Capítulo 1 - A Revolução.

O clima ficava ainda mais tenso do que anteriormente, todos estavam com fogo nos olhos e discutiam sem parar. Os cristais tremiam, e Wenish rangia os dentes visto que alguns membros da corte estavam discordando e impossibilitando que expusesse suas ideias. Então, deixando explícito o seu ódio, o homem gritava:


Wenish:
--CHEGA DISSO!
--A REUNIÃO ESTÁ CANCELADA!
--QUERO TODOS AQUI AMANHÃ NO MESMO HORÁRIO!
--Quanta falta de decoro - Resmungava.

Em meio ao silêncio do momento, a única coisa que era possível se ouvir era o som dos sapatos de pano do tirano batendo no chão.

Morgan não podia mais se conter aquele tremendo ultraje, quem era Wenish para achar que manda em todos ?
Morgan levanta-se batendo firmemente sua mão esquerda sobre a mesa e aponta com seu dedo indicador da mão direita para Wenish revelando suas mãos magras e cadavéricas

Morgan
--Quem você pensa que é para nos dar ordens ?
--VOCÊ NÃO É O IMPERADOR !
--E NUNCA SERÁ !

Morgan exaltava-se com a falta de respeito por parte de Wenish e em seguida começa a se acalmar

Morgan
--Você nos tira de nosso deveres para fazer essa palhaçada de reunião para assim as pessoas começam a expor suas ideias você a cancela e nos chama para uma reunião amanha ?
--Quem você pensa que é para nos dar ordens ?
--Você é só mais um como nós
--Aqui dentro todos somos nobres ninguem é superior a ninguem aqui
--É a mesma coisa la fora
--La todos são plebeus, todos são iguais
--Não havera reunião amanha
--Ou isso tudo se resolve hoje, ou nada será mais resolvido

Morgan começaria a caminhar pelo lado esquerdo da mesa tentando falar com os nobres ali ainda

Morgan
--Nobres da corte
--Vocês mais do que ninguem estão vendo como aquele que rege a reunião não passa de um tirano sem poder ?
--Vocês não precisam temer alguém como ele
--Juntos somos mais fortes que ele
--Juntos podemos construir algo maravilhoso, tanto para nós quanto para o povo

Morgan continuaria sua caminhada tentando chegar até onde Wenish estava (caso estivesse parado com a chamada de atenção) e olharia ele nos olhos

Morgan
--Você nunca será o imperador enquanto nós estivermos aqui
--Você não passa de lixo, Wenish

Morgan com a outra mão que estaria nas costas deixaria seu grimorio aberto

Morgan havia ficado furioso novamente, a cada segundo Arkan Sirius sabia que realmente deveria ter se retirado como Morgan queria antes, aquela reunião não servira para nada e foi totalmente sem sentido.

Porém até das coisas absurdas poderiam tirar uma certa vantagem, ele já sabia o que fazer, mas primeiro deveria acalmar as coisas.
Falou com Ailym:

- Donzela, acho que devemos nos unir por um único objetivo, Morgan está aflito e talvez perca a cabeça de vez, vou tentar acalmá-lo, e se você com suas habilidades furtivas, não poderia seguir Wenish... Vou tentar falar com uma pessoa depois de acalmar Morgan.

Cochichou as palavras no ouvido da moça, havia mais uma pessoa ali que poderia integrar o grupo, mas Arkan precisava ir até o Mago.

Foi até Morgan para tentar acalmá-lo:

- Morgan meu companheiro preciso de você para uma tarefa, olhou para trás para a jovem garota Ailym, deixe Wenish em paz por agora. Temos algo importante a fazer.

Colocou a mão direita nos ombros do aliado, sabia que o mago poderia ser um aliado importante, apesar de sua aparência maquiavélica.

A intenção de Arkan era seguinte, ir atrás do homem que havia saída da reunião, iria confabular com ele, iria querer saber daquela história de segredo que havia entre os mais velhos.

Esperaria primeiro aquele conflito se resolver, esperava não ser tarde demais para montarem uma força tarefa para resolver certos assuntos urgentes.

- Vamos Mago!!! Por favor ouça humildemente minha voz...

Aylim estava incrédula com o que acabara de presenciar. Falou para um cortês qualquer que estava em seu lado:

-Haha. Olhe para aquele homem, ele vai esperar até amanha pra que possa pensar em uma resposta melhor pra nos dar, que tolo!

