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    Capítulo DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia

    Hylian
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    Mensagem por Hylian Qua Abr 11, 2018 2:12 am


    CAPÍTULO DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia




    Capítulo DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia Hogwartspotter2501a

    O desembarque do Expresso Hogwarts fora tranquilo e quase silencioso, não fosse pela quantidade grande de alunos curiosos que desejavam entender o que ocorrera durante a longa viagem. A maioria adormecera logo e não se lembravam de muita coisa e além de terem conseguido adentrar a festa, era como se um espaço vazio cobrisse suas lembranças, mas não poderia ser diferente, afinal estavam adormecidos.

    Centenas de adolescentes de todas as idades se amontoavam diante de uma plataforma de madeira envelhecida que rangia brevemente quando pisado. A frente da passarela haviam dezenas de barquinhos feitos de folha gigantes com espaço para até quatro estudantes. O lago parecia frio, profundo e completamente negro, apenas refletia a luz da lua que se mantinha forte e brilhosa num céu estrelado limpo. Lá no fundo a, pelo menos, um quilometro de distância existia um grandioso castelo que se erguia até onde os olhos podiam chegar. O castelo estava completamente iluminado, todas as janelas estavam amareladas com a luz de dentro. A Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts ficava em algum lugar do norte da Grã-Bretanha e ninguém, exceto um grupo muito seleto de pessoas conhecia seu real endereço. Construído sobre um amontoado de rochas, a escola era o ponto mais alto da região.

    – Boa noite, criancinhas... – Cantarolou Whix se colocando diante do grupo de estudantes – Os alunos do segundo ao sétimo ano podem seguir seu ruminho, as carruagens da morte os esperam... – O bruxo de cabelos brancos olhou firme para dois alunos entre tantos – Finnick e Escher... Por favor, tentem não assustar ninguém pelo caminho da carruagem...

    – Não quero escutar nenhum feitiço ou grito esta noite, Finnick! E isso vale para você também, Escher... – Disse a voz seca e arrastada do Elfo ancião que nossos protagonistas conheceram no expresso.

    – Prof. DuérfÍ! – Exclamou Finnick, Scorpius Finnick. Um aluno do quarto ano pertencente à Gryffinória, com aparência muito peculiar. Cabelos negros, olhos completamente negros e profundos, uma pele branca pálida e uma expressão de superioridade em sua face não deixam dúvidas, ele realmente é um Finnick! – Quando será que vai aposentar? Ah...

    – Cale-se! Elfos domésticos não se aposentam! – Debochou Escher, Edward Escher. Um garoto de pele parda, cabelos negros, olhos esverdeados e sempre cultivava a fama de valentão.

    – MAS COMO SE ATREVEM! – Vociferou o Prof. Dwelrf bufando – NEM BEM COMEÇOU O ANO LETIVO E JÁ DESEJAM COMEÇA-LO COM PONTOS NEGATIVOS? FORA DAQUI! FORA!

    – Acho que já escutei baboseiras demais... – Comentou outra menina muito parecida com Scorpius Finnick, com uma beleza incontestável.

    – Já chega! – Ralhou Lumna Hughes. Lumna era uma garota diferente e bem atrativa. Descendente direta de uma meio-veela, isto é sua própria mãe era uma veela, isto a torna uma garota com uma beleza surreal. Cabelos prateados era característica de uma veela, olhos de mesma cor também, uma pele branca e rosada, ainda que não estivesse nos padrões de um ser humano comum, Lumna estava decididamente acima quanto à beleza. Mesmo olhando feio para Finnick e Escher, ela ainda continuava sendo linda.

    Quando finalmente os alunos mais velhos deixaram o lugar sendo levados por várias carruagens que eram puxadas aparentemente apenas por magia, pois não se podia ver qualquer animal puxando a corda, porém alguma coisa os puxava. Fora que Whix voltara a falar.

    – Ouvi dizer que são demônios que puxam as carruagens... – Comentou um menino entre os novatos para outro.

    – São Testrálios! – Explicou Whix incomodado com a conversa paralela  – E sim, Testrálios são demônios, mas por enquanto vocês não precisam se preocupar com eles, quero dizer... A maioria de vocês... – Disse ele desta vez sem cantar, mas mantendo uma expressão curiosa no rosto ao olhar para cada um dos quatro que conhecera no vagão junto da senhorita Lillo Mauí. – No entanto chega de conversinhas, minhas crianças! Atrás de mim vocês estão vendo pela primeira vezinha o grande, o EStuPÊNdo lago negro que guardas segredos e formas de vidas inimagináveis. Como é de costume os primeiranistas devem chegar a Hogwarts passando pelo lago em direção as Masmorras e de lá vamos direto para o salão principal, onde começará em instantes o grande Jantar de Seleção!

    – Sim, sim, mas ande logo com esse discurso, não tenho o dia todo... – Resmungou o Elfo emburrado.

    Finalmente Whix ordenou que os primeiranistas embarcassem nos barcos em forma de planta, garantindo que era muito seguro e que ele os seguiria logo atrás, mas que tinha preferencias em viajar sozinho. O bruxo de cabelos brancos dera duas batidinhas em seu barco que disparou até um ponto central diante dos outros barcos que viraram lentamente em sua direção. – Vocês estão prontinhos, crianças? – Cantarolou animado  – Então vamos lá! IUPIIIIII!!!

    Quando Whix gritara “IUPI”, seu barco disparou na frente seguido pelos demais em velocidade menor. A visão era maravilhosa e a sensação era de pura calmaria e harmonia com a natureza. Os alunos tiveram a sensação de ver algo gigantesco se mexer não muito longe dali, a água tremeu, mas nada aconteceu e logo se esqueceram do acontecido quando o espetáculo das Sereianas deu seu inicio.

    Dezenas de Sereianos subiram a superfície acompanhando a velocidade dos barquinhos e cantarolando como uma orquestra, todos juntos e num ritmo fluído batiam suas nadadeiras e corpos contra a água produzindo sons agudos e graves reproduzindo uma bela canção: “New Wave Bossa Nova”.


    New Wave Bossa Nova


    No momento em que o “show” dos sereianos finalmente chegara ao fim, o silêncio voltou a reinar interrompido apenas pelos diversos barulhos característicos da natureza. Naquele momento, a lua governava juntamente com a escuridão, criando um clima romântico e pacífico, mas que não durou por muito tempo. Logo o castelo de Hogwarts parecia maior e muito mais majestoso. Abaixo das camadas de rochas onde o castelo fora construído havia uma caverna escura e fria.

    A entrada das masmorras era úmida, fria e com um cheiro estranho, mas que logo eles se acostumariam. Os barquinhos pararam um a um e os estudantes puderam descer. O caminho pelas masmorras revelou um lugar confuso cheio de tochas com fogos esverdeados que simbolizavam a casa Sonserina. Whix guiava os estudantes por um caminho que era difícil de recordar, direita, direita, reto, esquerda e logo eles já não se lembravam do que fizeram há cinco minutos. Finalmente chegaram a uma parte onde as tochas se tornaram amareladas o que indicava que estavam no território dos texugos e por fim, uma grande escadaria para deixar as masmorras e chegar ao grande Hall de Entrada.

    OFF - escreveu:Apenas um post interpretativo para começarmos o Capítulo 02

    PS: Hope you like it!  lol!


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    Capítulo DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia Empty Re: Capítulo DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia

    Mensagem por mimacarfer Qua maio 02, 2018 6:27 am


    Embora não tirasse os olhos da criatura, visando proteger não somente a prima quanto a ela mesma, Annabelle ouvira muito bem o que se passara ao seu redor. Escutara o choro de uma das meninas e seus cochichos, assim como os gritos revoltosos do garoto que encontrara anteriormente e fazia de tudo para se colocar no papel de herói do grupo. Ouviu também outro garoto de sotaque diferente gritar para correrem, e feitiços serem lançados por vários lados. Porém, o que a petrificou mesmo foram as palavras da criatura à sua frente. Ele sabia o seu nome... Mas como isso era possível?

    A ventania criada por ele, quase a fez cair em cima de Melissa, mas conseguiu, com muito esforço, manter-se de pé. Porém, foi seu ataque que a fez ir ao chão finalmente, sentindo a forte pancada na cabeça enquanto caia e depois um enorme zunido misturado à sensação de tudo estar em câmera lenta. Tentou manter os olhos abertos, mas eles pareciam demasiadamente pesados. Um lampejo branco, um grito de dor que não sabia de onde estava vindo, as chamas ao seu redor, o rosto de Melissa perto do seu, e tudo ficou definitivamente preto.

    Quando acordou estava em uma cabine comum e nada parecia indicar que as últimas horas haviam sido reais, exceto a dor que sentia em sua cabeça. Olhou ao redor procurando pela prima, mas viu apenas um homem estranho de cabelos brancos e olhos profundos e uma das garotas que estava antes na estranha sala.

    Tentou sentar-se direito, levando uma mão até onde a cabeça doía e procurando algo para se apoiar com a outra. Ainda estava meio tonta... Ouviu o homem dizer algo sobre sapos de chocolate, mas realmente não conseguia se concentrar direito no que ele dizia. Só queria saber se Melissa estava bem. Pegou o pequeno pacote que a garota lhe oferecia sem grande interesse.

    - Onde está... - ia perguntar quando notou a prima lhe olhando. Melissa estava ao seu lado o tempo todo e nem notara. Segurou sua mão e ia dizer algo quando uma voz seca vinda da porta a interrompeu. Olhou naquela direção e viu o elfo doméstico que estivera anteriormente na cabine que ela e a prima ocuparam logo que chegaram à locomotiva. Parecia ter finalmente acordado... Acompanhou a conversa dele e do outro homem ainda com certa dificuldade. Afinal, o que haviam feito? E que notícias se espalhariam por Hogwarts?

    O olhar do elfo a fez prender a respiração por alguns segundos, como se o ar lhe faltasse, porém, para seu alívio, ele olhara para os demais também antes de se retirar. Ficou se perguntando mais uma vez o porquê dele dizer que precisariam de sorte em Hogwarts... Haviam sim quebrado as regras saindo de sua cabine e aquilo quase os matara, mas será que alguém teria coragem de expulsá-los por isso? Viu o tal Whix resmungar algumas palavras e, em seguida, se despedir rapidamente, deixando uma curiosa Annabelle para trás à medida que a locomotiva ia finalmente parando, anunciando a tão esperada chegada a Hogwarts.
     
     


     
    Ficou aguardando ali na cabine, sem vontade de se levantar. Embora o desembarque parecesse mais calmo e silencioso do que imaginara, simplesmente não tinha coragem de andar por aqueles corredores novamente. Olhou rapidamente para Melissa e os demais alunos ali presentes, como se para confirmar se eles sentiam o mesmo que ela.

    Flashbacks da viagem passavam por sua cabeça, fazendo com que sua dor fosse ainda mais incômoda. O elfo, o corredor, a caixinha de música, a cabine, a carta, o convite para a festa e a bala misteriosa... Ainda continha todos aqueles itens consigo? Não sabia, mas também não poderia verificar isso ali, no meio daqueles estranhos.

