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    Prólogo: Novos X-Men

    Gelatto
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    Prólogo: Novos X-Men - Página 3 Empty Re: Prólogo: Novos X-Men

    Mensagem por Gelatto Qui Ago 22, 2019 6:00 pm

    Karmeleon
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    Após a mensagem da professora Kitty Pride, George olhava para seus companheiros e era evidente que os adultos não sabiam nada deste acontecimento! -"Ouviram? Parece que os professores sabem menos que a gente! Pode ser a água, mas eu duvido! Todos aqui também beberam água hoje, não? E não fomos afetados! Natural está certa! Devemos ir investigar os esgotos!", dizia, recuperando sua confiança.

    Natural escreveu:- Achei isso muito estranho… vocês ficavam ouvindo música nos esgotos?
    -"Sim, ouvíamos sim! Mas não esta melodia que você e seus amiguinhos tocaram! Esta eu nunca ouvi antes! Às vezes o povo da superfície perdia ou jogava fora aparelhos de som ou mp3 players, até celulares usávamos. Raramente conseguíamos recarregar estes aparelhos, mas aproveitávamos bastante! Calisto tinha até um apreço por música em discos de vinil. Quando eu achava algum até ganhava um pouco mais de comida! E elogios! Isso quando meus amigos não tomavam de mim primeiro...", divagava.

    Natural escreveu:- A Kitty me chamou porque já viu os ratos que eu achei. Preciso que vocês venham comigo, senão ela não vai me deixar ir nos esgotos.
    -"Oh meu deus! Ela sabe o que planejamos! E vamos levar uma bronca! Como ela descobriu?", George voltava a se esconder por trás dos colegas, como se isso lhe trouxesse segurança. -"Eu não sei se consigo encarar a professora agora... eu..."

    Então, as palavras de Andrey aliviaram um pouco a tensão que George sofria, ele tinha uma voz firme e uma presença de líder, alguém a ser seguido, era algo que George nunca teria em toda sua vida.

    -"Tá, eu vou, mas só se todos nós formos! Como uma equipe!", dizia em exigência a todos os presentes que ainda estavam indecisos.
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    Prólogo: Novos X-Men - Página 3 Empty Re: Prólogo: Novos X-Men

    Mensagem por Unicórnio Invernal Sáb Ago 24, 2019 2:07 am

    Siren
    Cindy Hale
    Instituto Xavier de Educação e Visibilidade Mutante
    7 horas


    Cindy observou Sasorie com uma das sobrancelhas erguidas, notando o "esforço" da colega de quarto em lhe "convencer" a ir com eles.

    - Sasorie, querida. - o tom era levemente irônico - Se eu não estou afim de quebrar uma unha ou sujar o cabelo, é algo que com certeza não lhe interessa. Cada um tem um limite. Não sou forte como você e não me dou tão bem em lugares fechados. - na verdade tinha mais problema com a ideia de sujar os cabelos com o que quer que encontrassem no esgoto, mas também não gostava muito de lugares escuros, sujos e assustadores como os corredores infindáveis do labirinto que devia ser a rede de esgotos.

    Logo em seguida vinha o anúncio mental de Kitty Pryde. Cindy não gostava de ser pega de surpresa por esses anúncios ecoando em sua mente e esse já era o segundo do dia. É claro que a mutante já estava se irritando com isso e resmungando palavras inaudíveis e rabugentas para si mesma. Agora também tinham exames médicos nos quais tinham que comparecer também... Ótimo!

    Pouco depois do anúncio o pessoal do refeitório começava a comentar sobre o assunto e Cindy respirava fundo para não ser dominada pelo mau-humor. Enquanto fazia isso Lin se repetiu de novo, insistindo que precisava da ajuda de Cindy para seu plano. A garota olhou de volta para Natural com uma expressão fechada. Que insistência! Para Cindy, um GPS e uma lanterna eram muito mais úteis do que sua presença no sub-solo.

    A mutante estava pronta para deixar o grupo maluquinho ir em sua aventura ao esgoto quando Lin pediu a atenção de todos de um jeito diferente de como normalmente agia. A ação da colega de quarto captou o  interesse de Cindy, que decidiu ficar mais um pouco e entender o que tinha dado nela. Há princípio Cindy não entendeu toda a batucagem dos bichinhos amigos de sua colega de quarto, mas reconheceu o que estavam desajeitadamente reproduzir em instantes e sua expressão mau humorada deu lugar à uma momentânea surpresa que suavizou um pouco seu rosto.

    Era só uma música. E daí? Cindy pensava enquanto Lin explicava que esse era o motivo pelo qual queria a presença de Siren em sua pequena missão.

    Lin escreveu:- Achei isso muito estranho… vocês ficavam ouvindo música nos esgotos?

    Ela perguntava ao colega Morlock.

    George escreveu:-"Sim, ouvíamos sim! Mas não esta melodia que você e seus amiguinhos tocaram! Esta eu nunca ouvi antes! Às vezes o povo da superfície perdia ou jogava fora aparelhos de som ou mp3 players, até celulares usávamos. Raramente conseguíamos recarregar estes aparelhos, mas aproveitávamos bastante! Calisto tinha até um apreço por música em discos de vinil. Quando eu achava algum até ganhava um pouco mais de comida! E elogios! Isso quando meus amigos não tomavam de mim primeiro...", divagava.

    Respondia o garoto, mostrando perfeitamente que devia ser só um Morlock com péssimo gosto ouvindo aquela melodia desastrosa.

    De repente Lin tinha o olhar vidrado para o teto. Todos ali já tinham passador por isso o suficiente para saber imediatamente do que se tratava.

    Natural explicava que os ratos encaixotados já tinham chegado à diretora e voltava a repetir que precisava de ajuda. Agora queria que alguém convencesse Pryde de que precisavam ir pro esgoto. Um sorrisinho meio cínico escapou pelo canto dos lábios de Cindy.

    George se agitou. A velocidade em que ele se apavorava com qualquer coisa era engraçado para a Cindy, que sentia seu mau humor aliviar um pouco. Mesmo assim...

    Andrey, o primeiro a estranhamente se voluntariar para a missão já se pronunciava para o cargo de liderança. Cindy observava eles com um meio sorriso no rosto, como se aquilo fosse um teatrinho encenado na frente dela e que não tinha nenhum outro objetivo senão entretê-la.

    Andrey escreveu:- Se todos estiverem de acordo, claro.

    - Na verdade eu sou contra a sua liderança, mas tanto faz, não estou interessada em como vão convencer a diretora. - deu de ombros e cruzou os braços, com um sorrisinho debochado no rosto.

