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    PRÓLOGO - Fyrtorn

    Garahel
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    Mensagem por Garahel Sex Dez 28, 2018 11:54 pm

    fyrtorn

    Fyrtorn está em polvorosa. Nunca em sua história o vilarejo recebeu tantos visitantes, nem tão variados seres. Dos robustos anões aos esguios halflings, de poderosos feiticeiros a humildes mercenários, habitantes de todas as partes de Värld chegam à pequena comunidade litorânea, atraídos pela farta recompensa prometida por misteriosos contratantes.

    Os habitantes nativos, sempre conservadores e resistentes a novidades, não ficaram muito contentes com a súbita invasão de suas terras. Muitos simplesmente fecharam-se em suas casas de madeira aguardando o fim do tumulto, enquanto outros não hesitaram em demonstrar sua hostilidade. Ocorreram alguns focos de embate e confusão quando os primeiros começaram a chegar, mas os fytornianos rapidamente se viram impotentes diante da massiva quantidade de viajantes e aventureiros que chegavam a cada dia.

    Entre os primeiros a chegar estava Sarah MacShine, e por esse motivo a genasi foi uma das poucas a conseguir um quarto na Boca de Peixe, que não tardou a lotar. O taverneiro, um homem rabugento de longas barbas brancas e uma perna de madeira – pois perdera a sua lutando pela independência do Norte, como gosta de ressaltar sempre que há oportunidade – chegou a vender espaços nos estábulos, mas logo até os cavalos estariam cercados de viajantes.

    A aparência humana de Sarah e sua rudeza advinda da criação entre os anões fez com que o taverneiro tivesse menos antipatia em relação a ela comparativamente aos outros hóspedes. Não à toa, aceitou a proposta da guerreira de fazer a segurança do local como forma de pagamento – segurança esta altamente necessária diante do risco iminente de invasões e assaltos por outros migrantes que não tiveram a sorte de conseguir um quarto.

    Alerathla também chegou com antecedência, mas, diferentemente de Sarah, não poderia arriscar-se ao se instalar na cidade. Elfos não são nada bem-vindos entre os nortistas, e os olhares curiosos e cheios de repulsa cedo ou tarde enxergariam nela a Fé Antiga. Teve que acampar nas bordas selvagens do vilarejo, perto o suficiente para acompanhar as novidades, mas longe o suficiente para não ser incomodada.

    Não foi a única a fazer essa opção. Muitos outros viajantes decidiram evitar o tumulto do vilarejo, preferindo ocupar as proximidades. Talvez alguns ali fossem também sacerdotes da Fé Antiga, de outros núcleos, mas ninguém ousava vocalizar esse tipo de indagação. O próprio vento tem ouvidos, e nenhum lugar é seguro quando sua própria existência é renegada.

    Por sua vez, a viagem de Cirilla foi mais demorada. Muito embora a guerreira tenha desenvolvido habilidades extraordinárias para contornar sua cegueira, uma viagem longa ainda tem suas dificuldades. Duas servas de sua família acompanharam-na até Fyrtorn, e apenas aguardavam saber se Cirilla retornaria com elas ao sul ou partiria na jornada à ilha. Não escondiam seu descontentamento com aquela ideia milaborante, e muito menos com o clima árido e frio do norte de Värld.

    Em razão de sua ascendência, foi-lhe permitido ficar em um dos quartos do grande Farol de Fyrtorn, chefiado por um bispo rechonchudo que não lhe poupava galanteios e favores – talvez à espera de influência suficiente para ser alocado em uma região mais agradável. Fytorn é conhecida como o destino mais temido por clérigos e noviços da Ecclesia, em razão do absoluto tédio que é capaz de prover.

    De certo a Ecclesia não poderia, de forma alguma, apoiar uma jornada à ilha de hereges. Por isso, o bispo simplesmente aparentava estar completamente alheio a esse fato – mesmo todos os diálogos em um raio de dez quilômetros sendo exclusivamente sobre isso – e desconversava qualquer iminência de aproximação do assunto.

    Ed Wagen e Milo chegaram praticamente juntos, na véspera da data marcada, e acabaram tendo o mesmo destino: os estábulos da Taverna Boca de Peixe. Com os quartos já lotados, e considerando que o ponto de encontro anunciado era a própria taverna, seria melhor passar uma noite entre equinos que sair da cidade para entrar de volta no dia seguinte.

    Acabaram não tendo muito contato com o povo de Fyrtorn, já que, ao chegarem, a maioria dos ali presentes já era de viajantes. Ed foi calorosamente cumprimentado por alguns que o reconheceram por sua reputação, agradecendo-lhe por ter ajudado o irmão do vizinho da avó de alguém. Milo também foi abordado por alguns dos oriundos de Akermark, que ele liderara contra orcs, mas a recepção era sempre carregada com pitadas de decepção – talvez ver seu líder entre os candidatos tenha diminuído sua esperança de serem selecionados.

    Por fim chegou Teryn, também na noite da véspera – mas o bardo não hesitou em trocar seu entretenimento por uma acomodação mais confortável que os estábulos. Seu talento logo ofuscou os demais bardos que tentavam se apresentar, coisa jamais vista em Fyrtorn: muito raramente tinham um único bardo, e naquela noite apreciaram a concorrência.

    O repertório do músico treinado por elfos conquistou os clientes, e as canecas de cerveja saíam freneticamente da cozinha para as mesas. O taverneiro ofereceu-lhe um espaço no chão de seu próprio quarto para que dormisse, um pequeno pagamento considerando o lucro que a apresentação de Teryn rendera-lhe.

    O que todos murmuravam, contudo, era sobre o dia seguinte. Como seria a reunião? Quais seriam os critérios para a seleção? Será que tudo não passava de uma grande enganação? Como a Ecclesia e o General Lamarque estavam permitindo aquilo? Quem eram os contratantes?

    Muitos dos viajantes foram dormir com essas perguntas martelando suas cabeças, preocupados. O clima até então amigável entre eles foi sendo substituído por uma tensão no ar à medida que a noite encerrava-se – afinal, aqueles eram concorrentes na busca de uma recompensa altamente desejável. Estavam confraternizando com o inimigo.

    O que não sabiam é que não haveria seleção alguma no dia seguinte, pois ela já havia sido realizada. Sarah e Cirilla em seus quartos, Alerathla em sua tenda improvisada, Ed e Milo em suas mochilas e Teryn em seu travesseiro: todos os seis encontraram o mesmo pergaminho misterioso ao se encaminharem para dormir.