O mago, extravagante como sempre, não hesitou em se manifestar. A dama se levantou pra ir embora, pois não estava mais confiante em convencer alguém ali, até que o jovem paladinho se aproximou e baixinho sussurrou em seu ouvido e a jovem atentamente lhe ouviu. Eventos anteriores não permitiriam que aquilo estivesse acontecendo ali, uma vez que Arkan e Ailym não tinham  a mínima afinidade. Talvez esse fosse o momento de deixar o passado de lado.

Ailym ficou feliz em ouvir o que ele disse, mas não queria representar tal alegria, por esta razão, respondeu com tom de frieza e indiferença:

-É.. Talvez eu possa dar um jeito nisso por você.
Olhou fixamente para Wenish e logo pensou "O que aconteceria se por acaso, o livro da constituição não quisesse mais ser amiguinho de Wenish?". Deu um sorriso de canto e continuou ao que iria fazer.

A jovem ladra já havia passado por diversas situações similares onde desejava se apoderar singularmente de algo que não lhe pertencia, e, como sempre, continuou, cautelosa e despreocupada. Ailym sabia que podia usar aquele livro contra Wenish a partir do momento em que percebesse qualquer deslize do mesmo. Ela estava determinada. O povo plebeu era apenas uma peça a mais que ganharia com isso tudo, porque agora, seu principal objetivo era derrubar WENISH!

Como já esperado, Wenish ignorava todos e simplesmente seguia na direção dos seus aposentos. Arkan , que não era bobo, optava por procurar o homem que havia se retirado da mesa, entretanto, não tinha perfeitas lembranças para segui-lo até onde estava indo.

Off:

Aguardem a continuação:

Off:

Morgan, continuava na sua busca inacabável por justiça, porém no meio da sua trajetória atrás de Wenish, era empurrado por alguns nobres que o barravam. Um dizia:

???
--VOLTE PARA AS CATACUMBAS!
--Imbecil!

Arkan, conseguia ter breves lembranças de para aonde o homem misterioso teria ido. Então, seguia nessa direção indo em busca do mesmo. Chegando no lugar imaginado, via uma porta aberta e escutava alguns barulhos vindo de dentro dela.

OFF: é pra continuar aqui ? se não desconsidere minha ação

Morgan olhava para o homem que o havia ofendido e diria

Morgan
--Aaahh sim, voltarei
--E esperarei o seu corpo e de sua família inteira para servir como estudos
--E o que restar deles usarei para fazer poções com os ossos que retirarei da carne pútrida de vocês

Morgan dava as costas e caminhava para onde estaria indo o Arkan mas não antes de dizer

Morgan
--Apoiadores de Wenish, vão lamber as botas daquela escoria

Morgan continuava seu caminho para onde estava indo Arkan

Arkan viu que para chegar em Wenish teria de se desvencilhar dos lacaios, seguiu pela porta passando pelos outros, Morgan vinha logo atrás dele, ao se aproximarem andaram pelos corredores, Arkan Sirius viu quando o homem saiu e seguiu por um determinado caminho, suspeitou que fosse este.

- Creio, Morgan meu companheiro, que a Saint Joan me guia, então minha fé me levará, para um local necessário, talvez não seguro, mas necessário. Temos de falar com ele e ver o que estão nos escondendo, aquele homem que abandonou a reunião antes de você também tentar fazer o mesmo, as vezes gostaria que as coisas fossem mais fáceis, lidar com as pessoas é algo muito difícil, deve ser por isso que você se esconde nas trevas. Lá nos seus aposentos escuros e cheio de segredos parecem interessantes.

Embora você esteja lá nas sombras os cegos são os nossos anciões...

Desceram um lance de escadas, e depois atravessaram alguns aposentos, o paladino viu uma porta semi-aberta e de lá um barulho, um barulho que de imediato tentou escutar o que se passava lá dentro, olhou para Morgan, caso não houvesse problemas iria entrar batendo de leve na porta...

"Uau, mas que reunião produtiva esta!" - Pensa Noah entediado. Ele percebe que Morgan tinha falado algo ao pé do ouvido de Ailym Mehalian. Ou seria um cortejo ou alguma sugestão de ação, o que seria mais provável. Como já tinha em outras vezes ajudado Ailym em missões menores (aliás ela ainda estava o devendo) ele acredita que é a melhor opção de fazer algo menos entediante, e aproxima-se da jovem à saída.