    Para Cindy, a música definitivamente era só uma coincidência... Não que não seria interessante se a irmã houvesse sido raptada pelo povo do esgoto e virado a refeição deles, mas a música dela era popular e tocava em rádios.

    - Tsc! - estalou a língua com aqueles vários olhares sobre ela - Vocês não estão afim de me deixar em paz mesmo. Esse fetiche de vocês em me ver no esgoto, francamente. - cruzou os braços e fez um biquinho exagerado antes de olhar para o "time" outra vez - Ceeeeerto!. - jogou os braços para cima, em um movimento de estravaso - Eu participo dessa, mas todos vocês ficarão me devendo uma, inclusive você, Sasorie. E outra coisa. - voltou-se de novo para a colega de quarto com a galhada na cabeça - Natural. Eu tenho uma condição. Não acho que a equipe, como você a "formou", está ideal para uma missão em um lugar fechado e inóspito como o sistema de esgotos. - Cindy não era grande fã desses grupos mais fechados que eram criados com os alunos veteranos, preferia que a versatilidade pudesse ser mais explorada e também achava que tinha muita gente ofensiva ali e isso a deixaria ainda mais exposta por não ter os mesmos atributos - Mesmo que George saiba se locomover lá, ele é um morlock e para morlocks chão e teto não são muito diferentes, por isso eles tem muito mais facilidade de locomoção por lá. Seus ratos podem saber o caminho, mas são ratos, criaturas pequinininhas que se enfiam em qualquer buraquinho. O resto de nós está em desvantagem nesse lugar. De certa forma estamos muito expostos. - Cindy virou-se para Andrey, pequenos sulcos se formavam entre suas sobrancelhas com a expressão séria que lançava para ele - Já que você quer liderar, por que não começa resolvendo isso? - o tom com que desferia as palavras era áspero, meio descrente na capacidade de liderança do mutante - Só irei junto com a condição de que preencha as lacunas.
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    Mensagem por Gelatto Sáb Ago 24, 2019 8:39 am

    Karmeleon
    George Chameleon


    Cindy escreveu:- Mesmo que George saiba se locomover lá, ele é um morlock e para morlocks chão e teto não são muito diferentes, por isso eles tem muito mais facilidade de locomoção por lá. [...]
    -"Ei!", George ia fazer uma observação, mas agora ele ficou na dúvida se isto foi um elogio ou uma crítica preconceituosa.  scratch
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    Mensagem por JPVilela Dom Ago 25, 2019 10:23 am

    Tesla
    Andrey Sidorovich



    George escreveu:-"Oh meu deus! Ela sabe o que planejamos! E vamos levar uma bronca! Como ela descobriu?", George voltava a se esconder por trás dos colegas, como se isso lhe trouxesse segurança. -"Eu não sei se consigo encarar a professora agora... eu...Tá, eu vou, mas só se todos nós formos! Como uma equipe!", dizia em exigência a todos os presentes que ainda estavam indecisos.

    Andrei segurou o riso em reação ao jeito do colega, o quanto George era assustado era bem engraçado, por que o colega imigrante sabia que apesar do comportamento acanhado, o morlock era bem forte… Só precisava de uns empurrõezinhos para ser mais confiante.  

    - Claro que vamos. - disse dando uns tapinhas no ombro do colega - É para situações como essa que treinamos e estudamos tanto por aqui…

    Logo mais, Cindy respondeu a Greene como de esperado. E em seguida dirigiu lhe a palavra:  

    Cindy escreveu:- Na verdade eu sou contra a sua liderança, mas tanto faz, não estou interessada em como vão convencer a diretora. - deu de ombros e cruzou os braços, com um sorrisinho debochado no rosto.

    O ucraniano ergueu uma das sobrancelhas em resposta ao comentário contrário, com um sorriso de canto de boca de quem estivesse sendo desafiado, mas aceitando o desafio de maneira esportiva. Mas logo em seguida a garota de cabelo rosa trocou de assunto, aquele tipo de reação era o que era bem esperado de alguém como ela aos olhos de Andrey: apenas criticando sua decisão pelo simples prazer de ser do contra. Não falou nada enquanto Hale ainda não havia terminado de se pronunciar, escutava e mantinha os olhos atentos, fixados nos da garota, que ainda reclamava por insistirem na sua vital presença naquela “missão”. Ele concordava, se ela não queria, não deviam ir tão longe para fazer ela participar… Ele achava que no final das contas toda aquela chatice não valia a pena. Ao mesmo tempo que não via como Cindy poderia atrapalhar de maneira séria os demais… Fora... Ficar reclamando incessantemente, como já estava fazendo.

    Cindy escreveu:- Natural. Eu tenho uma condição. Não acho que a equipe, como você a "formou", está ideal para uma missão em um lugar fechado e inóspito como o sistema de esgotos. - Cindy não era grande fã desses grupos mais fechados que eram criados com os alunos veteranos, preferia que a versatilidade pudesse ser mais explorada e também achava que tinha muita gente ofensiva ali e isso a deixaria ainda mais exposta por não ter os mesmos atributos - Mesmo que George saiba se locomover lá, ele é um morlock e para morlocks chão e teto não são muito diferentes, por isso eles tem muito mais facilidade de locomoção por lá. Seus ratos podem saber o caminho, mas são ratos, criaturas pequenininhas que se enfiam em qualquer buraquinho. O resto de nós está em desvantagem nesse lugar. De certa forma estamos muito expostos.

    Agora as críticas da garota eram válidas, o jovem de cabelos castanhos escuros desviou o olhar dela por alguns segundos mirando para o horizonte, pensando no que a havida sido dito, brevemente acenando positivamente. Cindy dirigiu a palavra diretamente a ele:

    Cindy escreveu:- Já que você quer liderar, por que não começa resolvendo isso? - o tom com que desferia as palavras era áspero, meio descrente na capacidade de liderança do mutante - Só irei junto com a condição de que preencha as lacunas.