    PRÓLOGO - Fyrtorn HTU0D05

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    Mensagem por Vinah Sáb Dez 29, 2018 5:04 am

    Teryn podia ver a silhueta da cidade litorânea de Fyrtorn e até mesmo sentir o ar frio e levemente salgado que a cidade possuía. Ele respirou fundo, sentindo seus pulmões se inflarem com um espécie de regojizo. Apesar de seu corpo estar dolorido em todas as partes, sentia-se satisfeito por ter conseguido concluir a viagem até o local. Teryn havia passado vários dias cavalgando rumo a seu destino, e diversas vezes fora impelido a parar, inclusive ele havia perdido duas longas noites tentando convencer a filha de um taverneiro a lhe fazer companhia durante a noite.  Enquanto seu corcel trotava pela estrada em direção ao portão do vilarejo, Teryn podia observar que as margens estavam ocupadas por viajantes. Inúmeros pontos de luz provenientes de fogueiras iluminavam a noite e a margem em torno do vilarejo."Eu devia ter continuado a viagem e não ter parado naquela taverna. Talvez eu seja a última pessoa a chegar em Fyrtorn para a reunião... Ahh, pensando bem, aquela mulher tinha uma beleza única..." Teryn sorriu com o pensamento, deixando que a imagem mental de seus momentos com a filha do taverneiro preenchesse sua mente. Aquela recordação dissolveu sua capacidade de medir o tempo, e quando Teryn voltou a si, viu que já estava dentro do vilarejo, e que seu corcel havia parado de trotar, como se esperasse algum novo comando do seu guia. O bardo cutucou o flanco do corcel cansado, impelindo o mesmo para que seguisse adiante pelas ruas.

    Dentro do vilarejo, Teryn podia ver sinais de uma adaptação forçada e repentina que o local havia sofrido com a chegada de centenas de novas pessoas. O bardo sabia ler bem a situação, e por isso conseguia distinguir com uma grande porcentagem de acerto quem era morador e quem era um viajante. E ao que tudo indicava, os moradores locais não estava tão satisfeitos com essa presença maciça de novas pessoas, de modo que isso refletia no tom da conversa e até mesmo no modo de como andavam mais alertas pela cidade. Havia também sinais de brigas, copos e cadeiras de madeiras destroçados em frente as tavernas, como se houvesse tido uma grande luta no dia anterior, e que por sinal, o dono devia estar tão ocupado que não se preocupara em limpar os destroços em frente ao estabelecimento. Seja como for, depois de algum tempo,Teryn avistou a Boca de Peixe no fim da rua.

    O estabelecimento era com certeza o mais movimentado da região, pois mesmo com a lua despontando no céu, havia inúmeras pessoas ao redor do local, e o burburinho de pessoas falando ecoavam pelo céu. Teryn desmontou do corcel, sentindo uma pontada de dor em suas pernas e nas suas articulações, um sinal que a fadiga era grande em seu corpo. O bardo chamou um menino que passava e lhe entregou uma moeda para que o mesmo levasse o cavalo para o celeiro, mas isto foi negado, pois de acordo com o menino, o celeiro já estava cheio, de modo que Teryn então amarrou o corcel em um pedaço de madeira e disse ao menino que providenciasse algum farelo para sua montaria e uma água fresca. Após isso, Teryn desviou das pessoas e adentrou ao recinto.

    Assim que entrou, o ouvido do bardo foi preenchido por uma música tocada em uma flauta, e o som era doce e agradável. Seu olhar captou as mesas lotadas, e as pessoas bebiam de forma alegre e em grandes quantidades. Mas ainda sim, Teryn sentia que aquele local poderia estar ainda mais cheio, ainda havia espaços sobrando. Ele então tentou localizar o taverneiro, e não demorou a encontrá-lo, afinal era um homem grande e  com uma perna de pau, e sua posição fora facilmente revelada pelo olhar inquieto de quem calcula quanto dinheiro vai ganhar no fim da noite. O bardo então se aproximou e disse:

    - Senhor. - Teryn fez uma mesura rápida enquanto exibia um sorriso no rosto. - Por acaso é o taverneiro? - Quando o homem fez que sim com a cabeça, Teryn já emendou. - Eu gostaria de me apresentar em sua taverna, em troca de uma hospedagem por essa noite e algumas canecas de cerveja.

    O taverneiro riu, e com a voz grossa e rude, respondeu:

    - Ora, como você pode ver, já há menestréis cantando aqui, não precisamos de mais um! Mas certamente se você sair agora, ainda pode conseguir isso em outra taverna!


    Teryn deu uma risada, e pegando seu alaúde que estava preso nas costas, mostrou para o taverneiro.

    - Só que só eu tenho esse alaúde mágico, e o poder dele é fazer com que as pessoas que ouçam suas notas coloquem as mãos em seus bolsos e os esvaziem.
    - Teryn deu outra risada. - Deixe que eu me apresente apenas com uma música, e se não lhe agradar, eu irei embora para outro lugar.

    - Você quem sabe, rapaz! Só não faça como a última pessoa que disse que iria fazer uma apresentação bela e quando chegou na hora, parecia mais um corvo grasnando! Ela deve ter espantado pelo menos dois clientes!


    Teryn então caminhou para perto do pequeno palco de madeira, esperando a sua vez. Cerca de três menestréis se apresentaram, e todos foram muito bem. Eram jovens em sua maioria, e todos pareciam ainda estar no início de suas jornadas. Certamente, em um local como aquele, esses jovens já satisfaziam a clientela, mas Teryn iria mostrar o sabor da verdadeira arte em breve. Por fim, chegou sua vez, e Teryn subiu no palco.

    Quando estava se posicionando numa cadeira e ajeitando o alaúde em suas mãos, as pessoas olhavam desconfiadas e espantadas para ele. Ninguém estava acostumado a ver um menestrel com aquela idade. Não que Teryn fosse exatamente velho, mas os menestréis normalmente são jovens e galantes. E Teryn já estava numa idade em que pêlos brancos começavam a despontar em meio a sua barba. Isso claro, lhe conferia uma certa beleza, pelo menos era o que sentia. Teryn ainda não tinha dificuldades em convencer as pessoas e nem a conquista-las, seu talento para isso estava mais afinado do que nunca, bastando apenas um sorriso para conseguir tais feitos. E sorrir foi o que ele fez. Seus dentes brancos alcançaram e plateia, e então, Teryn sentiu aquele sentimento reconfortante tomar conta de si.

    Era um sentimento que proveniente de dentro do seu ser, uma sensação calorosa que trespassava todo seu corpo e até mesmo chegava em seu alaúde. Teryn começou a dedilhar algumas notas, sentindo seu aláude esquentar com o som. O cansaço da viagem parecia se dissolver em meio ao prazer, e Teryn então deixou aquela sensação tomar conta de si. Seus dedos tocavam as notas, sua boca recitava palavras, e seus olhos decifravam o que a multidão estava sentido. O menestrel ouviu gritos de prazer quando tocou "A Selvagem e o Príncipe", cuja canção contava a historia de dois amantes que se completavam, mas que haviam passado longos anos se encontrando em locais afastados e escuros, pois o relacionamento não seria bem visto pelos nobres locais. Isso durou, até que o príncipe, farto de tal situação, procurou um grande sábio, que lhe deu o conselho que nada ele perderia se trouxesse esse amor oficialmente ao mundo, pois nenhum homem pode perder a sua fortuna quando está apaixonado, pois amar é mais valioso que qualquer diamante. Era um história romântica, uma nova composição de Teryn, que descrevia a paixão de Eldamar e de Johanne, e a música era capaz de emocionar homens e mulheres.

