena. A organização dessas capsulas na maioria das vezes era feita como beliches, mas não é muito raro de encontrar colmeias com três andares ou mais de capsulas. O fato era que Chrislee tinha em mãos um cartão de acesso para uma capsula no Bee Nests, provavelmente o ex-namorado daquela moça tinha alugado antecipadamente mas n precisaria mais usar, pelo menos Chrislee tinha onde dormir caso precisasse ficar por mais dias.

    Chrislee admirava a arquitetura greco-romana que aquela imponente construção tinha, coisa que nunca tinha visto nas cidades grandes do norte, mas sua mente não estava só deslumbrando a arquitetura exterior do Caligula's Palace, estava também procurando por alguma falha no sistema de segurança do lugar, alguma forma de entrar sem pagar. Chrislee tinha tempo, mas só precisou de vinte minutos para chegar a conclusão que aquele clube noturno era uma fortaleza. O Caligula's Palace era murado e ocupava um quarteirão inteiro, a quantidade de seguranças que rondavam o perímetro era grande o suficiente para avistarem uma tentativa da hacker pular o muro, isso sem considerar que o muro era mais alto do quê Chislee era capaz de saltar. Chrislee tinha rodeado todo o quarteirão e viu que o Caligula's Palace só tinha duas entradas. A entrada dos fundos estava fechada, um grande portão impedia que Chrislee avistasse o outro lado, assim como o muro, esse portão tinha uma porta acoplada, por onde os funcionários poderiam entrar, mas não todos, a maioria utilizava a entrada principal, as dançarinas, strippers e garotas de programa chegavam em vários ônibus voadores, então ninguém tinha acesso a elas no lado de fora, Chrislee sugere que seja por quê suas identidades eram preservadas e provavelmente utilizavam identidades artísticas nas noites dentro do Caligula's Palace. A outra entrada era a principal, por onde os clientes entravam e saiam, essa entrada era majestosa, um grande jardim com fontes e estatuetas compunham a arquitetura do lugar, ali a movimentação era grande, o jardim se afunilava na medida que se aproximava ao portão principal, o quê facilitava o controle da entrada e saída daqueles que frequentavam o Caligula's Palace.

    As duas primeiras opções que Chrislee tinha pensado utilizar para adentrar o local não iria funcionar, o que lhe fez partir para a terceira opção, a mais desagradável delas, teria que tentar convencer alguém que pagasse por sua entrada. Aquelas pessoas pareciam viver em um outro mundo que Chrislee desconhecia, e eles talvez não fizesse ideia do mundo em que Chrislee vivia, tinha tanta pessoa no mesmo local e nenhuma delas aparentava um drogado, um "fodido" viciado, de certa forma Chrislee se sentia um pouco intimidada pelo ambiente refinado. A hacker procura por algum pretendente que pudesse lhe ajudar, estava de olho nos menos exigentes, mas era besteira, ninguém em sã consciência pagaria o "olho da cara" pra entrar no Caligula's Palace bebado, e aquelas pessoas eram exigentes, exigentes e curiosas. Chirslee nota uma roda de pessoas bem vestida, três homens e duas mulheres, um deles parecia estar interessado em Chrislee, ou fazia algum comentário sobre sua aparência para os outros da roda, o homem era um pouco mais alto que Chrislee, não tinha barba e seu cabelo era negro, seu físico era atlético e vestia roupas caras e extravagantes, seu braço esquerdo era melhorado, assim como seus olhos, mas sua pele estava em perfeitas condições, um sinal que aquele homem tinha como sustentar suas melhorias e fazia questão de mostrá-las. O braço melhorado do homem tinha textura "Black Piano" com detalhes em dourado, seus olhos não aparentavam nada de especial, mas uma marca hectagonal acima da sobrancelha com três riscos dourados dentro era o suficiente para Chislee reconhecer o logotipo da fabricante da melhoria, e sabia que aquilo era uma melhoria ocular.