    O sujeito havia ouvido tudo que a colega ranzinza tinha para dizer e agora que ela tinha finalmente terminado de falar, virou-se para Lin, com um semblante carregado de sarcasmo que se traduzia em algo nas linhas de "tem certeza mesmo que quer levar ela?". Mas sem perder muito tempo com aquela palhaçada, voltou-se para Cindy, com uma expressão totalmente diferente, séria, pensativo. Levou a mão esquerda ao queixo, voltando a fita-la no castanho de suas iris, em seguida levou o olhar reflexivo a cada uma das pessoas que haviam se voluntariado ali. Não demorou muito mais do que uns seis ou sete segundos de silêncio para que ele falasse:

    - Não vou voltar atrás no que eu disse... Lin, George e Greene tem as habilidades mais valiosas para o objetivo… - deu uma pausa dramática, acenando positivamente com a cabeça para si mesmo, resoluto naquela decisão - Mas... Hale tem um bom ponto... - admitiu com uma certa insatisfação na voz - ... existem "lacunas a serem preenchidas", e eu não sei se é exatamente isso que você tem em mente, Hale, mas acho que pessoas com habilidades mais especializadas em defender os feridos, ou mais frágeis… É sempre útil de se ter por perto... Alguém como o Professor Nikolaievitch seria ideal, mas a Armadura ou alguém assim também serviria... Ou... Melhor se pudéssemos levar alguém com habilidades de cura... - mas logo percebeu que aquilo talvez não seria algo muito provável - Se encontrarmos alguém que não estiver ocupado cuidando das pessoas que estão passando mal e examinando os outros... Bem, não custa nada perguntar... Se alguém estiver disponível, como o Elixir…

    - Vou atrás deles, se algum de vocês trombar com eles pelos corredores, por favor avisem para que me encontrem na frente da diretoria... Vamos nos reunir lá para falar com a Diretora Pride, daqui a quinze minutos. - concluiu curando os braços, fitando o grupo ali esperando que todos estivessem de acordo - Fora isso, alguém tem mais "condições" para fazer, ou podemos ir?


    Assim que aquele repentino planejamento fosse dissolvido, Andrey iria atrás dos mutantes que citou: Colossus, Armadura e Elixir.

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    Prólogo: Novos X-Men - Página 3 Empty Re: Prólogo: Novos X-Men

    Mensagem por ayana Qui Set 05, 2019 11:08 pm

    Novos X-Men
    Parte 5.1

    - Não acho que ela saiba o que estamos planejando. - Lin disse para tranquilizar George.

    Ao contrário de Emma Frost, que vasculhava a mente de qualquer um sem pudores, Kitty tinha princípios. Poderia pedir para Rachel sondar os pensamentos dos alunos, mas estabelecer esse estado de vigilância só se justificaria - de uma maneira bem questionável - se não tivesse confiança neles. Ainda havia incomensuráveis problemas que tanto exigiam sua atenção. Mesmo assim, na medida do possível, era uma diretora acessível.



    Lin suspirou aliviada quando, de imediato, Andrey se candidatou à liderança. Contanto que não tivesse que assumir as responsabilidades, ela não faria qualquer objeção. Disse, inclusive, meia dúzia de palavras de incentivo para garantir que ele não recuaria daquela decisão. Em seguida, acompanhou a discussão em silêncio até Cindy estabelecer a condição de arregimentar mais alguém para a equipe e Andrey sugerir alguns nomes.

    - Ok, se vocês acham que precisa levar mais alguém… - ela deu de ombros. - Só acho que a gente não pode demorar muito. É melhor conversar com a Kitty primeiro porque ela já tá me esperando lá na diretoria.

    Antes de se levantar, Lin chamou os dois ratos que estavam sobre um prato comendo farelos. Na mesma hora, eles pararam de mastigar, engolindo o bolo alimentar com um susto, e se colocaram diante dela em posição de sentido sobre as duas patas. Tudo indicava que ela havia dado uma ordem breve, direta, de execução imediata; tanto que eles saltaram da mesa e dispararam em direção à área externa do Instituto. No caminho, porém, havia um obstáculo: o zelador Mortimer Toynbee. Belinha foi jogada para o lado, atingida pelas cerdas de um esfregão. Ao que tudo indicava, o golpe não a machucou. Não a impediu de voltar a correr, atravessar a porta e desaparecer no jardim.

    - Qual é o seu problema? - Lin virou-se para Groxo com os dentes cerrados de um predador. Um pombo pousou em seu chifre, com o peito estufado, pronto para entrar na briga.

    - Vocês são o problema. Agora se mandem daqui e não me encham o saco. Já tenho que limpar essas porcarias aí que vocês fazem todos os dias - ele disse sem dar muita atenção aos jovens. Só conseguia se remoer de raiva por ter que limpar aquele líquido espesso e fétido.

    Ainda que por uma razão diferente, Lin também estava revoltada. Não adiantou que algum de seus colegas tentasse afastá-la dali. Ela tocou o ombro de Groxo para chamar sua atenção, enquanto ele arrastava uma cadeira. Queria tirar satisfações.

    - Por que é que você bateu nela com o esfregão, hein?

    A preocupação com a saúde dos mutantes não começou hoje de manhã. Muitos desenvolveram transtornos psicológicos associados ao estresse. Era natural, quando se vivia o tempo todo sob ameaça, em meio a semelhantes também acuados, sem ter uma alternativa para onde fugir e, no caso Mortimer Toynbee, nem a quem recorrer...

    Groxo jogou com força o esfregão no chão, como se ao quebrá-lo, estaria também se libertando das correntes que o mantinham àquele desagradável trabalho. Ele encarou Lin, que já havia recuado três passos para trás. Por acaso (ou não), Mike estava entre os dois. Seus poderes eram pacificadores, porque poderiam reagir à violência explodindo aqueles que a cometiam. Além disso, a estatura grande e forte de Mike fazia com que o velho zelador se sentisse um pouco intimidado. Consequência de uma vida inteira apanhando dos X-Men.

    - Porque ela é a porra de um rato e não deveria estar andando no refeitório! - esbravejou uma resposta que lhe parecia óbvia. - E mais, acho bom você avisar seus bichinhos pra ficarem longe daqui porque hoje mesmo vou aplicar veneno em tudo que é canto.

    O aviso deixou Lin paralisada e pálida. Sentiu a pressão cair como na semana passada, quando assistiu pela TV milhares de hectares da floresta Amazônica pegando fogo. Mais uma vez, a raiva pela natureza destrutiva dos homens era palpável. Por pouco, no momento em que Groxo se virou para pegar o esfregão, ela não se manifestou em um golpe para derrubá-lo.

    - Ele não pode fazer isso - sussurrou para Sasorie que, por se transformar em um lobo, talvez tivesse certa empatia pelos pequenos roedores.

    - Vocês não têm nada útil pra fazer não? - disse Groxo.

    Lin olhou para Sasorie como quem reconhece uma pessoa depois de muito tempo. Ironicamente, tratava-se daquela mutante que ameaçou devorar seus pequenos companheiros hoje de manhã.