    Por fim, após diversas outras músicas tocadas e diversos canecos de cervejas tomados, Teryn começou a tocar sua última música. Ele a chamava de "Invasores" e a história era um épico que retratava homens do campo, presos numa terra infértil cercada pelo mar. Os homens viviam brigando pelos recursos escassos da ilha, até que um dia, um homem montou um barco e lançou no mar. Os habitantes do local deram o homem como morto, mas meses depois este mesmo homem retomou, dizendo que havia descoberto uma terra fértil e rica, cheia de ouro. E então, os homens dessa ilha se prepararam em grandes barcos e se lançaram no mar. Eles encontraram a terra fértil e ouro, mas fora preciso eliminar as criaturas perigosas que viviam no local. E assim fora feito, e os homens haviam conquistado a glória de não só os libertar, mas também de ibertar o mundo de criaturas maléficas. E Teryn cantava em louvor a cada um dos heróis da história. As pessoas que assistiam a apresentação se emocionavam, principalmente porque aquela história era sobre aventureiros, e muitos se viam agora como os próprios aventureiros da história.

    A apresentação chegou ao fim, e Teryn já estava sob a influência da bebida quando o taverneiro oferecera um canto no próprio quarto que o menestrel dormisse, e claro, Teryn aceitou, e por pouco não perguntou se o taverneiro possuía alguma filha. Porém, Teryn foi impedido de falar tal coisa, pois aos poucos sua consciência se voltava para a seleção que iria ser feita no dia seguinte, algo que ainda ninguém havia sido informado do que ocorreria, nem mesmo havia informação de quem havia organizado aquele encontro. Então, cansado e enjoado pela bebida, Teryn foi em direção ao quarto, e tateando no escuro, encontrou um travesseiro jogado no chão. O bardo se jogou sobre ele, e sentiu algo amassando sob sua cabeça quando deitou.

    Era um papel, e nele estava escrito que ele havia sido selecionado e que deveria estar no quarto 3 na primeira luz da manhã. Teryn sábia que deveria levar aquele papel a sério, pois estava assinado em uma língua élfica. Ainda quando tentava ler o que estava escrito em élfico, Teryn vomitou em cima do papel, sujando-o completamente, bem como a sua roupa e o chão aonde iria dormir. Cansado e tonto demais para levantar e procurar outro canto, Teryn guardou o papel em um de seus bolsos e concluiu que ainda teria algumas horas de sono, e dessa forma, ele caiu em um sono profundo em meio ao seu próprio vômito.  Quando acordasse para o encontro, Teryn lavaria o rosto e tentaria passar água em sua roupa aonde estava sujo de vômito, caso tivesse com tempo. Se não, lavaria apenas o rosto, e se encaminharia para quarto número 3 da Boca de Peixe.

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    Mensagem por Edu Sáb Dez 29, 2018 8:44 am

    Enquanto avançava para a cidade, parou alguns momentos para observar, era difícil de lembrar algum lugar que tivesse visto que fosse tão feio como aquele. Bem, as suas memorias viajando pelo interior não boas mesmo, então não fazia a menor diferença. Foi caminhando lentamente rumo a cidade, não estava muito animado tinha conhecimento da montanha a subir para cumprir os seus objetivos.

    Finalmente entrou na cidade algumas pessoas o cumprimentaram logo que entrou no lugar, pois provavelmente tinha ajudado algum dos seus conhecidos no seu passado, o chamaram até de "Senhor". Era divertido pensar nisso pois era um camponês de nascimento e nada de tinha nobre nele, talvez só a aparência. Caminhava para a tal taverna quando sentiu um vento frio especifico a muito tempo guardado na sua memória.

    Seus olhos escanearam ao redor e ele longo encontrou o que procurava. A jovem que tinha dançado na festa da colheita, Mab, estava parada ali olhando para ele com vestido azul claro. Um brilho animalesco surgiu nos seus olhos ao vê-la. Era a hora, finalmente poderia confronta-la.

    - Mab - falou ela para a moça.

    A rainha fada se aproximou e colocou a mão no seu rosto. Um toque gelado e ao mesmo tempo caloroso percorreu a sua pele.

    - Vejo que cresceu forte e belo. Ansiava para vê-lo novamente, mas precisei me ausentar mesmo sabendo que desejava ter comigo - disse ela sorrindo para Ed.

    Ed olhou para os dois lados, não era bom ter aquela conversa com Mab ali. Aquela vila era hostil a muitas coisas de fora, imagina a infame rainha do ar e das trevas.

    - Me acompanha para um lugar mais privado? Preciso conversar com você mas esse lugar não aqui não é bom para isso - Disse ele pegando a mão da fada.

    Mab continuou sorrindo e soltou a mão delicadamente a mão de Ed.

    - Mortais, sempre com tantas questões assim como as estrelas no céu. Gostaria de ter tempo para confraternizar com você, mas criança tenho coisas a realizar. Fico feliz que tenha encontrado o livro para mim. Tenha cuidado com os filhos e filhas da minha irmã.

    Uma vez mais o vento gelado tipico soprou e a rainha fada desapareceu. O livro tinha sumido da sua mochila e um diamante negro apareceu na sua mão. Horas depois já no estabulo sentado no seu saco de dormir, ele olhava a pedra pensativo.

    "O que ela quis dizer com os filhos e filhas de minha irmã? Referia-se a Titânia? Nunca tinha sequer uma vez encontrado um adorador da rainha do verão, nem sequer os elfos que tinha esbarrado na estrada falavam da rainha do verão, então quem se referia?" indagou-se em pensamento Ed.

    Admirou a pedra mais uma vez e deitou. Descansou por um tempo até a hora do encontro se aproximar. Levantou e se dirigiu até o quarto numero 3 da taverna que mencionava no bilhete.

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    Mensagem por Rosenrot Sáb Dez 29, 2018 10:20 am

    Alerathla Rion'lë, A Filha do Grande Cervo Alvo

    Desde a decisão até a viagem as horas pareciam ter passado devagar e penosamente. Além do seu refugio e segurança, Alerathla deixará para trás a tiara que usava: um pequeno adorno feito por aqueles que a rodeavam, onde pequenos galhos simulavam uma pequena galhada de cervo, exaltando sua suposta ancestralidade com o Cervo Branco.

    Ela ainda carregava um dos galhos usado no adorno junto a isso, mais como uma lembrança constante de por quem fazia aquilo: pelo povo, pela Fé Antiga. As primeiras horas de viagem foram acompanhadas por duas de suas batedoras mais fieis, elas vagaram entre as árvores e folhas observando Alerathla afastar-se cada vez mais, quando deixou então o perímetro do refugio as duas elfas retornaram, podia sentir no ar a ansiedade delas. Agora estava sozinha.

    "Não" - Pensou. "Sozinha nunca. Sou eu e a Floresta, a Floresta e eu."

