Findú e Lorentir

VALFENDA



Era mais uma manhã em Valfenda, e como de costume os elfos remanescentes partiram para exercer suas funções em Valfenda, as coisas não estavam mais tão bem como tinham ficando com a destruição do um anel,os orcs se multiplicavam e se enveredavam cada vez mais pelas florestas que cercavam a cidade, os batedores faziam relatos todos os dias aos irmãos Elladan e Elrohir que se preocupavam cada vez mais, eles ordenaram que os ferreiros reforçassem a produção de armas armaduras, espalhou cada vez mais batedores pelas florestas, reforçaram os treinamentos dos jovens elfos.

Os ferreiros eram liderados por Lorentir e os treinadores eram liderados por Findú, um elfo e uma elfa irmão nascidos no mesmo dia e hora a muito e muitos anos atrás, mas não se preocuparam em desenvolver muito suas habilidades de luta, pois não gostavam de combates por muito que aconteceu em seus passados, mas eram muito respeitados pro todos.

Findú estava em seu local de trabalho, uma escola de esgrima que ela ensinava junto com outros professores os joven elfos, foi quando Elladan chegou, todos pararam e o cumprimentaram, ele vinha sorrindo como de costume e cumprimentou os alunos um a um pondo a mão em suas cabeças e assanhando seus cabelos, os jovens elfos ficavam paralisados olhando para o elfo, era um orgulho e uma profunda admiração que todos tinham por eles, assim que cumprimentou todos, ele voltou sua atenção para a elfa e falou:

-Dia Lindo não Findú? mas creio que esses dias não ficarão assim por muito tempo...


Ele olha para ela e seu sorriso desaparece completamente uma sombra de preocupação estampa seu rosto ele então ele fala:

-Os orcs estão se multiplicando, os ventos sussuram coisas malignas no ar e o Rei Aragorn Elessar me enviou uma mensagem com urgência que acabou de chegar. Preciso que no inicio da noite vá até minha sala no palácio, preciso falar com você urgente! Seu irmão também estará lá e uma de nossas batedoras.

Dito isso ele, retira-se pensativo.

Próximo da lá na grande forja de Valfenda, Lorentir estava coordenado seus subordinados e ensinando alguns ferreiros novatos as técnicas para forja, não demora muito e Elrohir se aproxima, ele estava sereno como de costume cumprimentava os demais com apenas um movimento da cabeça, ele passava um por um e olhava os trabalhos que estavam sendo feitos sua cara parecia satisfeita apesar de séria. Ele então dirigi-se até Lorentir e puxa-o para um canto mais distante do barulho e da conversa dos ferreiros e com uma expressão preocupada fala:

-Lorentir, bom dia...Há coisas acontecendo na terra média Lorentir, sussuros malignos dos ventos se espalham por toda ela e o Rei Elessar enviou-me uma mensagem de extrema urgência, sei que não pretende mais brandir sua espada, mas infelizmente creio que os dias de paz se esvaem e acho que teremos que lutar mais uma vez, noticias de que os orcs voltaram a se multiplicar são ouvidas, rumores de que eles seguem um novo rei se espalham.

Ele respira fundo com uma expressão de tristeza e continua

-Desculpe ser tão direto, mas as coisas não demandam mais tempo, ordene que seus ferreiros reforcem os trabalhos, a noite quero você no palácio, sua irmã estará lá e uma de nossa batedoras, o que tenho pra lhes falar é urgente...

Dito isso ele segue com sua cabeiça baixa pensativo sequer se despede de ninguém, parecia realmente preocupado.

Lorentir ouve a tudo que Elrohir fala, atenciosamente.

-Farei como pede. O aço será dobrado mais rápido, e estarei com minha irmã em sua presença, mas não posso prometer nada quanto a minha espada. Sabe bem que não é tão simples assim. Meus talentos podem ser úteis de muitas outras formas, porém.

Lorentir não se despede de Elrohir. Não havia necessidade, como ele mesmo havia deixado claro. O artífice acelera o trabalho de todos os ferreiros com palavras doces e encorajadoras. Escolheu alguns ferreiros experientes para cuidar dos novatos e decidiu acelerar o trabalho por conta própria.

À noite, foi ter com Findú logo antes de se dirigir a Elrohir.

Findú ficara preocupada com a notícia, tendo ficado observando a partida de Elladan. Ela continuou a ajudar os jovens elfos, pensando nas palavras que lhe foram ditas. Quando a noite por fim caiu, ela foi ansiosa ao encontro de seu irmão.
- Diga-me irmão, se o pouco que me foi contado foi o mesmo que o que lhe foi dito ou se tem alguma informação além de palavras vagas e preocupantes. Creio que os tempo de paz estejam no fim, mais uma vez.

Lorentir abraça a irmã, acaloradamente, e então a observa, respondedo sua pergunta.

-Pouca coisa foi dita com clareza, amada irmã. É dito que os orcs seguem um novo rei, e Elrohir pede que o aço seja afiado mais depressa. Suspeito que Imladris esteja a partir para guerra. E temo mais...temo que ele queira que eu tome a espada e vá à guerra.

Os olhos do Artífice ficam distantes, vagos. Ele olha para suas mãos cajejadas. O vermelho de sangue e chamas parece brilhar nelas. Sua voz se ergue num tenor suave, seu sussurro canta lentamente, como o vento fresco de uma manhã de outono, como uma macieira carregada, como pães frescos com geléia. Mas a melodia era lenta e deprimida, um som arrependido e temeroso.

-
O sangue agora é fogo, o osso agora é aço
Toda a dor que causei, cem vezes a senti
Essas mãos sangrentas que criaram mil lâminas
Até que o Sol da Paz seja ameaçado
Elas jamais deverão segurar uma delas

Sua voz morreu numa sílada longa e tristonha. O elfo olhava para as mãos, os cabelos negros brilhando azuis sob a luz do luar e encobrindo o rosto voltado para baixo. Findú podia sentir os olhos dourados difusos, mal vendo o que estavam a olhar, mesmo que as cascatas azuis os escondessem. O tempo passara, mas seu irmão nunca sarara completamente.

- Se o tempo de guerra chegar e sua presença for necessária, eu estarei ao seu lado, meu irmão, nem que eu mesma precise segurar sua lâmina. Se a guerra realmente tiver início e sua espada deixar sua bainha, será em nome da paz e de mais dias felizes que lutaremos. Não tema a dor dos tempos difíceis, estarei contigo.

Findú observava a tristeza profunda do irmão e temia por ele. Ouviu a canção impregnada de dor e lamúria e gostaria com todas as forças que não precisasse ver o rosto de seu irmão daquela forma.

- Meu irmão, acredito que devemos saber o que nos aguarda e colocar um fim nessa espera angustiante. Teremos um ao outro seja no momento que for.

Lorentir permaneceu na mesma posição por um tempo, mesmo depois de ouvir as palavras de Findú. Por fim, ergueu os olhos. Elas brilhavam com um resquício presente de sue lamento, mas havia algo renovado neles.

-Está certa, irmã, devemos ir. Lamentar não vai me ajudar a fugir do que devo fazer, mas sua presença a meu lado me consola.

Ele toma a irmã pelas mãos e lhe beija o rosto, de leve. veste sua capa e aponta para a porta.

-Vamos, não devemos deixar Elladan e Elrohir esperando. Há poucos elfos com a nossa idade em Imladris desde a ultima partida, e devemos honrar o tempo de cada um de nós.

Aqui se encerra a partede vcs, abrirei um tipico para vcs e a aythusa.