    O homem fica um tempo falando com os amigos, rindo, e olhando para Chrislee, que não sabia se estavam debochando dela, ou apenas rindo de alguma piada interna do grupo. Chegou um momento que o homem nem disfarçava mais que estava olhando mesmo para a hacker, mesmo quando Chrislee dirigia o olhar para o grupo ele não desviava o olhar, até que o homem sai do grupo de amigos e caminha em direção a Chrislee. Enquanto o homem se distanciava do grupo, os quatro restante começavam a comentar algo, enquanto uma das mulheres parecia mais séria, os outros três riam. Chrislee estava em frente a um chafariz, o homem logo a aborda, leva sua mão melhorada ao ombro de Chrislee, a cumprimentando com um beijo no rosto.

    - Oi... Meu nome é Henry Lucania, mas pode me chamar de Luciano... Tudo bem?... Eu tenho te observado dali... "O homem aponta para o grupo de onde veio" - Você parece um pouco perdida, procurando alguém... Você é turista, certo?

    Chrislee não havia imaginado este tipo de abordagem, não sabia ao certo quais as intenções do homem, ela não era uma mulher feia, mas também não estava tão produzida quanto as outras mulheres que ali estavam, era até estranho para Chrislee que as pessoas se arrumavam tanto para se embebedar e se acabarem no antro que talvez lá dentro fosse, mas se o homem estava interessado talvez fosse melhor tentar engabelar ele e conseguir sua entrada com o papo.
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    Prólogo: Sujando as Mãos Empty Re: Prólogo: Sujando as Mãos

    Mensagem por Tia da Cantina Ter Ago 12, 2014 9:56 pm

    Chrislee T. Cymes

    Aquele lugar era mesmo como um forte a prova de intrusos, até mesmo as putas pareciam ser “especiais” e entravam por um ponto que não era acessível. Sem falar na clientela do lugar, que nem de longe se comparava aos bêbados que frequentavam o Route 66, ou seja: chances zero de conseguir alguém que não estivesse sóbrio o suficiente para pagar a entrada de qualquer um. Agora restava convencer alguém que realmente valeria a pena desfrutar de sua companhia... Deveria ter escolhido uma roupa mais decotada, ou, talvez, roubado alguma coisa daquela loja de vestidos caros que viu mais cedo.

    Um pouco distante, percebe que um rapaz a está encarando... Um rapaz em um grupo de três homens e duas mulheres. “Ótimo, pelo menos, certamente ele está atrás de uma mulher”, suspirou, e continuou olhando para os lados, como se procurasse alguém, certificando-se de fazer contato visual algumas vezes com o rapaz. Certamente ele estava mostrando algum interesse, difícil seria dizer se era um interesse bom ou algum tipo de deboche – não que isso fosse realmente importante, a única coisa que a interessava agora era entrar naquela porcaria de lugar e encontrar a tal de Mandy.

    O rapaz aproximou-se, era um melhorado e parecia fazer questão de mostrar suas melhorias, o que, para Chris, era ótimo. Como ex-contrabandista de peças, a jovem conhecia o suficiente sobre elas para ter algum assunto, foi também o suficiente para reconhecer a marca de sua melhoria ocular.

    - A-ah, eu... – Chrislee olhou para o homem que a abordara, e hesitou um pouco, propositalmente. Como se fosse inesperado que ele viesse abordá-la – Na verdade estou um tanto perdida sim... Um amigo disse que eu viesse aqui pra encontrar com ele, mas já faz tanto tempo que eu estou esperando... Acho que ele não vem mais. Aah, e eu vim da Califórnia só pra isso: pra descobrir que ele só queria rir de mim – deixou escapar um suspirinho desapontado, estava mentindo bastante nos últimos dias – Mas valeu a pena, fazia um bom tempo que eu não via melhorias tão bem tratadas. Aliás, Octo-plus para a melhoria ocular? Boa escolha, na verdade, creio que está entre as mercadorias “de topo” no mercado hoje em dia – isso não era mentira, realmete a Octo-plus era reconhecida pelos avanços em melhorias oculares – Ah, me desculpe o mau jeito! Meu nome é Margaret Donnes, mas pode me chamar de Mag.
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