Capítulo 2: Negócios Ilícitos

Kheltu não sabia o motivo do escudo ter brilhado, mas não era hora pra perguntar ao avantesma. Ele viu os orcs se aproximarem e foi de encontro a um deles.

ATAQUE:

Os escravos que estavam presos nas celas dentro da caverna começam a gritar.

Como que em uma explosão, eles conseguem se libertar de suas prisões. Uma a uma, as celas são abertas por eles e eles entram no campo de batalha como uma enxurrada de homens e mulheres com picaretas, pás e muito ódio guardado em seus corações. Eles atacam os orcs e ogros com fúria, suas feições marcadas por meses de exploração desabam em golpes violentos contra seus carrascos.

Draven, sem sucesso na sua magia, decide se espreitar pelo campo de batalha na busca das chaves das suas algemas, pois precisava libertar-se. Assim que ele sai da caverna do ogro, se depara com o orc morto no chão. Havia um grupo de escravos que o haviam abatido antes mesmo que ele pudesse se afastar alguns metros da caverna. Um anão peludo e calvo o reconhece e percebe o objeto de Draven. Ele pega as chaves do orc e o joga para o meio-drow, que abre as algemas e finalmente se vê livre. Ele então retorna para a caverna e busca seus equipamentos. Ele nota também vários pergaminhos nas coisas de Taurus, os quais ele pega sem hesitar.

Apossym, apesar de notar os 4 orcs que vieram auxiliar Taurus, mira suas flechas no Ogro Mago. Ela acerta a primeira no peito do gigante, fazendo-o cambalear para trás com a precisão do ataque. Já o clérigo, ele se embrenha em um combate com um dos orcs. Seus ataques, porem , não atravessam o escudo dos seus oponentes. Os escravos avançam contra os orcs e eliminam todos deles, apenas com suas lanças e machadinha.

Taurus se desespera...ele olha ao redor, vendo apenas seus subordinados orcs e ogros mortos. Ele olha furiosamente para Vincent e o ataca com sua espada larga, mas o avansesma esquiva facilmente do ataque e o deixa em uma posição vulnerável a um contra ataque. Aurion não perde tempo e desfere uma rajada de golpes de espada e escudo, acertando-o na face e deixando uma marca vertical na direção do olho. Taurus grita de dor.

Mas o golpe final não veio de nenhum membro do grupo. Vincent, percebendo a distração de Taurus com o ataque de Aurion, gira seu machado uma primeira vez, acerta o chão; e uma segunda vez, acertando as costas de Taurus com força, expondo sua coluna. O grupo vê os olhos de Taurus se arregalar por uma ultima vez, antes do gigante tombar com força no chão.

O oponente fora vencido.

Aurion e o Avanstesma tomaram as medidas finais. Os dois sabiam da capacidade de regeneração do oponente; Vincent rapidamente desfere um ultimo golpe de machado para separar a cabeça de Taurus do corpo e Aurion busca uma tocha, em seguida eles queimam o corpo do inimigo. Após crepitar durante alguns longos segundos, Vincent chuta o corpo, ainda pegando fogo, para um dos buracos que havia. A cabeça ele pega e a arremeça no buraco, dizendo “Isso é pela minha família, morra!”.

Na volta, o combate parara. Os orcs e ogros jogaram suas armas no chão e levantavam os braços para cima, na sua volta os escravos apontavam suas lanças para eles, os trancando nas celas onde eles mesmos estavam antes.

Com a situação sob controle, Barundar, Barder e Alenvor se aproximaram do grupo, os cumprimentando. Enquanto Ilmeth conversava com quem seria o líder dos escravos da caverna, Alenvor se adianta com o grupo:

- Muito bom aventureiros...parabens pela descoberta. Arruinamos mais uma das operações dos Zhentarins.

Enquanto isso, Barundar se aproxima de Kheltu.

- Guri, tava te olhando lutar enquanto eu esmagava alguns orcs...com toddo respeito, já ta na hora de tua aprender a lutar! Diz ele, antes de dar um abraço apertado no clérigo.