    Então, com a determinação que normalmente lhe era tão característica, levantou-se rapidamente indo em direção à porta.

    - É melhor irmos logo... Não quero ficar sozinha aqui novamente – disse, já saindo o mais rápido possível na esperança de que pelo menos Melissa viesse atrás dela.

    Na plataforma da estação, centenas de alunos de todas as idades se amontoavam à sua frente. Desceu da locomotiva feliz, uma sensação de segurança lhe invadindo novamente, e não demorou muito para que notasse os barcos que lhes levariam até a escola de magia. Eram feitos de folhas gigantes, exatamente como seus pais haviam lhe contado.

    - Veja, Mel – Disse, apontando em sua direção.

    A imagem que tinham à sua frente era simplesmente impressionante. Embora parecesse completamente negro, o lago refletia a lua e um céu completamente estrelado e limpo. Lá no fundo, não muito distante deles, o grandioso castelo de Hogwarts parecia aguardá-los, imponente sobre as rochas e completamente iluminado para lhes dar as boas-vindas.

    Notou que o estranho homem que estava com ela e os demais na cabine ainda a pouco falava alguma coisa para os alunos e se aproximou para escutá-lo. Não demorou muito também para perceber a presença do tal elfo doméstico que já conhecia, porém, a surpresa mesmo lhe veio como um murro na cara ao ouvir um dos alunos mais velhos chamá-lo de professor. Como aquilo era possível???

    Olhou mais atentamente para os alunos, contendo uma risada quando os mesmos caçoaram do professor que, aparentemente, deveria estar na escola há bastante tempo. Então aquele era o “famoso” Scorpius Finnick, o garoto que, apesar de ter uma família tradicionalmente Sonserina, acabara indo parar na Grifinória... Sua entrada em Hogwarts fora comentada em sua casa durante semana pelos tios que haviam pertencido à mesma turma de seus pais. O outro garoto, por sua vez, era apenas um desconhecido qualquer.

    Observou-os se afastando calmamente, ouvindo os murmúrios dos novatos sobre as carruagens, até notar que o tal Whix as encarava novamente. Afinal, o que havia de errado com ele? Porque seu olhar lhe incomodava tanto? Ouviu as instruções sobre o barco e, ao final delas, aproveitou a oportunidade para puxar a prima até um que estivesse vazio. Esperava um pouco de privacidade para conferir os bolsos do casaco durante o percurso até o castelo, se é que isso seria possível.

    Viu o tal Whix perguntar se estavam prontos e os barcos começarem a andar. Definitivamente, não gostava dele...

    A medida que o barco avançava pelas águas sombrias do lago, apalpou seus bolsos para ver se conseguia sentir os itens que guardara lá sem precisar tirá-los de dentro e revelá-los a quem mais estivesse por ali. Estava no meio desse processo quando teve a sensação de ver algo se mexendo não muito longe de onde estavam e a água tremer. Já se esquecia do fato e se concentrava em olhar o castelo ao longe quando dezenas de sereianos apareceram próximos aos barcos cantando como uma orquestra. Mesmo sabendo o quanto aquelas criaturas eram feias e nojentas, não conseguiu deixar de se maravilhar com a situação. Sorriu para a prima, sem precisar dizer mais nada, os olhos esverdeados brilhando como duas esmeraldas banhadas pelo luar.

    No momento em que o show acabou, tudo voltou a ficar em silêncio. Suspirou profundamente olhando o castelo de Hogwarts que se aproximava a cada segundo, parecendo ainda maior do que imaginava. Uma emoção gigantesca, misturada com ansiedade lhe invadiu, fazendo com que os acontecimentos da locomotiva se afastassem de sua memória. Nada mais importava além do fato de que finalmente estava ali e que em breve o chapéu seletor a enviaria para a casa de sua família, casa esta a qual pertencia e estava destinada desde que nascera.

    Assim que o barco parou, saltou dele rapidamente. Queria ser uma das primeiras a entrar no castelo:

    - Vem, Mel... Precisamos nos apressar!

    Pegou a mão da prima e se juntou a um grupo próximo a elas e ao tal Whix. As tochas esverdeadas lhe causavam uma sensação de felicidade tão grande que nada mais parecia importar. Acompanhou os demais, tentando prestar atenção aos detalhes, em silêncio e, ao chegar no final da escadaria que saia das masmorras, seu coração quase prestes a sair por sua boca, mal conseguia acreditar: estava finalmente em Hogwarts.

    OFF:
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    Mensagem por Raijecki Qua maio 02, 2018 11:21 pm


    Seguinte da magia "Frosta" que Daemon havia lançado contra o pingente do espirito, o outro garoto com sotaque engraçado também resolveu lançar um feitiço contra a entidade maléfica. Aquilo por um instante parecia que poderia funcionar, pois o fúnebre garoto esboçava sentimento de dor, mas infelizmente as tentativas de Daemon e seus colegas serviram apenas para deixa-lo ainda mias aborrecido e poderoso. A esfera de fogo agora dobrava de tamanho e seu conjurador agora falava com certa felicidade em seu tom, que iria mata-los de uma vez e que fazia isso por uma tal de "Evalyn".

    Tudo em seguida aconteceu rápido demais para se acompanhar com certa compreensão. Daemon apenas reparou que alguns dos alunos que estavam ali acabaram desmaiando pela intensidade do ataque do espirito, de mais uma sensação estranha, de Lillo puxando uma varinha bem estranha e um grande clarão surgindo da mesma  antes de também desmaiar ouvindo um grito em ecoando em sua mente: "ALOHUM"

    Ao acordar abrindo seus lentamente seus olhos castanhos-escuros, Daemon observou que tanto ele quanto seus colegas estavam de volta a uma cabine qualquer, só que esta estava completamente normal, sem quaisquer vestígios do que havia acontecido. A locomotiva parecia funcionar normalmente e sentada em sua frente estava Lillo os encarando com uma expressão de preocupação em seu rosto e segurando uma caixinha sem nenhuma importância aparente. Daemon já não saberia dizer se era verdadeira depois do que tinha acontecido, pois se tivesse sido Lillo quem os tinha salvado, porque ela esperou até aquele ultimo momento? Tudo o que ela havia contado era mentira? Muitas dúvidas para a mente de uma jovem criança prestes a começar uma nova fase de sua vida, mas uma coisa Daemon aprendeu, não se pode confiar em ninguém sem antes conhece-lo completamente. Talvez um ensinamento que pudesse levar para uma futura carreira como Auror.

    A face de Daemon fechou ainda mais quando o homem excêntrico que estava ao lado de Lillo começou a falar tentando ser simpático. Dizia que estava feliz que todos ali estavam bem e pedia a Lillo oferecer alguns sapos de chocolate para eles. Também ainda expressava sua surpresa em ver que bruxos tão jovens quanto eles puderam ter feito o que fizeram.

    - Não, obrigado. -  Respondeu ríspido rejeitando o sapo de chocolate. Tudo aquilo parecia uma verdadeira palhaçada para Daemon, como se ele tivesse sido usado justamente pelas pessoas com quem devia mais confiar.

    Uma voz rouca interrompia o homem de cabelos brancos e aparência jovem de continuar. Era um elfo doméstico, talvez não tão doméstico pelo fato de não parecer um servo de algum bruxo poderoso. Daemon reparou que o o mesmo prestava certa atenção a Melissa e sua prima. Depois de mais uma conversa sobre acreditar em sorte e de que as pessoas em Hogwarts iriam comentar muito sobre o que tinha acontecido na viagem até lá. Era tudo o que Demon não queria, mais atenção e fofocas indesejadas.

    O elfo acabou se retirando da cabine e o tal Whix logo o seguiu. Daemon podia ouvir o som que a locomotiva fazia quando chegava em seu destino. Finalmente estavam em Hogwarts, mas em vez de felicidade e alegria, Daemon tinha sentimentos de preocupação e receio do que estava por vir.

    Ignorando Lillo completamente, Daemon se virou para Alanna e a abraçou meio sem jeito. Não sabia o que dizer, mas estava feliz que ela estava bem e junto dele.

    - Você está bem Alanna? Se machucou? - Perguntava enquanto suas memórias se misturavam em sua consciência. Lembrava de que Alanna havia sido atingida pela esfera de fogo, mas não conseguia lembrar se ela tinha o reconhecido antes diante de toda aquela situação horrível.

    Se lembrar disso o fez lembrar também de William, como poderia ter esquecido dele? Se virou encarando Lillo firmemente e a perguntou com certa revolta:

    - William! Onde está William?! - Talvez Lillo realmente não tivesse culpa do ocorrido, mas para Daemon ela era a personificação de todas as suas dúvidas que estava disponível para responde-las. Melissa revolvia se levantar e deixar a cabine os "convidando" para se juntar a ela dizendo que não gostaria de ficar sozinha novamente. Parecia que aquela desventura havia causado um dano invisível a todos ali.

    Após alguns esclarecimentos, Daemon seguiu junto de seus amigos até a velha plataforma de madeira. Vários barquinhos feitos de uma especie de folha gigante os esperavam para atravessar o belo e obscuro lago que ficava entre eles e o castelo de Hogwarts. Daemon suspirava de ansiedade por emfim adentrar aquela enorme construção, o lugar onde seus pais e parentes tinham estudado. o lugar que talvez pudesse ajuda-lo a se tornar o que gostaria de ser.

    Whix logo surgia em frente a todos para lhes cumprimentar e passar algumas instruções. Alguns alunos de quem Daemon nunca havia falar foram advertidos pelo elfo que agora também se apresentava, meio que de modo estranho pela voz de um dos alunos encrenqueiros. O elfo então era um professor afinal de contas, exatamente como Daemon tinha observado quando o mesmo adentrava a cabine da locomotiva onde ele e seus colegas haviam acordado. Dwelrf era seu nome. Uma aluna mais velha, de uma beleza imensurável também chamava atenção daqueles dois. Dona cabelos e olhos prateados, uma pele branca e rosada, parecia demonstrar uma áurea parecida com a mãe de Daemon, Pietra. Provavelmente ela também, assim como Pietra e Daemon, sangue meio-veela.

    Logo depois os alunos mais velhos se retiraram para suas carruagens movidas por testrálios. Diferentes dos outros, Daemon sabia disso pois havia lido o livro "Hogwarts, uma história". Whix continuava a dor certa atenção aos quatro e Lillo, coisa que Daemon reparou pelos olhares lançados por Whix. "Porque eu? Porque nós?" Se perguntava, afinal dentro de todos ali, justamente aquele quarteto era que chamava mais atenção.

    "Parece que estou vendo aquela aranha de novo..." - Sempre que Daemon era colocado em uma situação traumática, o maior de todos os seus traumas era revivido em flashbacks rápidos por causa de sua memória fotográfica. Chacoalhou um pouco a cabeça com os olhos fechados numa tentativa válida de voltar a realidade, quando conseguiu, viu Whix gritar eufórico um "IUP" eseguir com seu barquinho na frente dos demais. Daemon se apressou para entrar  no mesmo barco que Alanna e outros.