    - Puta merda!

    Groxo bateu a ponta do esfregão no chão. Há pouco, recebera uma mensagem telepática e agora olhava com raiva para Andrey, George e Mike.

    - Quem de vocês é o idiota que não conseguiu vomitar dentro da privada?
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    Prólogo: Novos X-Men - Página 3 Empty Re: Prólogo: Novos X-Men

    Mensagem por einherji Sex Set 06, 2019 9:56 am

    Halifax
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    Tudo aconteceu um pouco rápido demais e só percebeu toda a confusão quando o esfregão foi lançado ao chão. Para ser sincero, nunca tinha se quer trocado uma palavra com Groxo - talvez tivesse dado um bom dia, boa tarde ou qualquer coisa assim, mas com certeza nunca perguntou como ele estava e se arrependia um pouco por isso - mas como tinha divagado mais cedo, era tanta gente e tenta gente diferente e tanta gente nova, que não tinha como acompanhar, mesmo que quisesse - mesmo que se esforçasse para isso e fizesse isso todos os dias.

    Mas alguns eram famosos não somente por seus grandes feitos ou poderes. O zelador era famoso por um pouco de sua história e por ser uma figura que sempre era vista com o esfregão na mão e com claro mau humor, compreensível - claro, uma infinidade de crianças acabando de sujar locais que você tinha acabado de limpar era algo complicado e frustrante, um trabalho sem fim. Ouviu toda o resto da conversa e se aproveitou de onde estava fisicamente.

    - Sr. Gro-... Sr. Toynbee. Fui eu. Não estava passando muito bem e não deu tempo de correr até o banheiro, não queria dar trabalho. É que realmente não deu pra segurar. Peço desculpas.

    Esticou a perna esquerda, mostrando um pouco dos resíduos que foram deixados pelo colega que passou mal e que isso fosse mais uma prova de que, realmente - não tinha como se controlar. Se conseguiu se vomitar, com certeza vomitar no chão ou fora do vaso sanitário seria o menor dos problemas.

    - Sobre os ratos e quaisquer outros animais, vamos tomar mais cuidado com a área do refeitório.

    Virou rapidamente para os colegas, especialmente para Lin, esperando que pudesse desescalar a situação. Não fazia nenhum mal seu um pouco político as vezes e na maioria das vezes acabava por resolver boa parte das situações. Especialmente de quem supostamente deveria estar do lado deles. Além do mais - pensando com um pouco mais de profundidade, Groxo não seria uma adição tão ruim para fazer parte da expedição nos esgotos.

    Alguém que estava SEMPRE andando pelos corredores da mansão, ouvia e sabia de muito e seria bom ter bem próximo. Talvez seus colegas não concordassem, tinham visões engrandecidas do heroísmo - o que não era absolutamente ruim, pelo pouco que conhecia dos mesmos - mas manteria isso em mente e tentaria ser mais agradável com quem cuidava deles ali. Os pequenos poderiam ser muito mais úteis do que pareciam e ficou muito tentado a sugerir, mas poderia arruinar o plano todo, pois ainda não sabia exatamente qual seria a reação de Groxo por suas últimas palavras.

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    Prólogo: Novos X-Men - Página 3 Empty Re: Prólogo: Novos X-Men

    Mensagem por JPVilela Qua Set 11, 2019 10:35 am

    Tesla
    Andrey Sidorovich


    Quando estavam prontos para irem de encontro a Kitty Pride, logo surgiu mais um mini conflito, Andrey achava até cômico como muitas vezes você não podia dar vinte passos naquele instituto sem trombar em uma situação peculiar, a essa altura, isso já era parte do dia dia e ele estava bem acostumado com toda a maluquice.

    Groxo escreveu:- Vocês são o problema. Agora se mandem daqui e não me encham o saco. Já tenho que limpar essas porcarias aí que vocês fazem todos os dias - ele disse sem dar muita atenção aos jovens. Só conseguia se remoer de raiva por ter que limpar aquele líquido espesso e fétido.

    O Morlock tinha seu ponto. Para o mutante com poderes elétricos era bem claro que todos estava cada dia mais tensos com tudo que vinha ocorrendo, some pessoas ficando doente sem uma explicação definida e então não precisaria de muito mais para que surtos de histeria começassem. Por outro lado, ele sabia que Lin tinha uma conexão muito mais profunda com outros seres vivos, era claro que ela iria reagir mal mesmo se aquilo fosse um acidente por parte do zelador.

    Assim que foi questionado, Groxo teve uma reação explosiva, o imigrante podia apenas imaginar o que se passava na cabeça daquela pessoa, mesmo assim, não queria deixar aquela situação escalar. Colocou-se ao lado de Lin, pousando uma das mãos nos ombros da garota que tinha ficado claramente abalada com a resposta ríspida e agressiva do sujeito com péssimo humor.

    - Vamos lá, Lin. Temos que falar com a Diretora. - disse em um tom firme e calmo, relembrando o objetivo inicial da própria Natural- Seu amigo está bem, deu para ver daqui... Nós resolvemos isso depois. - completou mandando um sorriso forçado para o sujeito que estava além do Mike.

    Enquanto isso, seu colega musculoso estava a frente, encarando o Morlock bravo:

    Mike escreveu:- Sr. Gro-... Sr. Toynbee. Fui eu. Não estava passando muito bem e não deu tempo de correr até o banheiro, não queria dar trabalho. É que realmente não deu pra segurar. Peço desculpas.

    Andrey gostou da forma diplomática como o colega respondeu ao sujeito, ao mesmo tempo que era um pouco preocupante que Mike assumisse os problemas dos outros assim o tempo todo… Mas isso era  também algo para se tratar uma outra hora. Era bem obvio que se a situação escalasse, Groxo apanharia feio apenas para os poderes dele e do Mike combinados apenas, sem nem contar o restante do pessoal ali... Ver que o companheiro não deixava aquele fato moldar sua percepção e escolher uma solução menos obvia lhe deixava satisfeito.  

    - Vamos lhe deixar em paz, Toynbee… - seu sotaque fazia com que a forma com que ele pronunciava aquele nome era totalmente diferente, mesmo sendo obvio o que ele estava se referindo - Certo pessoal? Vamos logo. - o tom na sua voz era firme, alto e claro, como se já estivesse dando instruções para o grupinho recém formado.