    Com esse pensamento reconfortante, Alerathla avançou pela mata e pelo caminho que lhe separava da possibilidade de liberdade do seu povo. Era ela e a Floresta. Unidas.

    [...]

    Por costume ou temor a elfa evitou as cidades - mesmo as pequenas - por onde passava, ela buscava abrigo entre aqueles onde se sentia segura e queria, quando não os encontrava, seu abrigo eram o céu e as estrelas.

    Ao finalmente alcançar o local de encontro, ela não se surpreendeu com a movimentação e a quantidade de aventureiros que lá estavam. Alerathla sabia que a Ilha causava curiosidade em muitas pessoas - ela inclusa - e que o tipo de chamado feito traria toda a sorte de gente àquela região, vendo tudo aquilo teve certeza que tomara a decisão certa: a Ilha estava melhor oculta de pessoas com índoles duvidosas. Graças a antecedência de sua chegada a elfa conseguiu um bom lugar para se acomodar junto aos lados mais selvagens da cidade, tentava passar o máximo possível desapercebida: usava um manto longo com capuz que lhe cobria a cabeça ocultava as orelhas e o rosto, as mangas longas ocultavam a cor acobreada de sua pele.

    Falava pouco, interagia menos ainda.

    Ela aguardava pacientemente o momento em que pudesse ver-se cara a cara com aqueles que fizeram aquele chamado e assim determinar o preço de sua presença; o medo era um companheiro constante de seus dias e noites, mas a vontade de ver o próprio povo livre fazia o medo escoar-se e ocultar-se em baixo de um manto de determinação.

    Tinha passado a manhã daquele dia na mata próxima, comungando com os Deuses Selvagens e com a própria natureza, tinha sentido uma mudança no vento não sabia porém se para o bem ou para o mau.

    Quando retornou ao sua tenda, Alerathla notou que o chão estava diferente: como se outros pés que não os seus estivessem estado ali, olhou em volta ligeiramente desconfiada: sabia que outros aventureiros pousavam próximo de si, mas teriam eles atrevido-se a invadir? Lambeu os lábios antes de avançar de forma cautelosa - quase felina - na direção da tenda, mas o que encontrou lá sanou suas dúvidas a respeito do território. Levantou a cabeça e olhou em volta e então fechou as mãos em volta do pergaminho. Os Deuses estavam ao seu favor.

    Voltou a abri-lo para então olhar com mais atenção... E estranhou a assinatura... Era uma assinatura élfica? Como poderia ser. Agora as coisas lhe pareciam ainda mais estranhas - e talvez promissoras - Alerathla sequer dormiu e quando o Sol desabrochou seu primeiro brilho ela estava lá, de pé à porta do tal quarto - entrara o mais sorrateiramente que conseguira - tentando sempre se manter desapercebida.

    Ali, parada, podia parecer uma figura estranha: envolta no manto que lhe cobria o corpo, a cabeça oculta pelo capuz ela evitava olhar para os que chegavam - e evitava que eles lhe olhassem também, mas mesmo encolhida em seu próprio mundo, Alerathla não era uma figura pequena: a elfa esguia era maior do que uma humana comum, pequenas protuberâncias salientavam-se no capuz sobre sua cabeça e ela segura o pergaminho entre as mãos junto ao peito com força.

    Aguardava esperançosamente.

    Irving
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    Mensagem por Irving Sáb Dez 29, 2018 11:25 am

    -Eu não estou ficando louca. Não estou.

    Sussurrei enquanto acontecia mais uma das inúmeras discussões sobre a minha ida a Fyrtorn. Meu pai, já tinha aceitado há muito tempo. Já minha mãe, estava louca. Ela não entendia o porquê de eu deixar o conforto e a riqueza para trocar pela incerteza. Mas eu sabia o que estava acontecendo em  Värld. Eu sabia que se o imperador não voltasse, toda nossa riqueza iria acabar. Felizmente, essa era a ultima discussão. Minhas malas já estavam todas arrumadas e meus pertences também. Duas espadas curtas, que combinavam extremamente com meu estilo de luta, rápido e ágil. Duas machadinhas, para um trabalho um pouco mais pesado. Já era o bastante.

    Embora odiasse todo aquele alvoroço sobre minha viagem, ainda concordava um pouco com a minha família. Um nobre indo para terras desconhecidas, sendo rodeada dos mais diversos e perversos seres da terra. Seres que eu não podia ver. Esse era meu pequeno segredo sobre o combate, pois falta de visão me deixou mais confiante, mais astuta. Eles achavam que minha cegueira era um defeito, e em alguns casos, realmente era. Mas no combate? Não, era perfeito. E eu sabia que nenhum homem era tão bom quanto eu com uma espada na mão, então não tinha o que temer.

    A viagem até o pequeno vilarejo foi longo. Fora-me enviadas duas servas da família. No começo achei aquilo uma grande bobagem, mas percebi que era preciso. Não imaginei que a viagem até Fyrtorn seria tão longa. Embora eu tivesse um senso de direção incrível, fazendo com que seja raro eu me perder, uma ajuda nesse caso foi muito boa. Eu provavelmente chegaria atrasada se não fosse por elas. Eu não podia ver suas faces de insatisfação, mas podia sentir o ar pesado delas. Sabia que elas não queriam estar ali, e que provavelmente estavam me chamando de louca pelas costas.

    Quando finalmente chegou ao vilarejo, percebeu o quanto aquele evento estava grandioso. Ouvia muitas vozes, muita música, e conseguia perceber muita movimentação. Isso para um pequeno vilrejo era algo raro. Já conseguia escutar também,  comentários maldosos. – ‘’Uma mulher e ainda por cima cega? Hehe, uma a menos para nos preocuparmos, Stin’’– E assim seguiu ouvindo comentários semelhantes, até chegar ao grande Farol de Fyrtorn, aonde era o combinado de passar a noite.

    -Senhora Cirilla, seja bem vinda. Sou o bispo que chefia o grande farol. Seria uma honra que passe a noite aqui sobre minha proteção.

    Dei um pequeno sorriso para o homem, como se tivesse gostado de sua fala. Nunca fui muito boa em atuar, e provavelmente o homem deve ter percebido a falsidade.

    -Obrigado. Mas não preciso de proteção. Só me leve até o quarto, por favor.

    O homem começou sua fala gaguejando, como se não esperasse a resposta grossa.

    -C..Claro. Siga-me. – O bispo começou a andar e o segui calmamente – Precisa de ajuda para subir as escadas, minha dama?

    Bufei rapidamente, demonstrando extrema falta de paciência. Eu não sou uma pessoa ruim, mas aquele tipo de gente me dava nojo. Estava quase lambendo meus pés por eu ser nobre, porém se eu fosse pobre, estaria me xingando como todo o resto da população lá fora.

    -Sou cega, não aleijada– Respondi com rispidez.