    Enquanto navegavam pelo tranquilo e belo lago negro, alguma coisa fez um grande volume na água mas ninguém conseguiu ver certo o que de fato era, pois logo em seguida os sereianos começaram seu espetáculo. Daemon gostava das criaturas mágicas, e considerava os sereianos incríveis por poder respirar de baixo e acima d'água, e agora mais um pouco por eles realizarem através de batidas sincronizadas de suas nadadeiras uma bela canção. Após a apresentação dos sereianos, que Daemon gostaria que tivesse durado ainda mais, os barquinhos adentraram uma caverna que dava acesso as masmorras do castelo.

    Daemon passou junto de Alanna e seus amigos por aonde aparentava ser as acomodações da casa da Sonserina e da Lufa-Lufa antes de pararem em frente a uma grande escadaria. Daemon virou o olhar para Alanna e a perguntou em tom ansioso, como era de seu costume:

    - Alanna, em que casa você gostaria de entrar? Será que entraremos na mesma? - Estava mais relaxado e sentia segura agora junto de seus amigos e dentro de Hogwarts.


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    Capítulo DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia Empty Re: Capítulo DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia

    Mensagem por Bravos Qui maio 03, 2018 1:18 am


    Uma das garotas que Clément não conhecia se levantou e lançou um feitiço que ele também nunca ouvira falar. Quando depois acordou, estava numa cabine com o que parecia um professor e um elfo. O jovem francês tinha tentado ser bravo e manter a coragem, mas depois daquilo tudo ele estava francamente assustado. Pouco ou nada falou naquela ocasião. Rejeitando os sapos de chocolate com um gesto negativo de cabeça. Seus olhos procuraram Cassandra, a única que de fato ele conhecia ali, se é o que o pudesse dizer. Havia também a garota que havia tentado proteger, mas ele não sabia nem o nome dela direito. Passou o resto da viagem em silêncio, olhando para o vazio.

    ---

    Quando chegaram em Hogwarts reviram o professor que estava com eles na cabine, bem como o elfo que o acompanhava, que pelo visto era também um professor. Alunos veteranos pareciam zombar e brincar com o elfo. Clément sabia que na França isso não seria jamais tolerado. Procurou Cassandra e também os outros garotos que participaram daquilo tudo. Os outros procurou apenas com os olhos. Cassandra buscou-a até encontrá-la. No meio tempo viu também uma garota meio-veela. Lindíssima. Na verdade, por alguns segundos chegou a esquecer Cassandra. Mas logo voltou a pensar na amiga. Quando encontrou com ela, perguntou-lhe em voz muito baixa: - Está tudo bem? Até agora não entendi o que aconteceu. Os professores também não explicaram direito... - Mas deixou que a voz fosse morrendo. Viu o olhar de Whinx para eles, mesmo que estivessem ligeiramente separados. Talvez ele procurasse-o depois para esclarecer tudo que havia acontecido.

    Junto com Cassandra, Clément subiu nos barquinhos de folha gigante e pela primeira vez a sua mente se afastou dos acontecimentos recentes e passou a se concentrar no presente. A vista da escola se aproximando, aqueles barcos naquele lago... Parecia que agora sim ele entrava num mundo mágico e não assustador. Cutucou a garota ao seu lado: - Regardez, Cassandre! Digo, Cassandra!

    Logo estavam entrando pelas masmorras. Ali mais uma vez procurou achar com o olhar os outros garotos. Passaram por fogos verdes e amarelos, simbolizando duas das casas daquela escola. Já havia quase esquecido que em breve ele seria, como todos os outros ali, designado para uma das casas. Isso chegou a empolgá-lo e quase dava pequenos saltos. Agora sim ele lembrava que estava chegando na grandiosa Hogwarts!

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    Mensagem por shamps Ter maio 08, 2018 1:38 am


    Com o grito estridente da entidade, a ruivinha apenas cobriu os ouvidos com as mãozinhas e começou a gritar, já que estava muito assustada. Nem percebeu quando a bola de fogo expandiu e começou a queimar os caixotes do local. Por gritar e ofegar com o medo, a jovem inspirou a fumaça, o que fez desmaiar rapidamente, deixando a consternação e medo dos colegas para trás.


    Num súbito, a pequena acordou como se estivesse em um pesadelo e piscou várias vezes, olhando assustada em volta. Instintivamente, quando avistou seu primo, a única pessoa conhecida ali, moveu-se até ele.

    - Daemon? Daemoooon! Você está bem? - repetiu algumas vezes o nome dele, retribuindo seu abraço - o que aconteceu? A Stacy? E o May? Cadê ele e os irmãos?

    E antes que pudesse ouvir qualquer resposta dele ou fazer perguntas, foi interrompida por uma voz em tom calmo, mas totalmente desconhecida para ela. Virou-se para olhar e continuou sem saber quem era. Uma moça ofereceu sapos de chocolates e Alanna aceitou o seu e ficou olhando para o doce, com o pensamento longe, enquanto ele tentava fugir. Ficou alguns instantes nessa semi catatonia, mas logo comeu o doce, pois estava faminta. Foi o grito do elfo doméstico que a tirou de seu transe momentâneo e que a fez reparar que tudo voltara ao normal, como se nada tivesse acontecido, e que estavam diante de um elfo, e muito do mal humorado. Foi uma discussão que ela não entendeu nada.
    O resto da viagem, ficou ao lado do primo, em silêncio, só pensando na irmã. Ela até tinha tentado sair à procura dela, mas desistiu, já que sua cabeça pesava feito um caldeirão com poção malfeita.


    Por sorte, o resto da viagem findou rapidamente e logo estavam na plataforma de desembarque e, preocupada com a irmã, Alanna mal desfrutou a curiosidade da chegada, já que correu atrás da irmã, esticando o pescoço em todas as direções e chamando por seu nome.

    - Stacy! Stacy, cadê você, daiful?

    Enquanto corria à procura da irmã, ela observou a discussão entre o professor e dois alunos, e ficou pasma ao ver que o professor era um elfo doméstico, e aquele que viram na cabine durante a viagem.

    - Eu... não posso crer... - até onde ela sabia, elfos eram servos leais de seus senhores e nada além disso. Os de sua casa eram bem tratados, claro, mas ainda sim eram criados. Mas ela ficou foi mais assustada com os alunos mais velhos que debochavam do professor. Professor? Ela ainda teria que se acostumar com a ideia, já que sua irmã nunca tinha mencionado nada à respeito. E por falar em irmã, continuou sua busca.

    Como os primeiranistas iam de forma diferente para o castelo, separados dos outros alunos, Alanna por fim se contentou em ir sem sua irmã, mas estava feliz por ter o primo por perto, como estavam no mesmo ano, tinha certeza de que passariam muito tempo juntos.
    Foi só quando entrou em um dos barcos que ela passou a ter noção de que estava indo para Hogwarts e foi quando começou a admirar-se com a beleza  e imponência do lugar.

    - Uau!

    Mesmo maravilhada, as coisas que aconteciam na calada da noite a assustavam e segurou firme no braço de Daemon ao pressentir a sombra imensa que se mexia por ali. Só se acalmou novamente com o espetáculo dos sereianos.


    Quando os barquinhos aportaram, outra exclamação de admiração saiu da boca da menina, tamanha era a grandiosidade do castelo em questão. Seguiram por caminhos tortuosos que ela se esquecia rapidamente deles, principalmente por que a parte mais legal tinha chegado, o hall de entrada.

    - Eu? - seu primo puxou um assunto interessante e ela prontamente respondeu - a mesma casa dos meus pais e da minha irmã, a Corvinal! - disse com orgulho - desde os primórdios, minha família é basicamente Corvinal, mas não foram raras as vezes em que um grifino surgiu. Minha mãe mesma quase foi mandada para a Lufa-lufa, mas o chapéu a mandou para a Corvinal, mas ela nunca contou o porquê dessa mudança. E você, primo?

    As quatro crianças sentaram-se próximas e a menina pode agradecer melhor o garoto que tinha se empenhado em protege-la.

    - Obrigada por me ajudar, lá... no vagão - ela ficou um pouco sem jeito de tocar no assunto, pois estava em dúvida se aquilo tinha sido um pesadelo, mas no fundo acreditava ser real - desculpe por não ter sido útil naquela hora... eu podia... eu... bem... obrigada... Como se chama? Eu sou O'Shier, Alanna O'Shier! Esse é meu primo Daemon - apontou para o garoto - minha irmã também estuda aqui! Ela é da Corvinal - e olhou para o lado da mesa azulada, buscando por uma cabeleira cor de fogo como os dela.
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    Mensagem por Hylian Ter maio 08, 2018 4:26 am


    CAPÍTULO DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia




    Capítulo DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia Hogwarts_PM_B4C37M1_GreatHallMourningCedricsDeath_Moment

    Entristecida e excluída, Lillo se manteve a certa distância dos amigos que acabara de fazer, pelo menos era o que ela imaginava. Não pode responder as perguntas de Daemon sobre William, até porque a resposta era uma só e muito obvia. Não tinha permissão e nem saberia como explicar o que acontecera, mas ela sabia que iria acontecer, sabia que deveria estar ali em todos aqueles momentos. Não era seu dever ter salvado a vida de todos, até porque não salvou. Tudo o que fez foi adiar o que mais temia. Uma vida se perdera naquela viagem. Talvez Evelyn estivesse muito forte, talvez essas crianças não sobrevivessem até mesmo entender o que se passava e o porquê de serem “escolhidas”. Quanto menos aquelas quatro souberem, menor a chance de se manterem em encrenca, por enquanto Hogwarts era o lugar mais seguro para todos eles, inclusive para Lillo. Ela choraria a morte de um desconhecido àquela noite.

    O grande Hall de Entrada era realmente imenso em quase a forma de quadrado perfeito. As paredes de pedra sumiam até onde os olhos podiam alcançar até que a penumbra engolisse tudo. De um lado um grande portal de, aproximadamente, oito metros de altura indicava a entrada principal do castelo. Longos vitrais quase do tamanho da porta deixavam tudo mais bonito, convertendo a luz de fora em cores distintas como um prisma colorindo todo o Hall. Quatro gigantes ampulhetas vazias estavam na parede oposta, duas para cada lado de uma grande porta de carvalho envelhecido que, no momento, estava fechada. Havia também uma grande escadaria de mármore que levava ao primeiro andar do castelo e uma única porta esquecida e ignorada abaixo da escada que quase ninguém reparava.

    Whix parou uma vez mais diante do aglomerado de crianças que terminavam de subir as escadarias da masmorra que ficara para trás. O homem de aparência engraçada e estranha mais uma vez encarou o grupo de alunos.