    [/quote]
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    Prólogo: Novos X-Men - Página 3 Empty Re: Prólogo: Novos X-Men

    Mensagem por Sky Ter Set 17, 2019 4:26 pm

    Beastgirl
    Sasorie Greene
    Instituto Xavier de Educação e Visibilidade Mutante
    7 horas


    Sasorie já começava a ficar irritada com aquela indecisão toda se deveriam e como deveriam ir. Se aquilo fosse um problema sério era cada vez mais tempo que desperdiçavam ao invés de resolverem a situação.

    O pilha-humana tinha se voluntariado pra liderar a equipe. Um problema a menos, ia ser pior se tivesse que se colocar a frente, apenas deu de ombros concordando com a escolha.

    Fez com as mãos um deboche como se chorasse quando Cindy falava que não queria quebrar uma unha.

    Tinham seu plano definido e prontos para sair, se não fosse aquela situação com Groxo. Lin estava claramente transtornada com aquilo e não parecia certo deixar aquilo passar como os dois tentavam pacificar a situação.
    Sasorie estava irritada, não pelos ratos ou bichos. Pouco se importava com eles. Mas chatear Lin parecia algo errado demais pra deixar passar.

    A garota besta andou para frente e segurou o braço de Groxo com violência, impedindo que continuasse a andar.
    - Se não gosta tanto assim de limpar? O que faz aqui, Groxo? Cansou de tanto apanhar do Wolverine e resolveu baixar a cabeça é? - dizia com um sorriso num tom de voz que só ele escutaria - Acho bom não mexer com os ratos daqui, afinal, eles são parte importante da nossa equipe de X-men. Não que você entenda muito disso, afinal passou a vida inteira apanhando de nós não é mesmo? - o aperto ficava mais forte.
    - Fale com a Lin assim de novo e eu mesma corto a sua garganta. E eu direi que fui eu, afinal vão acreditar no saco de pancadas da Irmandade ou na Pupila do Wolverine? - ela não se considerava pupila dele, mas para efeito de intimidação ela deixava essa informação no ar - Vaza.

    Soltou, deixando ele ir.

    Se tivesse um momento a sós com Lin diria algo só para ela:

    -Nesse nosso tipo de serviço, você não pode deixar que eles te vejam ficar abalada - deu o duro conselho.

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    Prólogo: Novos X-Men - Página 3 Empty Re: Prólogo: Novos X-Men

    Mensagem por Gelatto Qua Set 18, 2019 5:38 pm

    Karmeleon
    George Chameleon


    Era comum os alunos que não se davam bem berrarem suas opiniões pelos corredores enquanto discutiam, mas, devido aos acontecimentos recentes, George nunca imaginaria um conflito deste tipo tão cedo, ainda mais com Mortimer. Ambos tinham muito em comum, eram disformes, feios, tinham nos esgotos seu momento de paz e eram maltratados por todos, pelos mais fortes e principalmente pelos normais. O Mortimer tinha de sapo, George tinha de camaleão. A discussão entre Mortimer e Lin deixou George em cima do muro. Não sabia quem apoiar. Gostava dos dois à sua maneira. Não queria que o conflito se intensificasse e agradeceu aos céus quando Mike se colocou no caminho para apaziguar os ânimos - daquele jeito dele. Era difícil crer na gentileza de uma pessoa daquele tamanho.

    Mike escreveu:- Sr. Gro-... Sr. Toynbee. Fui eu. Não estava passando muito bem e não deu tempo de correr até o banheiro, não queria dar trabalho. É que realmente não deu pra segurar. Peço desculpas.
    -"Ei, não era o Ev... ouch!" George iria fazer um comentário inocente, sem perceber a real intenção do Mike com relação à segurança do colega Evan, mas recebeu uma cotovelada na barriga de Andrey que fez um sinal para se calar. Foram alguns segundos depois que a ficha finalmente caiu.

    Tudo parecia resolvido, mas Sasorie tinha que dar sua opinião de troglodita? Toda sua hostilidade fez George dar alguns passos para trás de Andrey, se camuflando. Ao final, depois de todos irem para a diretoria, apenas se aproximou de Mortimer, saiu da camulfagem e o ajudou a recolher o esfregão e o balde. -"Desculpe! Ela não sabe o que diz!", dizia, para tentar consolar o amigo Groxo. -"Mutantes como nós não temos lugar no mundo. Você deveria agradecer por ter um lugar para dormir. Nós dois somos uns poucos sortudos. Desculpe! Prometo tomar mais cuidado para não te sobrecarregar!"

    Logo depois, seguiria o resto do grupo, onde se aproximaria de Lin e diria:-"Lin, perdoe o Mortimer. Ele anda estressado. Não que isso seja desculpas pelo que ele fez com Belinha, longe disso, mas nós vivemos sob o mesmo teto. Me deu medo a forma como vocês dois discutiam. Pensei no pior. Eu não gostaria de ver você machucada. Por favor, tome cuidado! Olhe, aqui! Um pedaço de queijo que guardei do café! Dê pra Belinha depois como pedido de desculpas!" George era um dos poucos que entendia o quanto os pequenos amigos de Lin eram importantes para ela, o quanto eles eram melhores que muitos humanos.

    Por fim olhava encarando Sasorie, nunca pela frente, mas pelas costas. Não gostava das atitudes dela, mesmo sendo a favor de Lin, a forma como ela agia o lembrava dos bullyings que sofria.
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    Prólogo: Novos X-Men - Página 3 Empty Re: Prólogo: Novos X-Men

    Mensagem por ayana Ter Set 24, 2019 11:30 pm

    Novos X-Men
    Parte 5.2

    - Sr. Gro-... Sr. Toynbee. Fui eu. Não estava passando muito bem e não deu tempo de correr até o banheiro, não queria dar trabalho. É que realmente não deu pra segurar. Peço desculpas.

    Ao ouvir a confissão de culpa, Mortimer sorriu, ignorando que George quase entregou a verdade. Nem era necessário. Não era idiota a ponto de acreditar que Mike havia vomitado no banheiro do quarto, mesmo assim aceitou de bom grado essa versão.

    - Dá pra ver que você já tá bem melhor agora, Savage. Aqui, toma - ele jogou um pano de chão em Mike. - Se foi você que sujou, então é você que tem que limpar.

    Se a aposta da corrida fosse levada a sério, Mike, o derrotado, teria mesmo que limpar o banheiro.

    O sorriso de satisfação de Groxo se desfez quando Sasorie segurou em seu braço de forma violenta. Ficou assustado, a princípio, ouvindo as ameaças, e praticamente não se mexeu. Mas era possível notar que apertava o cabo do esfregão com mais força, que a respiração estava cada vez mais acelerada, que a raiva começava a arder em seus olhos. "Vaza", Sasorie disse antes de soltá-lo. Quando ela começou a se afastar, sentiu a língua de Groxo puxá-la de volta, apertando seu braço como um torniquete.

