Lux - Kether

- Chin, Bashuk. Vocês estão de acordo com os termos da Capitã O'Malley? Ela deseja aprender mais sobre canto e no dedilhado que eu utilizo nas minhas músicas. E vocês duas demonstraram que desejam aprender mais sobre culinária não é verdade?

Bashuk, que estava com a metade de uma lagosta na boca, ergue as sobrancelhas sem entender nada.

- Bashuk não gosta de cozinhar, Bashuk gosta de comer!!! Por que Lux esta falando diss... - ia falando a meia-orc, até que recebe um pisão dolorido no pé, fazendo ela cuspir as patinhas da lagosta para a frente. A comerciante já ia tirar satisfação com Chin, quando a oriental faz um sinal com as mãos, com um dedo entrando em um orifício e saindo varias vezes.

Um estalo quase sonoro ocorre na mente de Bashuk, que acena com a cabeça animadamente.

- Ah sim, Bashuk quer aprender cozinhar, mexer na linguiça, deixar molhadinho para ficar suculento, hmm - diz, passando a mão na barriga.

Chin beberica um pouco de saque, obtido pela tripulação do Esplendor no porto de Asamura, olhando para a Capitã O’Malley. Parecia que as explicações da pirata tinham servido para convencer a ninja.

- Confesso que estava um tanto desconfiada com sua hospitalidade, mas vejo que temos interesses mútuos. Todos temos a ganhar - diz a oriental, que volta seu olhar então para Lux e pisca um olho discretamente.

 - E claro que esta sociedade poderá ser prazerosa para todas as cinco pessoas envolvidas. Quem sabe uma grande reunião não possa acontecer quando aportarmos. Só sejam discretas enquanto estivermos no navio, afinal não devemos manchar a imagem de ninguém.

Tanto Bashuk e Chin acenam com as cabeças ansiosamente, vendo diante delas a possibilidade de descarregarem sua luxuria no cozinheiro charmoso... que por sinal acaba de entrar esbaforido na cabine da comandante.



Ao se dar conta das duas beldades, Najib imediatamente se acalma e vai ate elas cumprimenta-las. Com um olhar sedutor, ele diz, a voz levemente rouca:

- Voes duas estão demais, uau! Lux, cara, voce é um homem de sorte por ter essas duas gatas lindas como companheiras! Espero que tenham gostado do banquete, coloquei todo o meu expertise para preparar, fiz com muito carinho para agradar ao paladar mais bruto de Bashuk e o fino de Chin.

A Capitã O’Malley olha zangada para seu cozinheiro, as mãos em forma de punho para baixo.

- Najib! Eu sou sua capitã! Como se atreve a entrar desta maneira na minha cabine! Quem voce pensa que é, seu galanteador barato!?

Najib percebe o que fez, arregala os olhos e espalma as mãos em defesa, o cigarro caindo de sua boca e indo ao chão.

- Perdão capitã! Eu me desconcentrei... Vim avisar que estamos sendo seguidos por uma embarcação pirata! Estamos muito pesados para fugir, e seremos abordados em breve!

A capitã cerra o sobrecenho e bate com um pé no chão, impaciente.

- Malditos! Sabia que estávamos sendo observados no porto, e infelizmente sair rapidamente como saímos não serviu para escaparmos a perseguição... - diz, e olha para Lux e as suas esposas - Sabem lutar? Precisaremos de toda ajuda possível... Se perdermos, digam adeus a carga e a nossa liberdade.

- Lutar... - diz Luz quase murmurando.

As feridas da morte de Sora ainda não haviam cicatrizado completamente e apesar de estar voltando ao seu estado de espírito normal, relembrar a última batalha o trouxe dor. Instintivamente ele leva sua mão ao anel de Sora que usava como aliança desde que o recebera.

- Sim sabemos lutar, bem... Bashuk e Chin são exímias combatentes. Eu também sei utilizar minha espada em combate mas sou um inspirador de tropas. Poderei ajudar como for necessário.

Ele olha para Bashuk e Chin.

- Vamos nos preparar para a batalha e que Erotika nos abençoe para podermos comemorar nossa vitória.

off:

No deck do navio, Lux e suas esposas observavam o navio pirata se aproximando sob a luz do luar. Era um grande galeão com dois mastros com velas negras, mais rápido provavelmente por estar vazio, e estava iluminado em diversos pontos por lamparinas.



Toda a tripulação do Esplendor dos Mares estava em armas, e ouviam apreensivos os gritos de guerra proferidos pelos piratas e o som de tambores. No entanto, render-se não era opção. Lux lança um olhar para a capitã, para Bashuk e Chin, e sabia que elas sofreriam bastante nas mãos destes homens sujos. Iriam se arrepender por terem decidido atacar.

Logo o navio pirata se aproxima, e os primeiros invasores vinham por meio de cordas amarradas no topo dos mastros. Alguns são derrubados na agua, mas quando os navios estão encostados um nos outros e as pranchas de desembarque são postas em ação, é que realmente começa o combate. Lux faz uso de suas canções inspiradoras para aumentar a confiança de seus aliados, mas logo percebe que o inimigo usava tática semelhante, justamente através do uso dos tambores escutados antes do ataque.

NRPG: Na realidade Countersong não serve para anular a canção de um outro bardo. Mas gostei do conceito. Vou considerar que quando dois bardos estão lutando, um pode anular o outro.

Do alto, o aasimar então muda a frequência de seu canto de modo a neutralizar o canto do inimigo, criando uma cacofonia de sons que não resultava em vantagem para nenhum dos lados. Desta maneira o combate continuava mais abaixo sem que houvesse uma decisão.

O bardo inimigo para então de soar seus tambores, se levanta e aponta na direção de Lux. Em linguagem de sinais, ele faz seu desafio ao aasimar:
“Venha duelar”

Os sons da batalha e a lamuria dos feridos chama a atenção do bardo e Lux olha para baixo, e ele ve de relance suas esposas batalhando; Bashuk com sua fúria barbara avançando contra um grupo de inimigos, e Chin atacando a distancia com muita precisão. Elas sabiam lutar bem, e o bardo pode ver que os treinamentos que fizeram não haviam sido em vão. Porém os inimigos eram em grande número e também habilidosos, e Lux sabia que suas canções de batalha eram necessárias para virar o jogo.

O aasimar olha para o desafio do bardo inimigo, e não perde tempo, utilizando os movimentos de sua rapieira para conjurar um rápido truque, que fez o cinto do inimigo cair e prender suas pernas. Ao ver que o mesmo soltava palavrões e tentava se libertar, Lux viu sua chance!

Olhou para a corda a sua frente e saltou, agarrando-a. Munido de um pano para não queimar as mãos ele aproveitou para deslizar pela corda, sentindo o vento salgado do mar balançar suas roupas conforme ia descendo e vendo o convés do navio inimigo se aproximar rapidamente... O bardo do mal estava logo abaixo, e era o momento de se soltar...

NRPG: Tumble 12.

Lux cai sobre o convés, na parte superior, sentindo o impacto no joelho, mas fazendo um rolamento para absorver a queda. Como o bardo inimigo ainda estava ocupado arrumando seu cinto, não pode se aproveitar da oportunidade, limitando-se apenas a sacar sua espada. Ele olha para Lux de cima a baixo, coça a ponta do bigode, e diz, com a voz grave:

- Você é muito bonito rapaz, aposto que é o marido de uma daquelas beldades que estão lutando ali... Saiba que elas estão dando muito trabalho, mas aposto que ficarão mais calminhas depois que o maridinho estiver na ponta da minha espada... - diz, fazendo uma firula com a lamina.