    Após subir para seu quarto, começou a pensar como seria o dia de amanhã. Será que realmente era o melhor espadachim do mundo? Será que era boa o bastante para ir numa ilha perdida, cercada de estranhos, provavelmente a mercê de sua própria estratégia de sobrevivência? No fundo, tinha um pouco de insegurança por sua cegueira. Mas a insegurança não partia de si mesma, e sim dos outros. Por isso sempre que duvidavam de que era capaz de fazer alguma coisa, eu ia lá e provava que conseguia. E iria provar mais uma vez a todo mundo. Eu ia conseguir ser chamada para ir para a ilha, e iria voltar viva e honrada. Tinha certeza disso.

    Ao se deitar, percebeu que tinha algo na sua cama. Parecia um papel. O primeiro momento quase o jogou fora, mas pensei que poderia ser alguma coisa, nunca se sabe. Mandei chamar uma das servas, que leu todo o conteúdo para mim.
    Fiquei contente por ter conseguido passar da primeira etapa. Provavelmente não teria que provar minhas habilidades, ou ter que cortar a cabeça de um cara qualquer.  Pelo menos era isso que eu tinha entendido da carta, se não tivessem lido errado.

    -Bom, espero que essa regra de não contar a ninguém, não se aplique a mim – Comentei, já preocupada por talvez ter estragado tudo– Tem mais alguma coisa escrita?

    A mulher tentou ditar o que ela entendeu do suposto nome no canto inferior direito da carta, parecia ser língua élfica. O máximo que eu consegui entender foi algo parecido com um ‘’Zelar’’ ou algo tipo. Provavelmente estava errado.

    Acordei no outro dia bem cedinho, peguei todos os seus pertences e fui direto para o local combinado. Perguntei a serva como se chegava até o lugar. Ela deu as direções, e fui até lá sozinha.
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    Mensagem por Dycleal Sáb Dez 29, 2018 2:12 pm

    Na manhã que completou seus 20 anos, seus amigos, os anões, liderados por Gorim fizeram uma festividade comemorativa. Apesar da aparência rude e austera, os anões são extremamente festeiros e bons com as crianças e seus iguais e a forma rude de se tratar é na verdade uma deferência entre eles. A festa foi regada com muita cerveja, comida farta e muita carne. Na hora do rito de passagem, equivalente ao parabéns para você, Gorim pede a espada curta de Sarah e a leva para a sua oficina e volta de lá com um bela espada larga, que tinha um par de asas de dragão na sua empunhadura e runass anã por todo o cabo e lamina.

    Sarah emocionada, pega a espada com apenas uma mão e a rotaciona e depois a pega com as duas mãos e sorri com o mesmo efeito e agradece ao padrinho com um abraço afetuoso. Logo Bart o líder dos anões diz que tem um presentinho e pede a Frida sua esposa que vá buscar e ela logo chega com um belo escudo do mais puro aço anão enfeitado com o símbolo heráldico da comunidade de Bergen, e diz solenemente que agora ela é uma filha de Bergen e mesmo podendo sair para conquistar o seu destino, ali sempre será a casa dela.

    Neste momento Sarah derrama lagrimas verdadeiras, para uma menina que cresceu sem o seu pai e sem a sua mãe, a promessa de pertencer a um lugar e ser considerada membro da família anã é muito especial para ela e Gorim e Helga a abraçam e o padrinho diz: - Filha, você pode ser de pedra, dura como um diamante, mas nunca esqueça que seu coração é da mais nobre e gentil carne. Você trouxe alegria para nós e nos deu muito mais do que podemos lhe dar, nos ensinou a ter bravura, coragem e manter um coração bom e gentil e isto não tem preço. Mas temos que deixar você ir ao encontro do seu destino.

    A festa continuou a noite toda e entrou pela madrugada, quando Gorim a ajudou a recolher seus equipamentos e a acompanhou até a base da montanha e a abraçou e a beijou a face afetuosamente. A genasi segue firme pela floresta e no final da tarde prepara o acampamento e começa o ritual para chamar o seu familiar, e se decide por um falcão, objeto dos seus sonhos e visões.

    Após 24 horas de transe, o falcão pia no seu ombro e ela feliz pede que ele olhe ao redor e retorne com suas sensações e após alguns minutos ele volta e lhe transmite uma sensação de paz. Ela prepara o alimento e coloca sementes para o seu amigo e companheiro e logo após se deita no seu saco de dormir vigiada pelo seu falcão a quem batizou de Nadhull.

    No dia seguinte após se alimentarem, ela coloca sua espada e sua besta próximo de si e começa um ritual de vinculação dela com as suas armas, inicia com a espada larga e após uma hora de ritual a impunha fechando o vinculo e depois faz o mesmo vinculo com a beste e sua caixa de virotes e parte rua a aldeia humana mais próxima.

    Na aldeia procura um pequeno empório comercial e se candidata a mercenária de apoio, questionada se sabe trabalhar como batedora, afirma que sabe e é contratada para acompanhar um carregamento de vinhos até a capital Vattendrag. Faz seu trabalho a contento recebendo a sua paga e uma carta de apresentação do chefe da companhia e se inscreve na guilda dos caravaneiros e durante estes dois anos que se seguem ganha o seu sustento dignamente e conhece quase todas as cidade do mundo conhecido, exceto a ilha dos elfos, Elvenon.

    Na sua ultima viagem vai a Fyrtorn, contratada pela Ecclesia para levar um grupo de quatro noviços para servir no farol, a questão religiosa é vívida na sua vida, sua avó é uma druida da fé antiga, é uma figura que só conhece em seus sonhos e visões, que frequentemente ora lhe visitam ora a atormenta, mas são sonhos vívidos a ponto de considerar ter um relacionamento com a avó de tão real que são as suas conversas. Sua mãe, separada do seu convívio desde a sua tenra infância, retornou para a cidade de Ecclesia Magna e vive a sua fé dentro da reclusão do claustro, sendo uma sacerdotisa graduada e chefiando a abadia na reclusão. Não sonha com ela, apenas recebe cartas enviadas por mensageiros de sua confiança. Os noviços são simpáticos e flertam discretamente com ela, o que a genasi ignora e observa uma insatisfação da ida para servir no farol. Ela observa que apenas um deles é realmente vocacionado e os outros três são filhos caçulas de nobres que vão servir a vida religiosa por um imposição das suas famílias que querem com isso algum favorecimento político.

    O jovem noviço chama-se William Barkur e trava uma boa amizade com a guerreira e fala sobre a igreja, sobre o abandono da fé antiga gradual e por uma busca por cura para o rei na ilha de Taptoy e que um contratante, que a Ecclesia ainda não identificou, está anunciando contrato de aventureiros para se aventurar na ilha misteriosa e procurar uma cura para o adoentando rei e Sarah se interessa por essa notícia e pela possibilidade de participar desta empresa e quem saber conhecer a sua avó pessoalmente e lhe entregar a carta que sua mãe lhe deixara para entregar a ela e mesmo faltando dois meses para a data do recrutamento, ela decide já ficar na cidade e esperar o recrutamento convivendo com o povo da vila.