    Mortimer encarou Sasorie com uma ira silenciosa. Tudo indicava que ficara sem palavras. Recolheu a língua e parou quando ainda havia cerca de trinta centímetros para fora. A língua caída de lado parecia uma cobra morta, pingando sangue, saindo pelas presas de uma raposa. Era possível notar que a saliva escorrendo por ela adquiria um tom entre verde escuro e cinza. Ao atingir o chão, as gotas começavam a borbulhar, liberavam gases e deixavam marcas de corrosão.

    - Nós também precisamos vazar, não é Sasorie? - com um tom amedrontado em sua voz, Lin colocou a mão no ombro da colega e a direcionou para longe de Groxo.

    Ele escarrou e Sasorie pôde sentir o calor do ácido corroendo o chão ao seu lado.

    - Minha trégua com os X-Men não vai durar pra sempre, garota lobo! Vamos resolver isso quando acabar!

    - Vamos lhe deixar em paz, Toynbee… - disse Andrey. - Certo pessoal? Vamos logo.

    Mortimer soltou um suspiro ao ver os estudantes indo embora. Antes de começar a limpeza, deixou o esfregão cair mais uma vez. Virou-se para trás de repente, projetando a língua pegajosa de um sapo. O ataque, rápido como um disparo, por pouco não acertou o rosto de George. Não tinha como negar que o jovem tinha reflexos muito bons.

    - Caralho, garoto! Você me assustou. Por que não foi lá com seus amigos?

    George recolheu o esfregão e pediu desculpas por Sasorie. Em seguida, ele disse:

    - Mutantes como nós não temos lugar no mundo. Você deveria agradecer por ter um lugar para dormir. Nós dois somos uns poucos sortudos. Desculpe! Prometo tomar mais cuidado para não te sobrecarregar!

    Groxo se sentou em uma cadeira, estalou os ombros e alongou os braços. Estava exausto. Bastava prestar atenção na maneira como se sentava, na expressão de seu rosto ou mesmo no tom de sua voz para perceber.

    - Acha que temos alguma sorte? - ele olhou de lado, para os materiais de limpeza. - Vou te dizer o que o mundo reserva para mutantes como nós. Ou você foge de tudo e desaparece, se escondendo nos esgotos, ou eles te deixam ficar aqui só pra limpar a merda que eles fazem.

    Groxo parou para encará-lo, tentando adivinhar no que ele estava pensando.

    - O que foi? Você achou que eles iriam fazer de você um X-Man? - soltou uma risada ao final da pergunta.



    No caminho para a sala da diretora Pryde, Lin andava de cabeça baixa ao lado de Sasorie, que resolveu lhe dar um conselho:

    - Nesse nosso tipo de serviço, você não pode deixar que eles te vejam ficar abalada.

    - Eu sei disso, mas você viu, ele vai… - a voz começou a ficar embargada - ele vai envenenar outros ratos... - ela respirou fundo, tentando se recompor. - Eu não consigo entender, Sasorie… desde quando matar se tornou o primeiro recurso para resolver qualquer problema?  

    A indireta não foi intencional para que Sasorie questionasse seus próprios valores. Nos pensamentos de Lin, predominava a imagem dos pequenos roedores deitados no chão em agonia, intoxicados. Não adiantaria alertá-los porque a memória de um rato não dura até o próximo jantar.

    Quando as duas mutantes pararam de conversar, George apareceu, juntando-se ao grupo. Alguns, acostumados com seus desaparecimentos, nem ao menos sentiram sua falta. Lin, por outro lado, parecia mais uma vez feliz em revê-lo. Abriu um sorriso adorável como quando o encontrou no refeitório.

    Até agora, ela não tinha dado nenhuma atenção a Andrey, ainda que ele fosse o líder da equipe que ela reuniu; aquele que demonstrou mais interesse em participar; o porta-voz encarregado de convencer a diretora de que estavam aptos para a missão. Nas costas dele, George e Lin conversavam baixinho e, ao se virar para trás, Andrey viu George entregando alguma coisa para Lin.

    - Lin, perdoe o Mortimer. Ele anda estressado. Não que isso seja desculpas pelo que ele fez com Belinha, longe disso, mas nós vivemos sob o mesmo teto. Me deu medo a forma como vocês dois discutiam. Pensei no pior. Eu não gostaria de ver você machucada. Por favor, tome cuidado! Olhe, aqui! Um pedaço de queijo que guardei do café! Dê pra Belinha depois como pedido de desculpas!

    Com as mãos em formato de concha, Lin olhou para o queijo e abriu o sorriso como se ali estivesse uma borboleta. Guardou o pedaço de queijo no bolso e disse:

    - Obrigada, George! Tenho certeza que ela vai adorar o presente!

    Ela continuou acompanhando o passo dele. Ficou sem dizer nada e parecia bem insegura, como se tivesse que convidá-lo para o primeiro encontro. Olhava para o lado, mordia o lábio, enroscava os dedos nos cabelos e alisava suas galhadas. Interrompeu as expressões de inquietude enchendo os pulmões e soltando o ar bem devagar. Num rompante de coragem, virou-se para George e disse por fim:

    - George, preciso da sua ajuda - sussurrou no ouvido dele. - Será que você não consegue roubar o veneno de ratos do senhor Mortimer?



    - Saiam da frente! Saiam da frente!

    Os alunos ouviram um grito distante, que se repetia cada vez mais alto à medida que se aproximava. Assim que abriram caminho, Samuel Guthrie, mutante conhecido como Míssil, passou voando entre eles. Ele levava alguém nos braços, mas passou tão rápido que não foi possível identificá-lo. O que se poderia dizer, pelo tamanho do corpo, é que se tratava de uma criança. Bem à frente, quase no final do corredor, uma porta se abriu e uma silhueta cinza apareceu rodeada pela fumaça espessa deixada por Míssil. Uma música alta saía do quarto.

    "Cause I didn't mean to hurt him
    Coulda been somebody's son
    And I took his heart when
    I pulled out that gun

    Rum bum bum bum rum bum bum bum rum bum bum bum
    Man down"


    À primeira batida, Cindy reconheceu a música. Mais um dos sucessos de sua irmã, cuja carreira avançava como um trem expresso a toda velocidade, sobretudo após o lançamento de seu último álbum meses atrás. Um fato incontestável quando se descobre que suas músicas tocavam tanto no Instituto quanto nos esgotos.