- Então Ailym, o paladino teve alguma ideia interessante? Seja o que for, estamos juntos. Só me diga o que precisa que estou a dois passos atrás de você.

Um ranger não foi feito para viver como passarinho na gaiola, ele queria ação, e queria agora.

Ailym era, por sua natureza, uma garota desconfiada. Por mais que Noah já fosse seu conhecido de algum tempo, por conta de casos que ocorreram no passado e que foram bem-sucedidos aos dois, a moça não desejava fazer de Noah seu aliado, mas sim, um objeto que poderia usar. Ele não saberia dos planos dela, muito menos se tornaria seu parceiro. As intenções da jovem eram fazer dele um complemento, afinal, a missão requer transparência e o máximo de prudência possível, mas também pelo fato ela preferia fazer as coisas sozinha.

A moça olhava para todos os lados, como se estivesse procurando alguma coisa. Não respondeu nada à Noah, parecia até que nem iria responder. Pôs novamente seu sobretudo e junto dele, seu capuz, então tomou a mão do rapaz, chamando então a atenção do mesmo e com a outra mão fez um sinal representando “Vem aqui” pedindo para que ele a seguisse. O lugar ali estava muito tumultuado, por isso Ailym dirigiu os dois para um espaço mais calmo onde pudesse lhe explicar melhor.

- Noah, o que vamos fazer agora requer que sejamos muito discretos, eu sei que algumas pessoas me conhecem aqui, mas outras ainda não. De qualquer forma, a partir de agora me chame de Werdandi, não quero que ninguém me reconheça. O rapaz que falou comigo apenas disse que vai correr atrás de informações e me pediu para fazer o mesmo. – Falou sem olhar para o ranger em nenhum momento, apenas olhava para os lados para saber se estava sendo observada. Agora, vendo que estava segura de conversar ali, segurava os ombros de Noah e olhava em seus olhos. – Noah, eu e você vamos seguir Wenish. Ele está com o sangue quente e provavelmente vai comentar com alguém o que aconteceu e nós precisamos ouvir bem. Se formos pegos em um lugar onde não deveríamos estar, apenas concorde com tudo o que eu disser e me complemente. Eu conto mais detalhes depois, mas agora vamos.

Saiu dali quieta e com um leve sorriso falso no rosto. O fato de Noah quase não ter se pronunciado durante a reunião ajudava, pois assim ninguém desconfiaria dos dois andarem juntos. Logo, os dois começaram a tomar o mesmo rumo de Wenish.

A reunião acabava pela metade, porém os nervos de todos ainda estavam a flor da pele. Junto de Morgan, Arkan seguia na direção da casa do homem desconhecido, e o Paladino optava por bater na porta, e então entrar. O barulho que estava sendo ouvido rapidamente parava, e então uma sombra podia ser vista cruzando o quarto. Involuntariamente, Arkan colocava sua mão no seu objeto divino, e fazia suas preces para Saint Joan, porém por sorte, nada passava da sombra do homem desconhecido, que se dirigia a porta para incrivelmente recepciona-los:

Kafta:
--Sabia que viriam aqui! - Dizia com uma voz muito serena e soltando risadas baixas.
--Me sigam, podem se sentar.
--Aceitam um chá? Quero conversar com vocês...

Enquanto isso, Ailym e Noah começavam a formular seu plano, entretanto, mesmo que o Ranger não tivesse se posicionado, o contraste de opiniões entre a ladra e o garoto, formavam uma certa desconfiança.

Off:

Aylim não tinha nem tempo de começar a conversar com Noah, no momento que a Ladra se aproximava, Rogwarth saía do meio da multidão e gritava para todos:

Rogwarth:
--OLHA ALI QUEM ESTÁ TENTANDO MANIPULAR O GAROTO!
--HAHAHA!
--VOCÊS SÃO UM BANDO DE IDIOTAS!!!

Os nobres não tinham a mesma visão que o Aylim tinha de Noah, o jovem nem mesmo tinha exposto sua opinião sobre o assunto. Para Rogwarth e os outros, ele era somente um garoto novo que estava na sua primeira reunião corteza. O homem continuava falando:

--Noah, venha conosco!
--Ela é uma péssima influência para você e para todos!!!