    Ao chegar na vila, o grupo se dirige para o farol onde a guerreira recebe seu pagamento diretamente do bispo e uma carta de recomendação, pede indicações de onde fica a taverna e dirige-se para lá, onde o seu serviço de segurança argumentando que com o recrutamento o proprietário irá precisar dos seus préstimos para manter a ordem do lugar e só quer a hospedagem e a alimentação em troca, o taberneiro coça a cabeça, olha para a sua perna de pau e aceita apertando a sua mão e lhe mostrando o seu quarto nos fundos da taverna.

    A vida na vila, se passa tranquilamente e logo os moradores se acostumas com aquela bela mulher forte, que faz pequenos consertos em algumas casas, dá surra nos arruaceiros que tentam tumultuar na taverna, brica com crianças que querem aprender a ser guerreiros e a serem heróis e ela evita usar magia durante a sua estadia e nas horas de folga, procura a floresta e as praias onde se banha e observa o nascer e o por do sol.

    Seu trabalho aumenta a medida que vai chegando o dia do recrutamento, seus sonhos e visões vão se tornando mais frequentes assim como as sua intervenções mais violentas na tentativa de se hospedar de alguns valentões que não aceitam a informação que não existem mais vagas na taverna e na noite que antecede o recrutamento a taverna recebe vários bardos, mas um deles se destaca e recebe o convite para dormir no quarto do proprietário que pede para que ela acomode alguns aventureiros no estábulo e ela fica de olho devido as acomodações estarem lotadas e vai se recolher tarde e ao deitar acha uma carta acusando ter sido uma das escolhidas e a excitação não a deixa dormir e vai a praia que dá para ver as nuvens que escondem a ilha e da um mergulho e nada demoradamente naquelas águas mornas e salgadas e grita em direção a ilha: - Vovó, eu te amo! Me aguarde em breve e me proteja a sua maneira e senta-se em posição de lótus e eleva uma prece aos deuses antigos e a seu pai o poderoso Aganon e enxugando-se termina de se aprontar, pega seus equipamentos no seu quarto e senta-se na porta do quarto 3 a espera do encontro, ansiosa e concentrada.
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    Mensagem por Sandinus Sáb Dez 29, 2018 4:47 pm

    Após a devastação do vilarejo de Akermark na Era Sangrenta pelo exército sombrio do leste os haflings se dispersaram, muitos fugiram do continente outros preferiram se misturar com os elfos e os humanos, porém, a vitória da tríplice aliança trouxe de volta aos pequeninos sua região, dessa vez sob o domínio do Império de Värld, garantindo aos pequenos certa autonomia em termos de governo e decisões, porém, sempre acompanhados de perto por um representante do império.

    Mas essa paz não durou muito, recentemente orcs e goblins  aumentaram suas atividades na região, muito em parte pela situação do imperador e pela incompetência de seu general que passou a comandar o império enquanto o imperador não se recupera de seu estado enfermo.

    Vez ou outra, grupos de goblins e orcs investem contra o vilarejo e é nesse ponto que entra Milo, outrora um artesão hoje ele se dedica a liderar os soldados do vilarejo. Muitas vezes ele avançou com as tropas para defender a região, utilizando-se e suas estratégias de combate e tendo bastante efetividade.

    Milo era um pouco diferente dos seus, enquanto os haflings vestiam-se de modo comum e discreto ele gostava de coisas excêntricas, não era atoa que se destacava no vilarejo de  Akermark  exatamente por sua aparência, ele usava um chapéu pontiagudo quase de seu tamanho que chegava a enroscar meio corpo do pequenino, suas roupas eram compostas de mangas cumpridas, luvas, uma calça que descia um pouco abaixo do joelhos  complementada por meias brancas que iam até os joelhos terminando em sapatos de bico fino que curvavam-se para cima. Em sua cintura repousava uma rapieira herdada de seu avô.

    Diferente do avô, seus pais o senhor Mirto e a senhora Azalea, preferiam se portar como haflings comuns, cuidado dos afazeres domésticos, plantações e animais. O velho Bugin, seu avô, tinha bem pra lá dos cem anos, era um hafling idoso e um guerreiro condecorado como capitão aposentado da infantaria Hafling de Guerra.

    Ele sempre contava a Milo suas histórias e isso inspirou o pequenino a seguir carreira de soldado e usou boa parte de sua aposentadoria para contratar magos que ensinassem magia ao pequenino, pois sua falecida esposa a Zenaide era uma hafling letrada na magia, seus pais conviveram muitos anos com elfos e aprenderam o oficio arcano.

    O professor de Milo foi Ananeus, um velho elfo e amigo de Bugin que acabou cobrando pouco para ensinar Milo. Os pais de Milo por sua vez não gostaram muito da ideia, eles sabiam como as pessoas tratavam os conjuradores e não queriam que seu filho sofresse por isso, porém, tudo já estava planejado na mente do velho Bugin.

    Primeiramente ensinaria o oficio das armas a Milo e depois o ofício arcano de modo que o pequenino pudesse de alguma forma esconder seus talentos para a magia e se tornasse a mistura entre Bugin e Zenaide aumentando suas chances de se tornar um grande general de guerra.

    Um certo dia as noticias da doença grave de incurável do imperador chegou a  Akermark, aquilo foi um baque para os pequeninos que tinham certa admiração por ele e a incógnita de como as coisas ficariam pairaram no ar e não demorou muito para as noticias ruins chegarem, o general assumiu o poder e não parecia competente para tal, os ataques de goblins e orcs cresceram exponencialmente e o vilarejo de  Akermark não ficou livre.

    A pedido de seu avô que não mais podia lutar, Milo decidiu se organizar com os pequeninos haflings e montar uma milícia que defenderia o vilarejo dos ataques inimigos. O hafling conseguiu a adesão de muitas pessoas e passou a treina-los, enviou batedores para procurar locais onde podiam extrair minérios, mas nada de útil foi encontrado.

    Sem muitas alternativas Milo organizou todo o vilarejo distribuindo funções, ergueu muros de madeira, utilizava os osso dos animais, pedra e madeira para fabricar armas e armaduras equipando boa parte do vilarejo. Milo também ergueu torres de defesa de madeira e postos de observação conseguindo tornar  Akermark um local bem mais seguro, além disso, liderava todos os haflings nas defesas contra os inimigos utilizando-se de estratégias que davam vantagem aos pequeninos diminuindo suas perdas. Por tudo isso ele acabou tornando-se um herói do povo.

    Seu avô Bugin ainda conseguiu ver seu neto ser aclamado como herói, ficando extremamente orgulhoso, morrendo alguns dias depois de forma repentina levado pela idade.

    Poucos dias depois uma carta chegou a  Akermark  convocando pessoas para buscar uma possível cura para o imperador. Muitos pequeninos partiram com antecedência, mas Milo teve que demorar mais um pouco tentando convencer boa parte a não irem para que cuidassem do vilarejo, dizendo que se encarregaria disso. A grande maioria dos haflings acataram a determinação de Milo que designou a jovem Violeta para comanda-los, ela era uma guerreira impiedosa com o arco e flecha, e emanava uma aura de liderança.