    – Sejam todos muito bem vindos a Hogwarts! – Exclamou ele animado e com um sorriso de ponta a ponta. – ES-tu-PÊN-DoH! – Sibilou – Atrás daquela porta entre as grandes ampulhetas está o Grande Salão Principal, aonde acontecem todas as refeições diárias, entre outros eventos também! Em alguns instantes iremos adentrar o salão aonde começaremos o Jantar de Seleção e vocês, por fim, saberão a que casa foram destinados, muito embora eu já saiba a resposta – E novamente encarou cada um dos quatro que jaziam próximos entre o aglomerado de primeiranistas.

    Nem bem Whix terminou seu discurso, um grito seguido por um relinche ecoou de fora para dentro e todos puderam assistir um homem coberto por uma armadura vagabunda cavalgando em um cavalo desgovernado atravessando um dos vitrais, porém nada se quebrou. Apenas quando o cavalo enfurecido colocou suas quatro patas sobre o chão de pedra do castelo diante de todos, fora que perceberam que se tratava de um fantasma.

    – Boa noite, crianças! – Cumprimentou o homem de armadura.

    O portal do grande salão principal se abriu e o guerreiro-fantasma empinou seu cavalo e seguiu cavalgando desgovernado salão adentro. Whix sorriu e o Elfo bufou sem preocupar-se em demonstrar sua irritação com tudo aquilo.

    O Grande Salão Principal estava repleto de estudantes de todas as idades. Havia cinco longas mesas que parecia não ter fim. Todas equipadas com talheres, pratos e grandes cálices de madeira que aguardavam o exato momento do jantar para serem utilizados. Dezenas, talvez centenas (ou milhares?) de velas acesas a alguns metros de altura acima de todos iluminavam o local e o teto, bem não havia um teto, mas o grande céu estrelado e a majestosa lua brilhavam como uma rainha diante daquele jantar. Cada mesa era decorada com as cores e símbolos de sua casa, exceto a quinta mesa que ficava diante das outras que tinha uma decoração em tons variados. À medida que Whix guiava o pequeno grupo de primeiranistas até o outro lado do salão para que ficassem diante da quinta mesa composta pelo corpo docente de Hogwarts, as estatuas gigantescas que ficavam penduradas contornando o salão batiam suas longas lanças de ferro como a saudar os novos moradores do castelo.




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    Mensagem por Raijecki Qui maio 10, 2018 2:26 am




    Alanna prontamente respondia á pergunta de Daemon:

    Alanna escreveu:- Eu? A mesma casa dos meus pais e da minha irmã, a Corvinal! Desde os primórdios, minha família é basicamente Corvinal, mas não foram raras as vezes em que um grifino surgiu. Minha mãe mesma quase foi mandada para a Lufa-lufa, mas o chapéu a mandou para a Corvinal, mas ela nunca contou o porquê dessa mudança. E você, primo?

    - Eu não sei, meu pai era da Grifinória, mas minha mãe da Corvinal como a sua... Ela sempre me disse que deveria confiar no destinazione. - Terminava a frase com um sorriso falso para mascarar suas reais preocupações. Se deveria mesmo confiar no destino, como ser quase morto junto de sua prima e amigos poderia ser algo bom? E ainda tinha de descobrir o que aquela carta tinha a ver com tudo aquilo.

    Alanna se aproximou de um dos alunos que estavam com eles naquela horrenda situação e os apresentou, o garoto tinha um sotaque engraçado e um cabelo meio encaracolado. Daemon o cumprimentou estendendo a mão:

    - Também agradeço pela sua ajuda, como minha prima Alanna disse, sou Daemon, Daemon Griffiths.

    Ao chegarem no fim da escadaria, Whix novamente se colocou a frente de todos e os deu boas vindas a Hogwarts e deu algumas breves explicações sobre o que aconteceria logo depois. Os alunos seriam selecionados para suas respectivas casas. A ansiedade de Daemon fazia seu coração bater freneticamente e sua barriga congelar. Whix concluiu dizendo que já sabia em que casa eles iriam entrar e focava seu olhar em Daemon, Alanna e nos outros 2. Aquilo deixava Daemon muito irritado, como eles aparentemente porderiam ignorar o que tinha acontecido antes e ainda manter certo interesse neles?

    Pegando de surpresa todas as crianças, um grito interrompia o discurso animado de Whix. Um estrondo arrebentava a janela perto de todos e dela saltava um cavaleiro de armadura e seu cavalo. Depois de alguns segundos de boca aberta e fascinado com tudo, Daemon concluiu que se tratava de um fantasma, pois a janela acabara por estar intacta, sem falar de que o cavaleiro era quase que transparente e parecia flutuar com seu cavalo depois de cumprimenta-los com um singelo "boa noite".

    - Boa noite, Sr. Cavaleiro. - Seus pais já haviam lhe contado sobre os fantasmas de Hogwarts, questionados por um amedrontado Daemon, o acalmaram dizendo que eram inofensivos, e que deveriam ser tratados com respeito, assim como todos.

    O portão que dava acesso ao grande salão se abria e o cavaleiro fantasma partia em seu cavalo adentro. Whix os guiou salão a dentro, passando pelas mesas com vários alunos das 4 casas até a mesa dos professores. Daemon acabou impressionado com toda a decoração e recepção do local. Uma quantidade absurda de velas iluminavam o "céu" estrelado do salão enquanto algumas estatuas que ficavam em volta do lugar batiam suas lanças saudando os novos alunos. Apenas uma palavra saia da boca de Daemon:

    - Uaul!



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    Mensagem por mimacarfer Qui maio 10, 2018 7:34 pm


    O Hall de Entrada de Hogwarts era realmente imenso, muito maior e mais bonito do que jamais imaginara. Notou as quatro ampulhetas vazias e se perguntou para o que serviam enquanto examinava cada detalhe ao seu redor, desde a porta de carvalho, os alunos próximos, a escadaria de mármore e até mesmo uma outra porta que parecia se esconder abaixo da escada. Queria explorar cada pedaço daquele castelo nos próximos dias e sentia-se mais do que empolgada em fazê-lo junto com a prima.

    Notou que o tal Whix parou e começou a falar novamente e voltou sua atenção para ele. Não gostava nada do modo como ele falava, e muito menos como olhava para ela e as outras crianças. Ia desviar seu olhar para alguma outra coisa próxima quando o grito e o relinche de um animal ecoaram fazendo com que seu coração tentasse saltar por sua boca novamente. Segurou a mão de Melissa involuntariamente, enquanto presenciava a entrada de um fantasma por um dos vitrais. Buscou o olhar de Daemon por um instante entre as crianças próximas, como que procurando alguma forma de apoio. Embora não gostasse do menino, sabia que ele, assim como os demais que se encontravam junto a ele, entendiam o medo que sentira naquela locomotiva e que estariam tão assustados quanto ela, afinal já haviam tido muita emoção para um primeiro dia.

    Não conseguiu responder nada ao fantasma como os demais alunos faziam. Apenas ficou ali, calada, segurando a mão de Melissa e torcendo internamente para que aquela noite terminasse logo, sem maiores surpresas.

    Quando as portas para o Salão Principal se abriram, notou que os outros estudantes já estavam presentes e devidamente organizados nas mesas de suas casas. Estas, por sua vez, pareciam não ter fim, assim como o céu estrelado e as velas que flutuavam alguns metros acima de suas cabeças, iluminando o local. Respirou fundo, acompanhando os demais até a mesa onde o corpo docente da escola os aguardava. A cada batida de lança no chão, seu coração parecia acelerar dentro de seu peito.
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    Mensagem por Bravos Qui maio 10, 2018 10:58 pm


    Entrar no Hall de entrada era um acontecimento grandioso. Principalmente para crianças como Clément, ainda mais vinda de outro país. Entrar naquele lugar, com as grandes ampulhetas que sua mãe tinha explicado que contava os pontos de cada uma das casas, praticamente o fez ignorar a forma exótica que o Professor Whinx falava e olhava para eles - especialmente eles - envolvidos naquele trágico acidente. Ali encontrou-se com os outros garotos que vivenciaram o acontecimento no trem. Alanna, a garota a quem Clément tinha tentado proteger, o agradeceu. Apresentou-se também, como a seu primo, um dos que, no momento, enfrentou de frente o fantasma. O jovem francês ficou um pouco desconcertado com o agradecimento.

    - De nada... Er... Você foi muito brava também! - Deu um pequeno sorriso. - Je suis Clément. Clément Vaganay. Sou francês, como minha mãe, mas meu pai é inglês, por isso vim estudar aqui em Hogwarts. Minha família bruxa é francesa e estudaram em Beauxbatons. Sou o primeiro que vem para cá, por isso não faço idéia de em que casa irei ficar.

    Era bom compartilhar anseios menos preocupantes. Para Clément, ser de uma casa ou outra, naquela escola 'nova', era um tanto quanto indiferente, já que não havia um histórico familiar envolvido. Mas ele via como alguns pareciam apreensivos com isso e em si, começava a nascer também uma espécie de ansiedade. Apertou também a mão de Daemon quando ele mesmo se apresentou e falou dos seus pais. Clément retrucou, lembrando do que lhe dissera sua mãe: - Como será que o chapéu sabe para onde mandar cada um? Ele lê sua mente?! - Nesse momento o fantasma apareceu. A sua mão correu para a varinha, mas se acalmou ao ver a reação de Daemon e dos outros. Porém, seu rosto estava alarmado. Quantos fantasmas apareceriam ainda naquela escola?

    As portas do grande salão principal se abriram e aquele era o coroamento de esplendor para os olhos de qualquer primeiro anista ali. Murmurou sozinho diante daquele espetáculo visual: - Incroyable...
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    Mensagem por shamps Dom maio 13, 2018 8:44 pm


    Por mais que um mundo novo estivesse se abrindo diante dos olhos da pequena criança, não tinha como ela negar que algo estranho tinha acontecido, inclusive uma morte. Durante todo o caminho, Alanna se alternava entre feliz e admirada com tudo e triste e assustada com o que acontecera na viagem. Sorria e conversava quando interpelada pelos colegas e sentia arrepios quando ficava quieta e as lembranças regressavam. Mesmo a animação de Whix não a tirou desses sobressaltos de humor.
    A vista do salão ajudou a jovem a permanecer com seus pensamentos mais na nova vida do que no que tinha vivenciado anteriormente no trajeto de Londres até o castelo.
    Era inegável a magnificência do Salão Principal de Hogwarts, com todas suas luzes, aromas e barulhos, até fantasmas passavam por ali animadamente. Alanna sorriu, respirando fundo e absorvendo aquela aura mágica e animada.
    Junto das outras crianças sentiu-se mais calma e participava da conversa com os dois garotos. Uma outra garota, Alanna lembra bem, também estava junto com eles nos acontecimentos do trem, mas elas não tiveram tempo de conversar, então Alanna apenas acenou com a cabeça para Annabelle.
    Estava feliz por Daemon estar fazendo amizades também.

    - Queria que você ficasse na mesma casa que eu e a Stacy, Daemon – disse esperançosa para seu primo – seria muito divertido, não é mesmo? – e concordou com ele e com Clement sobre o destino.