Noah, leia isso!:

Morgan olharia com seu olhar gelido para o homem

Morgan
--Não obrigado
--Prefiro algo gelado, mas não temos tempo para gostos de paladar
--Nos diga o que sabe
--E se pudermos iremos o ajudar
--Certo, primo ? -Referia-se a Arkan

Apesar de tudo, Ailym ainda parecia ter o velho defeito dos demais nobres de subestimar a inteligência alheia.

- Ora Lady, e quando eu já fui ind...

Ele porém não tem tempo de confabular com a ruivinha, pois o imbecil do Rogwarth aparece quase gritando.

- Meu "chapa"... - Numa reunião de nobres, chamá-lo de "chapa" com certeza não soaria bem para sua imagem, mas enquanto Noah pensava em como Ailym o subestimava mesmo já tendo-lhe dado uma mão no passado, não demora mais que uma fração de segundo para deduzir que a chance de um bando de testosterona sem cérebro o subestimar ainda mais era entre 86% e 114%, então nada melhor que ser ainda mais testosterona e sem cérebro - Se você acha que eu procuro, ou quiça acredito numa mulher que seja "boa influência", então o idiota não sou eu.

Ele se volta para Ailym:

- Coisinha linda, infelizmente vamos ter que deixar este assunto para mais tarde. Mas tenha certeza, TENHA TODA CERTEZA DO MUNDO, que eu vou te procurar novamente. - Ele dá um sorrisinho entre o sedutor e o escroto, e mais uma piscadinha para ela.

Depois se volta para os "nobres" com uma cara de raiva, vai em direção a eles, aproveitando para dar uma boa coçada nos países-baixos, fortalecendo ainda mais a imagem te testosterona sem cérebro:

- Meu "chapa", você foi um tremendo corta-clima, espero que pelo menos esteja me levando para algum lugar que tenha alguma loirinha ou ruivinha que compense esta que está me fazendo perder.

Ele então segue os novos "amigos", deixando Ailym cuidar do Wanish. Embora a empreitada da colega fosse mais interessante, arrancar algo de Hogwarth também não seria ruim, e seria até mais fácil, já que provavelmente ele deveria ser mais burro, além do que se não fosse com eles ia chamar demais a atenção e atrapalhar a si e à ruivinha.

- Mas é claro Morgan!!!! - Se voltou para seu anfitrião. - Este é Morgan, suas palavras são tão mortais quanto sua aparência, mas não precisa ter medo, por baixo deste capuz existe uma alma nobre e acolhedora... Eu me chamo Arkan Sírius! Você deve nos conhecer, no entanto eu passei um tempo nas guerras e fazendo parte do exército, quanto ao meu companheiro estuda muito nas Catacumbas então não conhecemos vossa senhoria. Precisamos saber que segredos nos aguardam e o que Wenish planeja, ele pode conter um grande mau é isto o que pressinto.

Arkana sentou-se, e se acomodou, para ouvir uma história do homem, recusou o chá, no momento queria apenas ouvir, toda aquela história de reunião cancelada era absurda demais, e a muralha já se adiantava na construção, não importava a opinião dos jovens, afinal eram encarados com pouca experiência.

Por um momento pensou no outro lado da mesa, como Ailym se sairia, no passado a jovem ladra era capaz das mais bizarras atrocidades, certa vez ela roubou oferendas da deusa, o que enfureceu ao Paladino, quando fora questionada, ela dissera que estava testando a segurança do local, hoje Arkan a considerava uma aliada, embora não costumava tolerar comportamentos vãos diante de sua fé sentiu que uma verdade vinha da jovem, na mesa viu que era como sentira no passado.

Arkan sentiu preocupação pela garota, ela estava indo atrás de Wenish, o mal que Saint Joan falara que não deveria se confiar, talvez ele a tenha colocado no fogo, sentiu um aperto forte no coração, pois se acontecesse algo ele seria o culpado, teria de confiar nos dotes dela por enquanto, e confiar que seus instintos estavam certos. Saint Joan haveria de protegê-la, e Arkan haveria de desvendar e revelar o mal, Morgan ali o ajudaria...

Rogwarth é o legítimo incompetente que vive tentando dar um jeito de se dar bem. É puxa-saco dos mais influentes, porém, também é uma das criaturas mais burras que havia ali (e o que agrava a situação é o fato de se achar o inteligente da parada). Ele não mede esforços para ganhar atenção e é ridiculamente perito em atrapalhar os outros.