    Outros ele convocou para marcharem para a capital com ele em uma caravana por segurança. No dia seguinte pela manhã ele convocou o vilarejo para uma despedida e quando todos chegaram, ele subiu numa grande rocha que ficava no centro da vila:

    -Meus amigos, primos, irmãos, tios, tias, colegas, conhecidos, inimigos, cunhado, cunhada, genro, noras, sogros, sogras, cachorros, gatos, pássaros, bois, vacas, cavalos, éguas... Hoje partimos para a capital onde buscaremos a cura para o nosso imperador! Com ele são e nós como heróis é provável que ele atenda nossas solicitações por mais segurança e atenção com nosso povo! Tudo isso que estamos sofrendo vai acabar! E a paz voltará a reinar em Akermark. Enquanto isso, lutem por vocês, pelas suas paixões e pelas suas vidas. Lutem pelo nosso povo, resistam até o ultimo homem se for necessário, fujam para o mais longe possível, mas não deixem de sonhar que esse pesadelo irá acabar! Até logo!

    As pessoas gritam ovacionando Milo, era claro a expressão deles que eles lutariam o sobreviveriam o quanto pudessem e contra quem fosse. Milo acena se despedindo do povo virando-se para suas tropas.

    -Soldadosssssssss! Em Marcha!

    Ele desce da pedra toma afrente da caravana:

    -Direita! Esquerda!, Direita! Esquerda!, Direita! Esquerda! Gurion, seu passo está descompassado! Gorpo, levante essas pernas! Vamos lá, Direita! Esquerda! Vocês são soldados ou não!? Direita! Esquerda!

    O grupo saiu em ritmo de marcha liderado por Milo que erguia e baixava sua rapieira ditando o ritmo. Era um grupo de pelo menos oito haflings e dois humanos. Foram boas horas de caminhada e eles finalmente chegaram ao litoral e nos portões da cidade. Milo já tinha vindo aqui algumas vezes em sua vida, mas a maioria do grupo não, de modo que ficaram muito impressionados. Mais que isso, a cidade estava completamente tomada por aventureiros de todas as raças e tipos acampados em todos os lugares possíveis e imagináveis.

    O grupo acabou tendo que se separar buscando lugares para ficarem  e depois de algumas horas se encontraram no centro da cidade, onde perceberam que teriam que se separar para ocuparem as vagas que encontraram.

    -Acho que aqui nos dispersamos, quem quer de nós que seja escolhido eu sei que fará o possível e o impossível para cumprir esta missão. Até breve meus amigos! Por Akermark!

    Todos responderam em conjunto: POR AKERMARK!

    Eles se despediram e Milo foi rapidamente para o estábulo da Taverna Boca de Peixe, vez ou outra encontrou no caminho alguns haflings que tinham se adiantado e que já tinha liderado, a recepção era um tanto quanto desanimadora, mais por parte do hafling que talvez achasse que com Milo as suas chances diminuíam.

    Mas não foi só isso, muitos focos de confusão aconteciam e pelo que ele já sabia, se tratava do conservadorismo das pessoas. Ele logo lembrou de seu avô, sua mãe e seu pai falando sobre isso e evitava esses focos se misturando a multidão com seu tamanho e furtividade.

    Chegando a taverna, comeu algo, assistiu o show dos menestréis e um lhe chamou a atenção, ele tinha um alaúde e era bem clara sua superioridade rítmica com os demais que apesar de bons pareciam novatos.

    O pequenino degustou a apresentação e em seguida quando estava satisfeito já no avançar da noite, foi dormir. Quando tirou sua mochila das costas e vasculhou para relembrar o que tinha achou uma carta, esta carta dizia que ele tina sido selecionado para a missão, o que o deixou bastante espantado e curioso e marcou o local do encontro, deixando bem claro que ele devia ir sozinho.

    No dia seguinte ele seguiu a determinação e foi para o Local.
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    PRÓLOGO - Fyrtorn Empty Re: PRÓLOGO - Fyrtorn

    Mensagem por Garahel Dom Dez 30, 2018 12:56 am




    O tal quarto nº 3 não é, na verdade, um quarto. Ou se algum dia fora, seu ocupante reformou todo o aposento. Ao subirem as escadas da taverna, os aventureiros dão de cara com um longo corredor de tábuas de madeira, com portas fechadas de ambos os lados. A porta bem no fim do corredor, de frente para a escada, é a única aberta, e tem um grande número 3 de bronze sobre seu batente, para afastar quaisquer dúvidas sobre ser aquele o local de encontro. Cirilla de certo não poderia ver o número, mas uma de suas criadas havia lhe dito que bastava seguir o corredor até o final - e assim fez a guerreira.

    Do lado de dentro, não há cama, cômoda, armário, ou qualquer móvel que se esperaria de um quarto. A única mobília é uma grande mesa redonda de madeira, bem no centro do aposento, rodeada por seis cadeiras, também de madeira. Na parede oposta à porta, um par de venezianas abertas deixa a luz do sol nascente iluminar o ambiente. No teto, sobre a mesa, um lustre de latão carrega treze velas, no momento apagadas. As tábuas do chão rangem à medida que os seis selecionados tomam seus lugares. Todo o cômodo exala um odor de carvalho envelhecido, com um leve toque de mofo que indica que o lugar não era aberto há um tempo.

    Um silêncio constrangedor paira sobre o ambiente depois de os seis estarem devidamente assentados. Um halfling, uma elfa e um genasi já seriam, separadamente, motivos para atrair olhares; juntos, formam uma combinação talvez nunca vista por aquelas bandas. Além deles, uma nobre cega, um bardo de ressaca lutando contra o sono, e um bruxo de ar sombrio e misterioso. Sem dúvidas, uma combinação bastante peculiar de aventureiros, o que faz com que eles mesmos questionem-se quais seriam os critérios de seleção para que seres tão diferentes fossem escolhidos.

    Antes que qualquer um possa tentar puxar um assunto para socializar, o silêncio é subitamente quebrado por passos pesados que sobem a escada com certa pressa. A audição apurada de Cirilla consegue distinguir três pares de pés marchando, e logo seus donos aparecem no fim do corredor para os demais: três humanos bem altos, em boa forma, bem armados e de feições nortistas. O líder - ou o que aparenta ser o líder, porque caminha na frente, guiando os outros dois - apresenta uma cicatriz que atravessa o rosto. Se fosse para adivinhar, chutariam tratar-se de mercenários.

    Com poucos passos os três alcançam a porta do quarto; o líder carrega na expressão um sorriso de dentes brancos cheio de autoconfiança.

    - Eu disse que'sses dois saindo de fininho na madruga tavam estranhos, rapazes - afirma, com a voz esganiçada carregada com um forte sotaque nórdico. Subitamente, Ed e Milo lembram-se de terem visto os três nos estábulos - Que porra de reuniãozinha secreta é essa aqui, hein? Por que que eu não fiquei sabendo? - com um movimento fluido desembainha a espada, o sorriso sádico ainda imóvel no rosto; seus comparsas acompanham-no - A recompensa desse trampo é boa demais pra eu deixar escapar das minhas mãos. Se eu não , não é uma elfa ou uma cegueta que...