Draven se aproxima do grupo, o que os assusta. Ele tinha as feições de um drow. Todos ficam desconfortáveis com a presença dele, mas Ilmeth surge e acalma o grupo.

- Guardem suas armas aventureiros. Este é Draven, Conselheiro de Lua Alta. E pelo jeito, prisioneiro!diz ele, se aproximando.

Draven agradeceu o anão que o entregou as chaves e rapidamente voltou para recolher seus equipamentos. Ele levou alguns minutos até se aprontar e sair, com a espada em punho.

Ele estava com o semblante fechado e procurava inimigos, mas a situação estava sob controle.

Ao chegar no centro daquela confusão, ele percebeu alguma hostilidade, mas Ilmeth esclareceu que ele não era um inimigo.

- Sim, prisioneiro por muito tempo. Por Eiliastre, enfim a ajuda chegou! Não sei a quantos meses estou preso. Quando retornei em minha missão junto de Bors e Jorindaleal, fui atacado por Malakay e Vorstag. Acabei sendo capturado, mas não foi sem luta. E eu espero que ele tenha ficado com uma cicatriz horrível! - Disse, embainhando a espada e estendendo a mão para Ilmeth. - Um dos traidores eu sei que está morto, Malakay. Mas, e Vorstag!? E Ultah? Ouvi dizer que ele havia sido morto.. - Era evidente a preocupação no rosto dele.

- É que eu não tive um bom mestre como você - Kheltu devolve a brincadeira com Barundar. O Guardião dos Mortos saudou os outros membros daquela comitiva que tinham chegado no local, especialmente Freezeheart. - É bom vê-lo novamente, como nos encontrou aqui?

Ele viu o drow prisioneiro, mas não tinha nada a falar com ele. O bom disso tudo é que Taurus estava morto e seus ex-companheiros vingados.

De repente o elmo de Vincent começa a expelir suavemente várias partículas azuis, que brilham quando tocam o ar. Elas começam a sair de todo o seu corpo, como que se desintegrasse o guerreiro. Ele olha para sua mão de desfazendo mas não se desespera: ele sabia que sua missão havia sido cumprida e que agora era a hora dele se unir a sua família – eles haviam sido enfim, vingados. As partículas, o pó, se unem em um turbilhão e toma o formato de um homem comum, de longos cabelos negros e com um largo e acolhedor sorriso. Então, da mesma maneira que essa visão surgiu, ela desaparece com em uma lufada de vento.

Ilmeth se aproxima de Draven e o cumprimenta.

- Sim...lamento muito pela morte de seu líder, Lorde Ulath. Vorstag esta envolvido nisso? Como assim? Você tem provas dessa traição? E Sawky? E assim Ilmeth faz vários questionamentos ao meio-drow.

Após algum tempo, ele fala ao grupo: - O que temos aqui é uma conspiração das piores contra o povo dos vales. Eu não sei o que os Z queriam com esta escavação, mas acho que essa trama vai muito além do que podemos imaginar. Eu desconfiei de Sawky e de Vorstag desde o princípio, senhores...mas estava desarmado de provas e de apoio. Minha decisão pode ter condenado vocês, mas me deu tempo para investigar por conta própria.

Ele continua: - Secretamente eu reuni homens de força e experiência para vir comigo investigar o que estava acontecendo em Lua Alta. No meio do caminho me deparei com um dos prisioneiros – Barundar, quase morto no chão. Nos tratamos de suas feridas e ouvimos sua historia. Ao chegar nos arredores da cidade, notamos uma movimentação incomum nessa direção e viemos ate aqui. Mas me digam, há dois aventureiros que não estão aqui...onde eles estão?

Ao ouvir a resposta, ele dirá: - Lamento...lamento mais essas perdas...reunam toda a fúria em seus corações jovens – essas mortes serão vingadas. Caçaremos Vorstag, o interrogaremos e chegaremos ao coração podre dessa conspiração. E vocês me ajudarão nessa busca, preciso de pessoas de valor ao meu lado!

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