    O garoto francês também tinha sido gentil com a ruiva e ela estava feliz de já estar fazendo amigos.

    - Francês? Que legal... meu pai disse que já foi para a França e para essa escola. Ele disse que sempre bom aprender coisas novas e que estudo nunca é demais e que aprendeu muito com os bruxos franceses. Hey... – a menina animou-se de repente e se voltou para os dois garotos – vamos continuar amigos mesmo se formos para casas diferentes? – aguardou a resposta com ansiedade.

    O menino francês tinha levantado uma questão muito interessante sobre a seleção.

    - Não sei, minha irmã disse que ele apenas sabe.
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    Mensagem por Hylian Seg maio 14, 2018 12:25 am


    CAPÍTULO DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia




    Capítulo DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia Hermione




    Whix fizera um breve sinal para que o aglomerado de primeiranistas parasse de avançar, ficando diante de uma estreita escada de mármore escuro que levava a uma espécie de palanque onde ficava a quinta mesa ocupada por docentes e funcionários do castelo. O bruxo de cabelos brancos avançou escada acima ficando diante de seus companheiros e ao lado de um pequeno banquinho de madeira sem graça. Sobre ele um velho e fedorento chapéu de bruxo jazia imóvel e, curiosamente muitos estudantes veteranos o olhavam com ansiedade.

    Sentados em volta da quinta mesa estavam diversos bruxos, muitos deles conhecidos pela maioria, ou pelo menos alguém já ouviu falar de seus nomes. No centro da mesa, calma e com os olhos fixos no grupinho de crianças, estava Wanda Warlock, uma mulher séria e conhecida por sua sabedoria sem igual, muito embora também tenha a fama de ser uma velha louca, isto porque as coisas que ela diz quase nunca fazem sentido. Warlock é uma mulher de idade; beirando os cento e vinte anos e sua aparência não negava isso, muito embora bruxos não envelheçam como trouxas (não mágicos). Seus olhos azuis-safira se destacavam por de trás de um óculos oval cuja lente já fora quebrada centenas de vezes, tanto que ela nem se dava mais o trabalho de repara-lo e as rachaduras do vidro passaram a ser como um detalhe a mais. Era a única na mesa que trajava vestes de primeira-mão, muito pelo contrário, utilizava-se de uma vestimenta antiga que se poderia dizer que era quase um trapo velho, mas que a fazia se sentir muito confortável.

    Muito bem, pombinhos... – A voz de Whix cortou o silêncio constrangedor que se instaurou naquele grandioso salão lotado – A seleção das casas está para começar!

    Whix buscou a aprovação de Warlock numa singela espiada por cima dos ombros e quando recebera a resposta que esperava, o bruxo sorriu encantado batendo duas palmas num ritmo curioso.

    As palmas ainda ecoavam por aquele salão completamente em silêncio e pelos próximos minutos nada se ouviu. Ninguém se atrevia a emitir algum som, exceto alguns estudantes veteranos mais rebeldes. Muitos prendiam a respiração tamanha a excitação que estavam, pois aquele evento era único e se repetia uma única vez todos os anos. Apenas quando as palmas de Whix finalmente pararam de latejar nos tímpanos de todos, fora que o chapéu, por fim, se mexera...

    Com leves gemidos, o chapéu chacoalhou-se como se ganhasse vida. Três “buracos” feitos por dobras na parte frontal do chapéu se abriram revelando o que seria dois olhos e uma boca. De repente o Chapéu Seletor iniciou seu canto tradicional e uma voz encantada e imponente invadiu o salão chamando a atenção de todos!


    CANÇÃO CHAPÉU SELETOR:


    Nem bem o chapéu terminou seu canto, o salão explodiu em festas e palmas, como se esperassem desesperados para ouvirem o quão maravilhoso era aquele artefato mágico.

    ES-tuh-PÊN-doh! – Cantarolou Whix encantado com a apresentação!

    A bruxa de longos cabelos negros e ondulados, um rosto belo e feminino, porém sério como se estivesse aborrecida com a situação pigarreou propositalmente.

    Certo, certo... – Murmurou Whix demonstrando irritação com a colega. O bruxo estalou os dedos e em suas mãos surgiu um longo pergaminho que se desenrolou como um papel-higiênico sem fim até sumir próximo as estátuas que no momento estavam imóveis e sem vida. – Quando eu chamar seus nomes, vocês subirão e se sentarão neste banquinho e eu colocarei o Chapéu Seletor em suas cabeças, entendido?

    Whix colocou os olhos na lista interminável de nomes que lá existia e mudara completamente o sorriso do rosto para uma expressão enigmática o que não era nada simpático. – Ewgol Liamtroop... – Chamou.

    Naquele instante todos os docentes buscaram com atenção e muito curiosos a quem ele se referia. Um delicado e tímido menino deixou o aglomerado de alunos avançando escadaria à cima, seus olhos pediam por socorro e ele parecia mais pálido do que o normal. Lillo o olhou com curiosidade, acompanhando seus passos com cautela. Ewgol espiou uma última vez Cassandra e Clément, dois amigos que fizera no trem anteriormente, como se eles o deixassem mais calmo e então finalmente sentou-se no banco.


    “Humm...” Gemeu o Chapéu – Mas você é... – O chapéu se calou por alguns instantes, até recomeçar seus estudos sobre o pequeno – Meu trabalho aqui é direcionar cada um de vocês para suas devidas casas, porém espero que o que você guarda junto ao coração não se torne grande demais para ser incontrolável e nem pequeno demais para ser esquecido... Você deve ser... LUFA-LUFA!

    Aquela era a primeira vez que Whix parecia realmente incomodado e furioso. O que quer que tenha acontecido ali, não era “estupendo”. Ewgol aflito caminhou o mais rápido que conseguira em direção a casa de uniformes e detalhes amarelos, assim como seu uniforme agora ganhava as cores respectivas de sua casa e o brasão no peito.

    Whix voltou a chamar os demais, nome por nome e as respectivas crianças eram selecionadas sem muita demora, até que o nome “May Woodburn” fora pronunciado.

    Ahhh... Outro Woodburn... – Exclamou o Chapéu interessado – Vejo que você é diferente... Vejo que você é curioso, uma mente curiosa pode trazer bons feitos, mas a curiosidade pode lhe custar à vida... Seus olhos, ah estes olhos veem o que nenhum outro pode enxergar. Ravenclaw tinha este dom, a habilidade de se comunicar com aqueles que não são bem vindos. Eu não tenho dúvidas, você é CORVINAL!

    Outros nomes foram chamados, entre eles “Lillo Mauí”.

    Lillo enrubesceu no mesmo momento que seu nome ecoou pelo salão. Jogou seus longos cabelos castanhos para trás, tomou fôlego, buscando por uma coragem e subiu as escadas em direção ao chapéu.

    Que curioso... Muito curioso... Agora entendo, posso entender... Sou apenas um Chapéu velho, mas não me subestimem...  O que você busca, aqui irá encontrar, ma sé melhor que esteja preparada! Seu senso de justiça te leva para: LUFA-LUFA!

    Whix continuo a chamar nome por nome. Os irmãos de May foram todos para a Corvinal sem problemas. Andrew Montbell fora enviado para a Grifinória, Cassandra Blackheart fora para Corvinal. Melissa Hooper para Sonserina...

    Alanna O’Shier!

    Logo que a ruiva se sentou o Chapéu voltou a ficar em silêncio como se tivesse perdido a vida. Leves gemidos que ele provocava só eram escutados pela menina até que finalmente ele acordou de seu transe, após alguns minutos que pareciam horas. – Hogwarts reserva muitas surpresas para você, no entanto devo avisa-la que a Sabedoria é um poder incontestável, mas nem sempre lhe guiará para a felicidade. A ingenuidade é uma dadiva que protege aqueles que não desejam sofrer com a verdade... – Disse o Chapéu pensativo – Caso eu venha ser útil para você, estarei na mais importante estante que existe em Hogwarts – Cochichou, desta vez de modo que somente Alanna pudesse ouvir... – CORVINAL!

    Daemon Griffiths!

    Você também? Hum... Embora tenha muito a oferecer a casa Corvinal, não tenho duvidas de que há um leão adormecido em seu interior! – Murmurou o Chapéu sério – Muito louvável a nobreza que existe em seu coração. A coragem lhe guiará pelo seu caminho, mas não a confunda com a imprudência, isto pode lhe custar muito caro! – Comentou o Chapéu pensativo – Caso eu venha ser útil para você, estarei na mais importante estante que existe em Hogwarts – Cochichou, desta vez de modo que somente Daemon pudesse ouvir... – GRIFINÓRIA!

    Clément Vaganay!

    Mais um que deve passar por aprovações... Entendo! – Comentou o Chapéu curioso – Seu coração é leal aqueles que ama e justo demais para enxergar além do que deveria. Você é um “lufano”- nato, tenho certeza que Helga ficaria orgulhosa de tê-lo em sua família, mas devo lhe avisar que, embora tenha um senso de justiça forte, terá que ter cuidado em quem e onde deposita sua lealdade, ou no futuro terá que fazer justiça com as próprias mãos... – Comentou o Chapéu pensativo – Caso eu venha ser útil para você, estarei na mais importante estante que existe em Hogwarts – Cochichou, desta vez de modo que somente Clément pudesse ouvir... – LUFA-LUFA!


    Annabelle Hooper!

    Nem bem Hooper sentou-se no banco e a voz do chapéu invadiu sua mente com força – Outra Hooper? Eu esperava por você, pequena! Ou devo me referir a você como Srta. Hooper? Com todo o respeito, digo... – Disse o Chapéu sério – Grandes foram aqueles que pertenceram à casa de Salazar. Fizeram grandes magias, nem sempre benéficas, mas sempre grandiosas... – O chapéu parou por alguns segundos, provocando alguns gemidos incômodos que somente Annabelle podia ouvir até que finalmente invadiu sua  mente de novo – A ambição é uma virtude, mas também é considerado um pecado e o poder lhe trará o que mais deseja, mas pode também lhe tirar tudo o que ama. Deve estar preparada para controlar sua ambição ou descartar seu coração! – Comentou o Chapéu pensativo – Caso eu venha ser útil para você, estarei na mais importante estante que existe em Hogwarts – Cochichou, desta vez de modo que somente Annabelle pudesse ouvir... – SONSERINA!


    OFF escreveu:Me empolguei? Sim! Mas precisava passar as informações pra vocês! Ficou um pouco longo demais, mas foi necessário, prometo que tentarei não me empolgar tanto daqui pra frente! Utilizem o tópico do diário caso achem necessário! Qualquer dúvida, sabem onde me encontrar, na mais importante estante de Hogwarts! Duvido que descubram com facilidade, mas se querem uma dica, conversem com os baderneiros!  lol!  


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    Capítulo DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia Empty Re: Capítulo DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia

    Mensagem por Raijecki Seg maio 14, 2018 2:55 am




    - Sim! Seria muito legal! - Daemon respondeu a Alanna sobre ir para a Corvinal. Continuaram conversando por mais algum tempo, e Alanna novamente os questionou sobre suas amizades. Parecia até que ela estava se esforçando para esquecer logo o que tinha acontecido anteriormente na locomotiva. Não havia como julga-la.