    Com a dispersão da fumaça, foi possível reconhecer Cessily Kincaid parada em frente à porta, olhando ao redor à procura de algum foco de incêndio. A mão direita tinha o formato de um imenso leque, que ela abanava para empurrar a fumaça para fora. Em seguida, a mão voltou à forma original e Mercury esfregou a testa, como se estivesse secando o suor. Sua pele de mercúrio brilhava, a ponto de exibir o reflexo de quem se aproximava.

    - Considerando que vocês não estão aí correndo desesperados, posso apostar que dessa vez o Instituto não está pegando fogo - disse em um tom bem-humorado.

    "Cause now I'm a criminal, criminal, criminal
    Oh, Lord, oh, mercy now I am a criminal"


    - Ei, Cindy! Esse álbum que a sua irmã lançou tá demais! - disse com os olhos brilhando tanto quanto sua pele.
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    Prólogo: Novos X-Men - Página 3 Empty Re: Prólogo: Novos X-Men

    Mensagem por Gelatto Qui Set 26, 2019 5:16 pm

    Karmeleon
    George Chameleon

    Groxo escreveu:- O que foi? Você achou que eles iriam fazer de você um X-Man? - soltou uma risada ao final da pergunta.
    George ouvia em silêncio Groxo desabafar, mas no final, ele disse algo que atingiu George lá no fundo. -"Ororo não é como eles, sabia? Ela se importa com nós morlocks!", e saiu correndo, camuflando para esconder as lágrimas. As palavras de groxo foram duras para com George que tinha em sonho ser um x-men, mas havia alguma verdade nelas. Como ser um x-men se sua aparência não ajudava?

    Então George alcançou o grupo e tentou esconder sua tristeza, enxugando as lágrimas com a manga da blusa antes de voltar a aparecer para os amigos.

    Natural escreveu:- Obrigada, George! Tenho certeza que ela vai adorar o presente!

    Ela continuou acompanhando o passo dele. Ficou sem dizer nada e parecia bem insegura, como se tivesse que convidá-lo para o primeiro encontro. Olhava para o lado, mordia o lábio, enroscava os dedos nos cabelos e alisava suas galhadas. Interrompeu as expressões de inquietude enchendo os pulmões e soltando o ar bem devagar. Num rompante de coragem, virou-se para George e disse por fim:

    - George, preciso da sua ajuda - sussurrou no ouvido dele. - Será que você não consegue roubar o veneno de ratos do senhor Mortimer?
    George abriu um enorme sorriso pelo agradecimento de Lin. Foi o suficiente para afastar quaisquer dúvidas que tinha naquele momento. Receber um agradecimento desta forma deixava o jovem morlock muito feliz consigo mesmo! Era raro um morlok receber qualquer elogio ou agradecimento. E então veio um pedido particular... George estava tão feliz naquele momento que nem pensou nas consequências quando respondeu com um grande -"É pra já!", fazendo continência de forma errada e saindo correndo até seu objetivo.

    George imaginava aonde Mortimer poderia ter guardado o veneno. Era algo perigoso de se deixar em qualquer lugar. Talvez estivesse no quarto dele? Muito improvável. Talvez com os produtos de limpeza. Sim, ele era o zelador e apenas ele tinha acesso ao depósito de materiais de limpeza. E George sabia aonde ficava o local. Mas antes, foi confirmar se Mortimer estava fazendo seu trabalho para que não tivesse perigo dele aparecer de repente no depósito.

    Como ele estava fazendo a limpeza do refeitório, com muito mais sujeira que de costume por conta do mal estar de alguns alunos, George tem caminho livre até o depósito, e até ele ele vai. Caso estivesse trancado, tentaria abri-lo com suas gazuas, pelo menos nisso ele era capaz, mas sem chamar atenção de ninguém, ou até entrar pela janela pelo lado de fora. O que importa é que, uma vez dentro, apesar de toda a tremedeira e medo, tentaria encontrar o veneno de ratos e dar um fim nele.

    Em sua mente passava apenas imagens de um cavaleiro altivo e corajoso em missão para a mais linda princesa do reino.
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    Prólogo: Novos X-Men - Página 3 Empty Re: Prólogo: Novos X-Men

    Mensagem por einherji Sex Out 04, 2019 12:43 pm

    Halifax
    Mike Savage


    Agarrou o pano que lhe foi lançado no ar. Não adiantava só falar o que quisesse falar, era preciso agir - também. Claro, não seria a melhor das tarefas - mas precisava considerar que tinha perdido a aposta e assumiu uma culpa que não era sua para tentar desescalar as coisas, nada mais justo que fizesse jus a sua posição ou a que tentou ter e realmente limpasse a sujeira. Via que o grupo começava a se dividir e talvez, se dividisse também.

    - Tenho que resolver uma coisa.

    Disse por algo, para os que estavam ali mais próximos e seguiu para o dormitório que tinha deixado pela manhã. Apressou o passo e imaginou que seria fácil encontrar o grupo mais tarde. Talvez ainda estivesse discutindo qual seria o rumo a tomar com relação a invasão dos esgotos. No caminho, pensou no quanto seria útil para essa missão - ele não tinha sido "adotado" por um dos professores, como outros alunos e imaginou que devido a natureza de suas habilidades fosse mais útil agindo sozinho. Era muito verde e não sabia o quanto seus poderias poderiam machucar seus colegas, não tinha um controle profundo de nada do que podia fazer, ele próprio tinha que se machucar para poder usar os poderes e como não tinha nem mesmo um fator de cura, precisava tomar muito cuidado com o tamanho do ferimento para não sair pingando nitroglicerina por aí. Fogo e explosões num esgoto não eram as melhores combinações. Conversaria com os colegas mais tarde sobre como poderia ser útil sem mandar todos pelos ares.

    Entrou no dormitório e foi direto para o banheiro, deu uma batida leve na porta para se certificar de que Evan não estava mais lá e confirmando isso, iniciaria a limpeza.

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    Prólogo: Novos X-Men - Página 3 Empty Re: Prólogo: Novos X-Men

    Mensagem por JPVilela Dom Out 06, 2019 4:03 pm

    Tesla
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    Andrey estava tão contente com a forma como seus colegas estavam ajudando a desmontar a situação com Mortimer, mas sua satisfação só durou até o momento em que a colega de cabelos verdes e jaqueta repleta de bottons começou a andar em direção ao zelador.