A jovem sabia que uma hora ou outra, alguém a perseguiria, uma vez que durante a primeira reunião foi marcada em uma espécie de “lista negra” dos nobres mais dominantes. A moça então preparou seu teatrinho, objetivando dar um fora naquele estorvo chamado Rogwarth. Entretanto, Noah tomou frente. Até mesmo a ladra confessaria que a interpretação dele foi boa e a rapidez em desenrolar um escape em situações de perigo deixaria ela interessada em tê-lo em seu lado. Talvez ela estivesse enganada, Noah agora está 2% mais esperto do que da última vez que trabalharam juntos.

“Maldito Rogwarth, está me fazendo perder tempo. Sabe-se la o que aquele velho está fazendo a essas alturas. Vou acabar logo com isso”.-pensou.

–Rogwarth, me poupe dessas injurias. Se eu estivesse procurando alguém para manipular, eu não escolheria um anencéfalo como ele. –Proferiu com tom de desprezo e com um olhar tão soberbo que poderia enganar o próprio Noah, não fosse o tempo que se conheciam.

–E quanto a vossa pessoa, projeto de lagarta. – Apontou Noah – POR FAVOR, ME DEIXE EM PAZ! JAMAIS OUSE A TOCAR EM MIM COM SUAS MÃOS IMUNDAS E SE APROXIMAR COM ESSA BOCA FÉRTIDA.

A garota virou as costas e saiu resmungando para complementar a atuação.

Ailym e Noah, conseguiam enganar perfeitamente Rogwarth com seu teatro improvisado. O homem continuava a levar o Ranger para a sala onde estava Wenish e os outros, enquanto a ladra ficava sozinha na sala da reunião.

Arkan e Morgan, tentavam arrancar alguma coisa da boca do homem desconhecido, ele não parecia ter muita vontade de falar e nem de ter alguma intimidade com ambos os jovens:

???
--Hahaha, claramente você parece mais normal que ele! -Se referia à Arkan
--Mas então, monstrengo. O que quer saber especificamente? -Aguardava a resposta enquanto ia buscar uma xícara de chá para ambos.

Enquanto isso, Rogwarth e Noah continuavam caminhando na direção do quarto de Wenish, ainda ia demorar alguns minutinhos, afinal, o palácio era enorme. O Ranger poderia aproveitar para ir conquistando a confiança do tirano.

Enquanto andava pelo corredor, Noah não se mostra muito animado a princípio. Fingir desinteresse para ele era fácil, pois nem era uma mentira muito grande, já que não tinha mesmo interesse em gastar seu tempo com alguém tão nocivo, mas sabia que manter esta postura o mostraria como oposto dos jovens exaltados.

- Não estamos indo para onde tem mulher né?

Possivelmente o outro resmungaria qualquer resposta, e Noah resmungaria qualquer coisa de volta, depois iria analisar o prato pelas beiradas:

- Vocês pretendem mesmo fazer um MURO em volta da corte e isolá-la de vez?

(pausa rápida para ver reações não verbais, mas ele emendaria antes de Rogwarth responder)

- Isto não ia atrapalhar a NOSSA diversão também?

(neste momento ele espera apenas que o outro fique com uma pequena pulga atrás da orelha, e para fechar com chave de ouro Noah se posiciona de uma forma que nem seria a "da corte" e nem "dos jovens")

- Tipo, é claro que ninguém quer aquele povo entrando aqui com suas caras feias, a não ser talvez aquele mago esquisito, mas que figura bizarra aquela heim! Porém manter a gente da corte aqui dentro também seria um tédio, você não acha? Pois onde acharíamos um bordel animado senão na plebe, tá sacando? Ou quando quiséssemos caçar, teríamos que enfrentar burocracia só para sair dos portões só para divertir? Não leve a mau, mas acho que podemos conseguir mais vantagens com menos dinheiro usando coisas mais simples. É muito melhor ceder alguns anéis para manter os dedos, podemos manter o povão satisfeito o suficiente para trabalhar para nós sem termos problemas, não seria mais PRÁTICO?

Morgan ficaria em silencio por um tempo antes de responder, ele olharia de cima a baixo aquele homem e colocaria seu grimorio em suas correntes e deixaria pendurado ao lado direito do corpo e então falaria

Morgan
--Tudo que você sabe
--E o que nós não sabemos ainda
--Não deixe de nos contar nada

Morgan permaneceria em pé olhando fixamente para o homem nos olho dele (quando ele voltar com o chá para perto de nós)