    - É claro que vamos ser amigos Alanna! Estaremos sempre juntos pro que der e vier! - Falava com sinceridade, ainda mais porque eles ali e Annabelle eram os únicos em que talvez pudesse confiar de verdade. Precisava criar um laço de amizade verdadeiro com eles. Estendeu o braço de modo a deixar sua mão aberta, com a palma virada para baixo e disse olhando para os dois:

    - Promessa de amizade? - Esperava que eles concordassem juntando suas mãos com a dele, formalizando um forte laço de amizade e confiança.

    - Você também Annabelle, se quiser é claro... - Não esperava que ela se juntasse a eles tão facilmente, mas não custava a tentativa. Algo naqueles olhos verdes o incomodavam de um jeito que não compreendia.

    Whix fez sinal para todos se aquetarem em frente a uma pequena escada escura. Nela jazia, em cima de um banquinho, um chapéu velho e surrado. Whix se aproximou dele e quebrou o silencio do salão anunciando que a seleção das casas para os primeiranistas iria começar. Era o momento que Daemon mais aguardava, o momento do famoso destinazione.

    "É agora, este é o grande chapéu seletor! Mal posso esperar para vê-lo ganhar vida!" - Pensava ansiosamente.

    Três buracos surgiram no chapéu, revelando ser seus olhos e sua boca. Surpreendendo á todos os primeiranistas e pregando sua atenção, o chapéu começou a cantar uma música sobre as casas de Hogwarts e sobre ele também. Para Daemon, pareceu que "ele" aparentava ser um pouco orgulhoso de si mesmo. Após o fim da bela canção, Whix gritou eufórico elogiando a performance do chapéu antes de estralar os dedos e fazer aparecer em suas mãos um enorme pergaminho.

    E a seleção finalmente começava. Primeiro foi um garoto chamado "Ewgol Liamtroop", que acabou indo para a Lufa-Lufa. O coração de Daemon só aumentava suas batidas enquanto Whixz chamava o próximo nome. Quase que não reparou na feição séria de Whix quando o chapéu colocou Ewgol em sua casa.

    "O que estava esperando Whix?" - Questionava Daemon em sua cabeça. O que quer que Whix tinha planejado parecia não ir de acordo com o que o chapéu seletor estava fazendo. May Woodburn acabou indo para a Corvinal. May era um dos que estavam juntos naquela situação, e Daemon não perderia a chance de questiona-lo se caísse na mesma casa que a dele. O próximo nome fez Daemon cerrar seu olhar para não perder nenhum detalhe. Lillo Mauí se sentou no banquinho e o chapéu a advertiu dizendo que o que ela buscava ela encontraria, e a colocou na Lufa-Lufa.

    "Está buscando algo Lillo? Logo logo teremos uma conversinha." - Ou algum dos quatro que ficassem na mesma casa que ela talvez pudesse tentar arrancar alguma informação. Whix continuou a chamar os nomes. Os irmãos Woodburn acabaram todos na Corvinal. Um tal de Andrew Montbell havia caído na Grifinória.

    "Andrew Montbell!?" - Seu espanto não era para menos, pois Daemon estava com a misteriosa carta de Andrew em seu bolso, naquele exato momento - "Preciso guardar todos estes nomes!"  

    Continuando, Cassandra Blackheart foi para Corvinal e Melissa Hooper para Sonserina.

    "Pff, lógico que iria para a Sonserina, provavelmente Annabelle irá segui-la para lá."

    Agora era a vez de Alanna. Daemon acenou com a cabeça e um sorriso para sua prima enquanto ela se locomovia até o chapéu. Não deu outra, Corvinal, exatamente como quase toda a sua família. O seguinte era ninguém mais, ninguém menos, que ele próprio. Havia chegado a hora da verdade para Daemon Griffiths. Seria Corvinal, a casa em que sua mãe havia estudado? A Grifinória de seu pai? Ou talvez as mais improváveis, Lufa-Lufa e Sonserina? Momento antes de vestir o chapéu, decidiu limpar sua mente e confiar na intuição do chapéu seletor, afinal de contas era exatamente esse seu trabalho, escolher a melhor casa para os alunos.

    O chapéu começou falando que não tinha dúvidas do que Daemon poderia servir muito bem a Corvinal, mas que também havia em seu coração uma nobreza digna de um leão. Neste momento Daemon começou a cochichar, repetidamente, bem baixinho a palavra "Destinazione". Então o chapéu acabou o advertendo sobre não confundir coragem com imprudência e cochichou somente para que ele ouvir:

    Chapéu Seletor escreveu:Caso eu venha ser útil para você, estarei na mais importante estante que existe em Hogwarts.


    "GRIFINÓRIA!" - Gritou o chapéu para que todos ouvissem. Daemon deu lugar a Clément enquanto refletia sobre a escolha do chapéu seletor e observava seu uniforme mudar para as cores dos leões. Clément acabou indo para a Lufa-Lufa e Annabelle logicamente para a Sonserina. Assim todos os 4 acabaram indo para uma casa diferente, como se alguém quisesse separa-los.

    "Devemos nos unir o quanto antes e juntar nossas informações... Mas primeiro, preciso entregar uma carta."

    Correu eufórico em direção a mesa onde os estudantes da Grifinória estavam sentados e após se apresentar e cumprimenta-los, procurou por Andrew para que pudesse lhe avisar sobre a carta. Preferia não entrega-la logo ali, pois não tinha como saber como algum aluno mais velho iria reagir se acabasse vendo-o entrega-la. Sentou-se ao lado de Andrew e falou:

    - Andrew Montbell, não é? Precisamos conversar...      
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    Mensagem por Bravos Qua maio 16, 2018 7:11 pm


    Uniu a mão com todos e selou aquela amizade que começava ali. Era uma promessa que possivelmente seria difícil, pois se fossem para casas diferentes, possivelmente iriam se ver muito pouco todos juntos. Mas Clément não pensou em nada disso naquele momento. De certa forma, queria estar com aqueles garotos. Logo em seguida, começaram as seleções para as casas.

    Viu Ewgol e Lilo serem designados para Lufa-Lufa. Era engraçado que aqueles dois que estiveram envolvidos de maneiras muito diferentes com o acontecimento do trem fossem parar no mesmo lugar. O jovem francês não deixou de notar que, quando Ewgol foi parar na casa de Helga, o professor Whinx lhe dirigiu um olhar cheio de fúria, bem diferente da atitude comum dele.

    - Será que o professor Whinx era da Lufa-Lufa? - Cochichou com os garotos que estavam junto deles, antes que o primeiro fosse chamado. E a primeira foi Allana. - Bonne chance!.

    O chapéu a mandou para Corvinal, como ela esperava. Logo em seguida, foi Daemon. Era hora de saber se seguiria o caminho da mãe e do pai. Por fim, prevaleceu a Grifinória. Quando chamaram seu nome, Clément arregalou os olhos. Não estava exatamente preparado para isso, mas levantou e foi em direção ao chapéu. Ele pousou em sua cabeça e a cabeça dele foi a mil, sem saber exatamente no que pensar. De uma forma misteriosa e claramente mágica, o chapéu contou a ele quem ele era e ele se deixou se sentir orgulhoso de ser um 'lufano nato'. - Merci! Grand Merci! - Foi para grande mesa onde estava reunida a casa Lufa-Lufa. Procurou Ewgol e Lilo. Agora ele estaria perto daqueles dois. Se antes já queria saber mais sobre Lilo, agora pretendia fazê-lo mais ainda. Talvez ambos estivessem sentados um perto do outro e ele iria para lá.

    - Oi!
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    Mensagem por mimacarfer Qua maio 16, 2018 11:13 pm


    Annabelle viu uma garota fazer um aceno de cabeça para ela. Lembrava de tê-la visto rapidamente no trem, mas não lembrava seu nome. Aliás, nunca haviam se apresentado uma para a outra, mas sabia que ela estava nos acontecimentos anteriores por sua proximidade com os outros garotos. Continuou andando junto aos outros alunos até o momento em que todos pararam diante de uma estreita escada que levava a uma espécie de palanque onde estava a mesa ocupada pelos professores e funcionários do castelo. Viu o tal bruxo de cabelos brancos subir e parar ao lado de um banquinho de madeira sem graça onde estava um velho e fedorento chapéu de bruxo.

    - Olha, Mel. É o chapéu seletor! - disse baixinho, sentindo a ansiedade aumentar a cada segundo.

    Nada mais ali parecia importar e, por um momento sentiu o tempo parar. Respirou profundamente quando ouviu o bruxo à sua frente dizer que a seleção das casas iria começar, prendendo-a em seguida. Sentia como se não conseguisse respirar. E se fosse enviada para outra casa que não a Sonserina? Talvez preferisse a morte àquela opção...

    Viu o chapéu começar a se mover com leves gemidos, como se ganhasse vida e ficou ali, completamente admirada o observando. Sim, ele tinha olhos e boca... e ainda cantava! Tentou prestar atenção no que ele dizia e não pode deixar de rir ao ouvir cada palavra, batendo palmas junto aos outros no final de sua estranha melodia. Aquilo era bem mais divertido do que os contos de seus pais.

    Ouviu uma bruxa da mesa pigarrear para que a cerimônia continuasse e, com um estalar de dedos, um longo pergaminho surgiu nas mãos de Whix que anunciou que, ao serem chamados, cada aluno ali presente deveria subir até o pequeno palanque e sentar-se no banquinho para a seleção.

    O primeiro foi um tal de Ewgol... Procurou o garoto em meio ao grupo, assim como os demais. Parecia ser muito tímido, mas avançou rumo à escadaria, parecendo bastante pálido. Com certeza a coragem não era seu forte, logo, não iria para a Grifinória.

    Ao sentar-se, o chapéu foi colocado em sua cabeça e começou a se mexer. Falava um pouco e parava, como se estudando a cabeça do garoto, e, quando parou, gritou que o garoto iria para a Lufa-Lufa. A mesa da casa comemorou enquanto recebia o garoto, que agora via seu uniforme também ganhar as cores da casa. Aquilo realmente era muito legal!

    Um novo aluno foi chamado, e outro, e outro, até que, por fim, Melissa foi chamada. Para seu alívio, a prima foi enviada para a Sonserina. Sorriu para ela enquanto via seu uniforme ganhar as cores da casa.

    - Te encontro lá daqui a pouco! - disse sem som, sabendo que a prima lhe entenderia.

    Seus sonhos estavam se realizando, finalmente! Viu a garota que lhe acenara agora a pouco ser chamada... Allana O'Shier. Seu nome não lhe era estranho, mas não se lembrava o porque. O chapéu ficou quieto por minutos que pareceram horas e, quando finalmente se mexeu, a encaminhou para a Corvinal. Logo depois foi a vez do garoto metido a herói ser chamado... Daemon Griffiths. Era meio óbvio para Annabelle que ele seria enviado para a Grifinória, e ela não estava errada. Quando o chapéu finalmente parou de estudar a cabeça do garoto, o enviou diretamente para a casa dos leões.