    Sasorie escreveu:A garota besta andou para frente e segurou o braço de Groxo com violência, impedindo que continuasse a andar.
    - Se não gosta tanto assim de limpar? O que faz aqui, Groxo? Cansou de tanto apanhar do Wolverine e resolveu baixar a cabeça é? - dizia com um sorriso num tom de voz que só ele escutaria - Acho bom não mexer com os ratos daqui, afinal, eles são parte importante da nossa equipe de X-men. Não que você entenda muito disso, afinal passou a vida inteira apanhando de nós não é mesmo? - o aperto ficava mais forte.


    Ao presenciar a tentativa de intimidação da colega, o ucraniano deu um tapa na própria testa em uma mistura de decepção e frustração. O som produzido foi um sonoro estalo que era resultante bem menos da força aplicada no gesto e provavelmente gerado por alguma energia estática gerada sem querer por seus poderes. Porém não foi forte o suficiente para que houvesse um flash de luz ou faíscas na cor púrpura como geralmente ocorria quando ele fazia uso deliberado de sua mutação.
    Tirou a mão da frente do rosto revelando um semblante bem sério, fuzilando com o olhar a garota que estava de costas para ele. Aquele tipo de reação da Sasorie lhe mostrava que, como líder de qualquer grupo que contivesse aquela mulher, precisava manter os olhos nela a todo custo. Se em uma situação como aquela onde os riscos eram relativamente baixos Greene conseguia estragar todo o trabalho empregado pelos companheiros com aquela agressividade mal empregada, Sidorovich imaginava como ela reagiria em situações muito mais complicadas… Decepcionante…

    Decidiu que não iria fazer nada a respeito, uma vez que não estava responsável por ninguém… Ainda.

    Viu ainda Mike acatar as ordens do zelador sapo, sendo consistente com a abordagem que havia escolhido. Depois do incidente se separou dos demais rumando em direção ao dormitório deles enquanto o resto iria finalmente falar com Kitty Pryde. No meio do caminho ainda notou que George e Lin conversavam, porém no meio dos corredores movimentado não era possível escutar o que era dito, o imigrante fingiu não ter notado nada, virando-se de volta e seguindo a diretoria.

    Antes de entrar no local, deu um salto para o lado desviando do Míssil que levava alguém nos braços… Com tudo que viu naquela manhã, provavelmente era alguém doente. Suspirou preocupado, apressando o passo.    

    Na frente da porta estava a mutante conhecida como  Mercury, Andrey sempre se perguntou como a pele dela se mantém com um tom metálico reluzente, mas seus cabelos são ruivos… Ela consegue controlar que cores os cabelos tem? Ou será uma peculiaridade de sua mutação? Nunca teve a oportunidade de sanar essa curiosidade… E essa definitivamente não era uma boa hora.

    Cessily escreveu:
    - Considerando que vocês não estão aí correndo desesperados, posso apostar que dessa vez o Instituto não está pegando fogo - disse em um tom bem-humorado.  

    Ali também estava tocando uma música, mas não era do gosto do líder daquele recém formado grupinho. Mas não demorou muito para ele notar algo familiar naquela batida. Resolveu ignorar, voltando-se a pessoa a sua frente:

    - Não está pegando fogo, dessa vez... Mas... - respondeu replicando o bom humor de Cessily, mas logo desviou o olhar e seu tom ficou um pouco mais sério: - … Não temos boas notícias - pigarreou, voltando a olhar para a metamorfa - Tem pessoas ficando doentes, Kincaid, viemos falar com a Diretora sobre isso… Ela está aí dentro? - completou mas, sem esperar uma resposta de Mercury, dava três sonoras batidas porta aguardando uma reação de quem estivesse no interior do cômodo.  

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    Mensagem por Unicórnio Invernal Ter Out 08, 2019 1:25 am

    Siren
    Cindy Hale
    Instituto Xavier de Educação e Visibilidade Mutante
    7 horas

    Vendo toda a comoção em torno do asqueroso Toynbee, Cindy só poderia revirar os olhos mesmo. Se já não bastasse humanos implicando com os mutantes, também tinham que se estranhar como estavam fazendo, como se fossem coisas completamente diferentes e não pudessem coexistir ao mesmo tempo... Até parece que alguém ali não era da mesmo comunidade rejeitada que os demais... Cindy não queria ficar para ver Groxo babando no chão. Bem, ele que ia limpar aquilo mesmo, mas a jovem preferia tomar o rumo, já que o grupo não estava disposto em lhe deixar de fora. Que aquilo acabasse logo. Que não precisasse passar muito tempo na imundice do mundo subterrâneo. Para ir direto ao que importava - não para Cindy, mas para os insistentes à sua volta - a garota saiu do refeitório enquanto os demais ainda perdiam tempo por lá. Os esperaria um pouco mais afastada do refeitório. Juntou-se à eles sem dizer nada pouco depois que Lin começou a sussurrar algo para George. Não prestou muita atenção, já que não os seguiu tão de perto assim. Estava ocupada com o celular nas mãos.Procurava, com antecedência, o melhor método de remover o mau odor que o esgoto poderia deixar em suas roupas... Será que não tinha algum traje de proteção química ali pelo instituto? Melhor que haja!

    Mal notou George correndo na direção oposta, mas a garota quase deixou o celular cair das mãos quando Míssil atravessou por eles correndo e gritando. Quem seria louco de ficar no caminho. Cindy quase se jogou contra a parede para sair do caminho.

    Ao abrirem a porta aquela música atingiu Cindy como se uma flecha houvesse atravessado seus tímpanos. Não importava quantas vezes ouvisse a melodia. A sensação era sempre a mesma. Para ela era igual ao som que os professores sem amor à própria audição reproduziam ao arranhar o quadro negro com as unhas. De repente, a gritaria e bagunça do refeitório nem parecia assim tão ruim.

    Desde que esse álbum foi lançado, não tinha mais sossego. Viu Mercury abanando toda a fumaça deixada por Míssil. Típica bagunça de sempre, típica poluição sonora do estúdio. Por isso mesmo costumava treinar sozinha e tocar perto do menor número de pessoas possível. Eles tinham tendencia de lembrar quem era sua irmã. Como se isso fosse de alguma relevância. Também não era incomum falarem de Abby Hale em sua presença, ainda mais com a música como pano de fundo. Em um dia bom Cindy daria a resposta mais curta e desinteressada possível e sairia rapidinho de perto. Esse não um dia bom.

    - Demais para meus ouvidos aguentarem. - respondeu sem nem pensar, voltando a atenção para o celular - Mas de qualquer forma não tenho irmã nenhuma. Não sei do que está falando. - tinha um tom de voz meio ríspido, forçadamente controlado.
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