[ CENÁRIOS ]

O parque era bem amplo, tinha diversas áreas para todos os gostos, desde brinquedos aquáticos até os mais altos e velozes para os mais corajosos. O local também tinha uma área de descanso com coqueiros e redes e uma praça de alimentação extensa, com várias opções de comida, incluindo fast food, barraquinhas de bentôs e doces.

Haru e Rin chegam no local depois de pedalarem uns 15 minutos, o rapaz acompanha a jovem no estacionamento e retira do seu bolso 2 ingressos. Ele queria fazer uma surpresa para a garota e sabia que ali eles poderiam ter uma manhã de diversão e sem preocupações.

- Então o que achou da surpresa?

Ele estende a mão em direção a jovem e aguarda sua resposta.

Pedalaram tranquilamente enquanto conversavam amenidades, algo pouco típico para Rin, que vivia em um estado de tensão constante. A sorte dela é que tinha um refúgio: Hatsuharu.

Ela não acreditou que ele a levara a um parque.

- Sério mesmo? Um parque? Desde quando é um rapaz fofo? - e sorriu com a brincadeira, estendendo a mão para ele.

Isso era algo incomum, sair para passear sem preocupações. Queria sorvete e andar nos brinquedos. Sugeriu primeiro a roda gigante.

- Que tal ali? - apontou para o brinquedo que girava.

Eles caminharam de mãos dadas em direção a bilheteria. Naquele lugar não havia maldição, não havia família Sohma e nem Akito para atrapalhar, eram apenas um casal de namorados.

Haru sorriu com a sugestão da Rin e foram em direção a roda gigante. Por ser de manhã, o parque não estava cheio e então só precisavam tomar cuidado com os esbarrões.

- Faz muito tempo que quero te trazer aqui. Espero que você goste do passeio

Enquanto caminha, Rin ergue os braços se espriguiçando e respirando fundo, aproveitando essa rara liberdade. Ela apoia a cabeça no ombro de Haru, coisa que ela não fazia com frequência.

- Sério? Que adorável!

Queria aproveitar esse momento longe de sua amaldiçoada famílias. Seria apenas Rin, namorada de Haru.

O casal de namorados caminham felizes pelo parque em direção a roda gigante.  Rin e ele andavam abraçados, e ele sempre fazia pequenos gestos de carinho, ora dando beijos na testa da jovem ou acariciando seu braço.

- Se tivéssemos mais tempo juntos,eu iria te fazer muito mais feliz.

Apesar do tom gentil na voz, estava carregada de dor e ressentimento. Enquanto isso do outro do parque, Hatori estaciona o carro.

Incrivelmente Rin estava muito feliz com aquele singelo momento e curtia cada gesto de Haru. Ela sabia perfeitamente ao que a frustração de Haru se referia e ela também fica amuada com aquilo, mas dura pouco porque não deixaria más lembranças estragarem aquele momento.

- Esquece isso, Haru. Vamos curtir o passeio. Vamos no trem fantasma? Melhor para não sermos vistos.

Spoiler:

O garoto ainda continua com a cara emburrada, mas faz a vontade de Rin e caminham em direção ao trem fantasma. Como o parque estava vazio eles não pegam fila e logo entram no carrinho.

O percurso foi rápido, havia alguns bonecos elétricos que pulavam assim que o carro se aproximava. Haru levou um susto quando Jason se aproximou com a serra elétrica.  E foi por muito pouco que ele não se transformou em Black, graças a Rin que estava ao seu lado.

Quando saíram do brinquedo, ele já estava de bom humor e propôs de irem para a montanha russa.

Enquanto isso Hatori, Momiji e Kagura estavam na barraquinha de algodão doce. O médico havia comprado duas nuvens de algodão doce gigantesca para as crianças. Ele observava ao redor tomando o cuidado para ninguém esbarrar no trio.

Num passeio tão agradável, como Haru podia estar emburrado? Rin apenas sorri ao ver aquela carinha fofa e não desiste do trem fantasma. Foram e foi muito divertido. Ele tinha se assustado muito com um dos bonecos e quase virou o Black, sua personalidade mais agressiva. Ela até achava o Black interessante, mas sabia que ele seria uma companhia muito mal humorada para um passeio de namorados. E para aplacar aquela fúria, ela dá um longo beijo em Haru, sentindo as batidas de seu coração, tocando seu cabelo com delicadeza e por fim abraçando-o com ternura.

Já com o humor melhorzinho, a garota aceitou ir na montanha russa, ela adorava a adrenalina do brinquedo.

- Vamos gritar lá em cima? - não seria uma proposta estranha vindo de dois Souma, que viviam num regime patriarcal opressivo, onde esse tipo de atitude não seria tolerado. Poder gritar era como uma libertação, um expurgo.