    Em seguida, foi a vez de mais um rosto que ela já conhecera no trem. Clément Vaganay... O nome era bem diferente, assim como o garoto. Olhou-o caminhar com certa curiosidade, a ansiedade por não ter sido chamada ainda mais forte. Não demorou muito e o chapéu lhe enviou para a Lufa-Lufa. Já começava a achar que não seria chamada nunca, quando finalmente ouviu seu nome: Annabelle Hooper. Respirou fundo, ajeitou o seu cabelo, ficando um tanto quando vermelha e, levantando a cabeça com orgulho pelo sobrenome que carregava, subiu a escada e caminhou até o chapéu.

    Nem bem sentou-se no banco e a voz do chapéu invadiu sua mente com força. Prestou atenção em cada palavra que ele dizia... "Grandes foram aqueles que pertenceram à casa de Salazar. Fizeram grandes magias, nem sempre benéficas, mas sempre grandiosas...", disse ele. "A ambição é uma virtude, mas também é considerado um pecado e o poder lhe trará o que mais deseja, mas pode também lhe tirar tudo o que ama. Deve estar preparada para controlar sua ambição ou descartar seu coração! Caso eu venha ser útil para você, estarei na mais importante estante que existe em Hogwarts", continuou. Em seguida, o chapéu finalmente anunciou sua casa: SONSERINA!

    Quando o mesmo foi retirado de sua cabeça, abriu o maior sorriso que poderia dar, os olhos ainda mais vibrantes do que anteriormente. Levantou-se e correu até a mesa de sua casa, onde uma Melissa também sorridente a esperava. Estava finalmente entre os seus como sempre sonhara e pronta para começar a construir sua história em Hogwarts.
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    Mensagem por shamps Qui maio 17, 2018 12:27 am


    Era chegada a hora da tão aguardada seleção pelo chapéu, o famoso Chapéu Seletor, um objeto de aparência surrada, mas que ganhou vida em poucos segundos, atraindo a atenção dos alunos. Até mesmo os mais velhos ficavam ansiosos por saber quem seriam seus novos colegas de casa.
    Alanna, assim como todos, estava animada e nervosa, com um friozinho na barriga, esperando a sua vez. Seu amiguinho May foi para a Corvinal, a casa para qual ela esperava ir, e por isso bateu palmas efusivas para ele.

    - Parabéns, May - disse quando ele passou por ela.

    Quando finalmente chega a sua vez, a garota caminha com firmeza e cabeça erguida, não por orgulho, mas por alegria em saber que iria fazer parte daquela grande família. Sentou-se no banquinho como todos antes dela fizeram e sentiu o chapéu ser posto em sua cabeça. Sentiu cócegas quando o item mágico começou a se mover enquanto falava e analisava a essência da garota. O chapéu falou algo estranho que deixou Alanna um pouco confusa, mas sua alegria em ir para a Corvinal e fez esquecer depressa a estranheza.

    - Sim senhor -o respondeu para o item quando ele falou onde estaria - Corvinaaaaaaaaaaaal! Que maravilhaaaaaaa - saiu correndo rumo à mesa da casa azul e pulou no pescoço da irmã, feliz da vida - deiful, que alegria... somos da mesma casa... ih... olha, é a vez do Daemon - e prestou atenção na escolha que o chapéu faria - uau, Grifinória! - ficou feliz por ele, mesmo que não ficassem na mesma casa. Lembrou-se de outra coisa - irmã, o que é a estante mais importante de Hogwarts - quis saber, já que tinham sido palavras do chapéu e ela não fazia a menor ideia do que se tratava.Depois ela se acomodou ao lado de May.

    Não tinha conseguido conversar com o amigo depois dos estranhos eventos no trem e queria agora saber como ele estava.

    - Vamos ser colegas, May... como você está? E seus irmãos?
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    Capítulo DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia Empty Re: Capítulo DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia

    Mensagem por Hylian Qui maio 17, 2018 8:53 pm


    CAPÍTULO DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia




    Capítulo DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia Img




    Quando uma vida é tirada a força em meio a tanta maldade, a escuridão ganha tamanha força que nos resta um último grito. Grito este que ecoará insistentemente na mente daqueles que assistiram e nada puderam fazer. A morte fez o seu trabalho e a Vida se perdera sem chances de retrucar!

    Rest In Peace, Wylliam Phelpps 2007 - 20018


    Andrew Montbell era um garoto de cabelos castanhos escuros, pele clara e olho castanho. Não era tímido, mas tão pouco muito sociável. Montbell ainda cultivava as emoções de ter sido encaminhado para a casa dos leões e como tudo aquilo era mágico e surreal, quando outro garoto que acabara de ser selecionado se aproximou dele chamando seu nome.

    Curioso, Andrew o olhou com certo espanto, afinal, ele não era famoso ou muito conhecido para que estranhos soubessem seu nome quase por completo. –
    Quem é você? – Perguntou tão curioso com a situação que esquecera os bons modos.

    Por mais que Lillo tivesse muita curiosidade, ela preferiu sentar-se longe do colega que recém havia sido selecionado par a mesma casa, Ewgol. O olhava curioso com o canto do olho, mas não se atrevia a se aproximar e também não teria muito tempo para pensar naquilo, visto que a cerimônia ainda estava acontecendo e ela estava adorando aquelas explosões de emoções.

    Melissa sorrira para a prima mais velha enquanto corria em direção à casa de seus sonhos e nem reparou nas mudanças que seu uniforme, antes totalmente preto e sem graça, agora em detalhes verdes e com o símbolo orgulhoso de Salazar.

    Eu sabia que você não iria me decepcionar! – Disse a irmã mais velha de Alanna em tom animado.

    Stacy O’shier lançou olhares estranhos para a irmã quando esta perguntou sobre o que o Chapéu Seletor a havia dito. –
    Estante mais importante de Hogwarts?

    Bobagens, é o Chapéu Seletor, já está velho e gagá! Quem liga para o que ele diz? – Disse um garoto que era uma versão exata de May, porém mais velho – Me chamo December, December Woodburn!

    Olá... – Respondeu May tristonho, ainda cultivava em sua mente o que acontecera a pouco e mesmo com tanta agitação, era difícil para ele “processar” tudo ou fingir que nada havia acontecido. O mesmo acontecia com July, October e November.

    Quando finalmente a última criança fora selecionada e Whix pode enfim fazer seu longo pergaminho cheio de nomes desaparecer com outro estalo de dedos, fora que a mais importante bruxa ali presente, cujo cargo era de diretora, levantou-se e somente a séria expressão em sua face fizera com que todos se calassem e a alegria que dominava o salão dera lugar a um silêncio nada atrativo.

    Warlock contornou a longa mesa dos docentes e funcionários até ficar diante das outras quatro mesas, ao lado de Whix. Ambos cochicharam algo que não era possível ouvir, talvez por meios de magia que impossibilitassem outros de escutar.

    Sejam todos muito bem vindos a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts! – Disse Wanda Warlock em alto e bom som, levantando as duas mãos. – É com grande prazer que digo isto e estou certa de que esta nova geração de estudantes terão muito a aprender com seus veteranos e docentes, mas também teremos toso nós muito a aprender com eles, não é mesmo? – Warlock dava alguns passos enquanto fazia seu discurso tradicional de inicio de ano – Porém, é com grande pesar que anúncio a morte de um de nossos estudantes que iniciaria sua jornada em Hogwarts neste ano. William Phelpps!

    Um grande murmúrio se iniciou entre os estudantes das quatro casas, mas logo pararam quando a diretora voltou a falar – O que houve no Expresso de Hogwarts não era, obviamente, para ter acontecido e infelizmente resultou na morte de um de nossos companheiros. Quero dizer-lhes e acalmar a todos que o que quer que tenha provocado a morte de Phelpps não está aqui. O ministério da magia já está averiguando o caso e o trem ficará interditado até que todas as averiguações estejam por fim terminadas. No entanto, não posso esquecer-me de parabenizar alguns estudantes que, curiosamente acabaram de ser selecionados, porém mostraram possuir um valor inigualável!

    Warlock parou de falar por alguns instantes, seus olhos pareciam como os olhos de uma águia buscando cada um dos estudantes aos quais ela se referia –  Daemon Griffiths, Alanna O’Shier, Annabelle Hooper, Clément Vaganay, Lillo Mauí, Ew...gol Liam.., Cassandra Blackheart, Melissa Hooper e irmãos Woodburn’s, eu os parabenizo pelo que fizeram no Expresso!

    A diretora parecia visivelmente mexida com tudo aquilo, mas não podia ignorar de quatro daqueles nomes eram muito importantes daquele momento em diante. Se sentia culpada por não ter imaginado que algo como aquilo pudesse acontecer no expresso, se sentia horrorizada com tudo o que sabia sobre o que acontecia e desejava que aquilo não fosse a profecia que, há poucos dias, ela teve a chance de ler.

    Não era para menos que todos ali olhassem cada um dos novatos citados com curiosidade e muitos se esquecessem de parabeniza-los. Já que eles eram os únicos envolvidos na morte de um garoto e que poderiam testemunhar o que viram.

    -
    O banquete está servido! – Gritou Whix!

    As cinco mesas que antes estavam vazias, cobertas apenas por pratos, talheres e copos, agora possuíam todo o tipo de comida inimaginável para o banquete. Comidas que agradariam a qualquer tipo de ser humano e até mesmo os mais exigentes se sentiriam representados ali. Jarras de suco, água e refrigerantes surgiam diante de todos e era só escolher.

    -
    ES-tuh-PÊN-doh! – Exclamou Whix maravilhado com aquilo tudo e se servindo de um grandioso pedaço de coxa de galinha.



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    Capítulo DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia Empty Re: Capítulo DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia

    Mensagem por Raijecki Sex maio 18, 2018 2:02 am


    O questionamento de seu nome por parte de Andrew fez Daemon pensar o quanto ele estava prestando atenção na seleção do chapéu, afinal de contas Whix, que por si só já chamaria bastante atenção por seu visual quase que andrógeno, lia em voz alta todos os nomes e sobrenomes das crianças. Uma inveja de Andrew chegou até Daemon, pois ele parecia ter focada na euforia de se juntar a outros vários na casa da Grifinória, um luxo que infelizmente Daemon não possuía, pois talvez nunca conseguiria deixar de relembrar o terrível acontecimento no expresso de Hogwarts. Memória fotográfica não parece tão boa assim não é mesmo?

    - Griffiths, Daemon Griffiths. - O respondeu seco, esticando a mão para cumprimenta-lo. - Por um acaso você notou algo estranho durante a viagem na locomotiva até aqui? - Não gostava de perder tempo enrolando, principalmente o assunto sendo tão sério como era. - Talvez tenha recebido ou encontrado algum objeto? Uma carta talvez? - A ultima parte havia saído baixo o suficiente para apenas ele e Andrew pudessem ouvir.

    Antes que Andrew pudesse pelo menos abrir a boca para responder, Whix dava por finalizado a seleção enrolando seu pergaminho e aparentemente conversava por algum meio não visível com a diretora da escola. Warlock emfim dava as boas vindas para todos os estudantes e aquele velho incentivo tradicional. O que chamou a atenção não só de Daemon como de todos, foi o anuncio oficial da morte de um garoto que estava na locomotiva a destino da escola.

    Seu nome era William Phelpps.

    Daemon se sentiu transportado imediatamente á praticamente destruída cabine da locomotiva onde tudo ocorrera. Via William a poucos metros de distancia a sua frente, paralisado e horrorizado. Daemon não conseguia ajuda-lo e via apenas uma porta se fechar depois de uma sombra se aproximar pelas costas de William. Voltou a si piscando e remexendo seus olhos freneticamente. Uma lagrima deixava lentamente um rastro molhado até sua bochecha.

    Warlock continuava argumentando que o que quer que havia atacado o trem, não estava mais lá, nem em Hogwarts e que o ministério da magia trabalhava arduamente para descobrir a verdade sobre o ocorrido. Ou seja, para Daemon, mais desculpas esfarrapadas de uma velha caduca que já aparentava não ter mais condições de exercer suas funções em Hogwarts. A diretora parou por um instante e começou a caçar com os olhos os estudantes que haviam presenciado aquela situação, e depois de identificá-los diante da multidão, os elogiou pela bravura e resiliência, citando seus nomes para que todos pudessem ouvir.

    "Ótimo, mais atenção dos outros era tudo o que eu precisava, só me faltava agora ter de responder mais do que perguntar..."  - Pensava em tom de ironia o jovem Daemon. E a sua preocupação se mostravam acertadas e relevantes, pois imediatamente depois de Warlock proferir os nomes, todos os outros alunos lançaram seus olhares para eles. Daemon sentiu novamente seu coração bater acelerado, não sabia como reagir a quela situação. Sentiu-se completamente aliviado quando Whix exclamou em alto e bom som que o jantar estava servido.

    Mesmo Daemon tendo vindo de uma nobre e respeitada família de bruxos, nunca havia visto tamanha fartura assim antes. Jogava que todo aquele vasto banquete pudesse até alimentar uma colonia de trasgos montanheses por um certo período de tempo. Whix gritava eufórico o seu bordão mais utilizado, o "ES-tuh-PÊN-doh!" enquanto dilacerava uma enorme coxa de galinha.

    "Estupendo vai ser quando realmente nos vermos livres deste mistério seu idiota esquisitão." - Refletia indignado ao mesmo momento em que também se atracava sem dó nem piedade em um pedaço de carne assada. Ainda com a boca cheia, continuava com a conversa com Andrew:

    - Então, acho que não preciso explicar o que eu sei sobre o que aconteceu no trem, portanto, preciso que seja sincero e me diga se notou algo de diferente durante a viagem e - Dava a ultima mastigada antes de engolir a seco o pedaço de carne. - Eu também tenho algo que foi direcionado para você, mas não posso te mostrar agora.

    Terminava de secar seu segundo copo de suco quando voltou a dialogar com Andrew - Precisamos nos unir Andrew, não acredite em tudo que eles lhe contam, somente a gente que esteve lá pode ser confiável, posso contar com você? - Daemon não ligava de assusta-lo e parecer um lunático falando, precisava urgentemente fazer alguma coisa para pelo menos entender como e o porque daquela tragédia ter acontecido antes que mais alguma pudesse acontecer. Era o único jeito que conhecia de conseguir superar suas memórias traumáticas.
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    Mensagem por Bravos Sex maio 18, 2018 3:53 am


    A notícia da morte de William pegou Clément de surpresa. Não era como se ele não soubesse, mas ele havia esquecido. Pelo menos naquele momento. Seu olhar ficou vazio e quem o olhasse veria apenas um corpo desprovido de ânima. De forma que ele nem sequer ouviu quando seu nome fora dito em meio ao dos outros garotos que vivenciaram aquele pequeno inferno no trem. Quando deu-se conta do que acontecia, vários olhares estavam voltados para ele e para Lilo Mauí, que estava ao seu lado. - O... O que foi isso? - Sua voz saiu fraca e praticamente inaudível. Decerto nem Lilo havia escutado. Logo, porém a ele entendeu o que havia se passado. Na verdade, lembrou-se, pois escutara tudo, embora estivesse num breve devaneio. Falou para Lilo sem olhar exatamente para ela: - Por que anunciar isso assim? Para todos?

    Por sorte, o jantar foi servido logo depois e aquilo era como um balde de água fria para a curiosidade atiçada de todos os alunos de Hogwarts. A comida e a bebida, deliciosa e abundante, embotava um pouco os sentidos. Aproveitou a oportunidade para conversar com a garota que salvou a todos. - Então, engraçado que você, Ewgol e eu tenhamos ficado na mesma casa, não? - Tentou sorrir, mas o abatimento pela morte de William ainda estava presente. Será que Lilo também sentia algo parecido? Queria manter uma conversa animada, mas não conseguiu: - Acho que depois disso as pessoas vão olhar pra nós durante muito tempo.

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    Mensagem por shamps Sex maio 18, 2018 6:21 am


    Alanna tinha ficado bastante comovida com a promessa de amizade eterna oferecida por seu primo Daemon que queria contar para sua irmã, mas as emoções da escolha fizeram com que a moça trocasse rapidamente seus pensamentos. A ruivinha ficou muito feliz por ter orgulhado a irmã e iria falar mais coisas até ouvir December falar.

    - Oras... todo mundo liga para o que o chapéu diz... eu ligo! - a garota não estava acostumada a ser contrariada e já estava com a língua fervendo para falar algo, mas o menino se apresentou e o gesto desmontou a manina - ah... oi, December... você também é irmão do May?

    Sentada ao lado de May, a garota dividia a mesma tristeza que todos os envolvidos deviam estar sentindo naquele momento, por mais que risos rondassem aquelas crianças, no fundo sabiam suas almas estavam anestesiadas.

    - Não fique assim, May - ela deu três tapinhas leves na cabeça do garoto - vamos superar isso, por mais difícil que seja - ela balançava a cabeça como se ela mesma não acreditasse em suas palavras - me desculpa, May - depois estendeu a mão para July e os outros. Agora que percebia que estaria sozinha, e mais do que nunca, queria um abraço de seus pais.

    Os professores e a diretora seguiam com suas boas-vindas, mas Alanna tinha sua cabeça longe e só voltou a ouvir a diretora quando ela mencionou a morte de Willian e ela não conseguiu conter suas lágrimas. Não queria reviver aquelas cenas, nem ouvir aqueles gritos. Com o rosto molhado, ela olhava a mesa, sem coragem de encarar os outros. Só voltou ao mundo quando o seu nome e das outras crianças foram citados em voz alta, relacionando-os ao caso. A ruiva demonstrou preocupação e buscou com o olhar os amigos Daemon, Clément, Annabelle e os irmãos.
    Depois distraiu-se com a comida, ela tinha fome, mas não conseguia comer devido a emoção do dia.
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    Capítulo DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia Empty Re: Capítulo DOIS - O Leão, O Texugo, A Serpente e A Águia

    Mensagem por mimacarfer Sex maio 18, 2018 6:39 am


    Annabelle estava tão feliz ao lado da prima na mesa de sua nova casa que nem percebeu direito quando a seleção acabou. Só percebeu ao ver Melissa acenar-lhe com a cabeça e, ao olhar novamente para a mesa dos professores, viu que a diretora Warlock ia falar, ficando quieta imediatamente, assim como todos os demais ali presentes.

    A velha bruxa contornou a mesa dos professores, colocando-se diante das mesas do alunos, ao lado de Whix e, após cochicharem algo que a jovem não pode ouvir, começou a falar. Annabelle ouvia cada palavra com alegria, porém, ao ouvir as palavras sobre a morte de um estudante, sentiu seu sangue gelar. Embora não o conhecesse direito, sabia que estavam se referindo ao menino da locomotiva.

    Um grande murmúrio se iniciou entre os estudantes das quatro casas e logo parou quando a diretora voltou a falar. Ficou ali, imóvel, ouvindo as palavras que tornavam realmente aqueles momentos reais, buscando novamente a mão de Melissa, para garantir que a prima estivesse segura e acalmar seu próprio coração. "Quero dizer-lhes e acalmar a todos que o que quer que tenha provocado a morte de Phelpps não está aqui. O ministério da magia já está averiguando o caso e o trem ficará interditado até que todas as averiguações estejam por fim terminadas", ouviu. Engoliu em seco, olhando para a diretora. Internamente queria acreditar que estava tudo bem e que estavam seguras ali, mas não acreditava.

    O medo que sentiu vendo o fantasma e a bola de fogo transpassarem a porta, a imagem do menino que ficara para trás e seu grito de pavor vieram em sua mente como se ocorressem naquele momento. Fechou os olhos e abaixou a cabeça como que para afastar os pensamentos, seu corpo todo tremendo.

    Embora Warlock disesse que precisava parabenizá-los, não sentia que merecesse algo, afinal não fizera nada para ajudar o menino naquele momento. Pensou que poderia ter sido Melissa a ficar pra trás e um pavor enorme lhe tomou completamente, fazendo com que mal conseguisse respirar. Ouviu seu nome ser mencionado, assim como o das outras crianças que estivera com ela naquele momento nefasto, mas não olhou para a diretora. Não conseguia... Quando finalmente tomou coragem e levantou a cabeça, todos que estavam próximos a olhavam, assim como os outros garotos e garotas citados pela diretora.

    Por um minuto quis sumir enquanto Whix anunciava o banquete, mas sabia que não podia. As mesas, antes vazias, se encheram com comida, mas ela não queria comer. Na verdade, só queria ir para o quarto que ocuparia dali em diante, escrever em seu diário e depois esquecer que boa parte daquele dia havia ocorrido.

    Olhou para a mesa da Grifinória onde o tal Daemon se fartava em um pedaço de carne e conversava com o garoto que estava na cabine que ela e Melissa haviam adentrado para se esconderem na locomotiva. Realmente ele era um idiota, sem coração. Será que não se dera conta de que viram aquele menino morrer e que se lembrariam disso para sempre? Por que agia como se nada houvesse acontecido? Desviou o olhar para o outro garoto da Lufa-Lufa, o tal Clément, e viu que pelo menos esse, assim como ela, parecia se sentir incomodado com os olhares e triste pela notícia.

    Respirando fundo, pegou uma jarra de suco que estava próxima e colocou um pouco na taça que estava à sua frente. Apesar de não conseguir comer, precisava pelo menos fingir que se importava de alguma maneira com tudo aquilo e despistar para que não lhe fizessem um interrogatório sobre não estar comendo. Talvez dessa forma aquilo acabasse mais rápido, ou pelo menos gostaria de acreditar que sim.
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