    Antes que possa completar a frase, um som suave e sibilante de sopro é ouvido pelos aventureiros, e uma nuvem de fina poeira atravessa os corpos dos três homens. Os olhos do líder ficam esbugalhados, e logo em seguida começam a se fechar involuntariamente, como se suas pálpebras subitamente ficassem pesadas demais. As armas desembainhadas caem ao chão com um tinido agudo que ecoa no silêncio matinal, e não tarda para que os três corpos humanos acompanhem-nas, profundamente adormecidos.

    De um canto da sala sai um vulto das sombras. Ninguém tinha reparado em sua presença; era como se tivesse surgido da própria madeira da parede. Alto e esguio, seu corpo está inteiramente coberto por uma capa verde com detalhes em dourado, assim como seu rosto oculto sob as sombras do capuz. O tecido caro demonstra uma posição social privilegiada. Seus passos são extremamente leves, quase como se flutuasse, e sequer causam rangidos na madeira; Cirilla é a única que pode ouvir o suave toque de seus pés descalços no chão.

    O desconhecido caminha até os corpos adormecidos, e deixa escapar um suspiro audível.

    - Gostaria de não precisar fazer isso - afirma, com uma voz tão grave que é quase possível sentir as vibrações do ar, mas ao mesmo tempo suave e claramente compreensível. Um rápido gesticular com suas mãos, fazendo balançar as mangas largas da capa verde que veste, e os corpos adormecidos dos mercenários começam a flutuar alguns centímetros sobre o chão. São suavemente guiados até o corredor pelas mãos da figura encapuzada, e logo em seguida a porta é fechada atrás deles. Ouve-se um tilintar agudo da tranca sendo acionada.

    - Agora que estamos sozinhos novamente, podemos conversar - prossegue o indivíduo misterioso. Voltando-se para a mesa, retira o capuz, e seu rosto brilha em tons dourados como o sol que entra pela janela, fazendo coro com os fios de ouro de suas vestes. Os cabelos loiros emolduram a pele dourada, e as orelhas pontudas não deixam qualquer dúvida que se trata de um elfo. Os olhos, também dourados, emitem um brilho peculiar e têm uma profundidade indescritível. Ao olhar para cada um dos aventureiros, estes sentem como se tivessem suas almas lidas por aquele olhar intenso, quase podem sentir a presença do elfo dentro de suas mentes. Até Cirilla sente sobre si a intensidade daquele olhar perscrutador, e mesmo sem enxergar sabe, de alguma forma, que está diante de um elfo.

    Faelar:

    - Imagino que vocês tenham perguntas - diz, enquanto começa a rodear a mesa com seus passos leves como o vento - Devo apresentar-me, primeiro. Meu nome é Faelar, o Dourado. Nasci há muitos, muitos anos na longínqua ilha de Elvenön, entre meus irmãos elfos. Vim para o Continente para ajudar a fundar Värld. Hoje, sou conselheiro pessoal de Justiniano, o Imperador. Como já sabem, ele está... Doente - nesse momento sua voz grave, até então inabalável e constante, quebra. A luz do sol faz brilhar em seus olhos algo além do brilho dourado de antes. Lágrimas? Antes que qualquer um possa ter certeza, contudo, o elfo rapidamente se recompõe, e segue a narrativa como se nada tivesse acontecido - Ou talvez amaldiçoado seja a palavra melhor. Não importa. Nenhuma magia, nenhuma oração, nenhum rito ou curandeirismo é capaz de recuperá-lo. E é por isso, como já sabem, que vocês estão aqui: para buscar uma cura na Ilha Sagrada. Mas devo-lhes mais detalhes que isso.

    Alerathla observa que Faelar ainda se refere a Taptoy como Ilha Sagrada, ao invés de Perdida. Poderia ser simplesmente um velho hábito, já que, considerando a narrativa do elfo, a maior parte da sua vida desenrolou-se antes da Ilha perder-se e adquirir o novo nome. Ou será que...?

    - Värld é governada pelo Imperador, que tem sempre a palavra final, mas todas as suas decisões são antes discutidas no Conselho - explica Faelar, elucidando o sistema político do Império - Cinco são os membros do Conselho. O Presidente do Senado, que representa os nobres; a Grã-Madre, da Ecclesia; o chefe da guilda dos comerciantes; um represente nortista de Fiskare; e o comandante das forças militares. - o elfo vai contando os cargos em seus dedos magros enquanto os enuncia - Apesar de o Imperador concentrar quase todos os poderes, a unanimidade do Conselho pode destroná-lo. E, como vocês sabem, o Imperador não é um cargo hereditário; o antecessor deve indicar seu sucessor. Se morrer ou abdicar antes disso, o novo Imperador é eleito pelo Conselho.

    - Com isso vocês podem entender por que estamos em uma situação tão delicada - continua, com um suspiro, enquanto recosta seu corpo no peitoril da janela - Com Justiniano doente, e nenhum sucessor indicado, o poder fica nas mãos do Conselho. A nobreza e os comerciantes ainda apoiam o Imperador, enquanto os clérigos, os nortistas e os militares orbitam o General Lamarque, que vocês também já conhecem. O homem está louco por poder, e não hesita em exibir seu asco às raças não-humanas e em exaltar a perseguição à Fé Antiga. - o elfo faz uma careta de desagrado - Com o Conselho dividido, os nobres e os comerciantes recusam-se a votar pela remoção do atual Imperador, impedindo a unanimidade, já que sabem que perderiam a votação majoritária e Lamarque seria eleito. Nesse impasse, Justiniano permanece Imperador, mesmo acamado. Na prática, quem tem a força tem o poder, e a palavra do General é lei; desobedecê-la pode render uma desagradável visita de soldados na calada da noite. A única saída é que Justiniano se recupere.

    - Mas eu não estou aqui para entendiá-los com política - diz, retomando seus passos pelo aposento - Vocês querem aventura, e vocês terão. Os outros estão esperando algum tipo de grande torneio para selecionar os viajantes, mas a seleção está ocorrendo desde que botaram o pé aqui. Tenho olhos e ouvidos por todo o reino, e observei cada passo de vocês. Cada um de vocês tem uma característica única que será útil nessa jornada. Não procurei simplesmente pelos mais fortes, ou pelos mais habilidosos. Vocês enfrentarão perigos que não podem ser neutralizados com simples espadas ou feitiços.

    - Devo dizer, ainda, que nunca ninguém jamais voltou da Ilha Sagrada desde que ela foi selada - advertiu, deixando a informação pairar no ar por alguns momentos antes de seguir sua fala - É um grande risco que vocês correm, e por isso trouxe alguns presentes para ajudá-los a sobreviver. Conversarei com cada um de vocês reservadamente, mas, antes, preciso saber se estão completamente certos disso. Depois desse momento, não há mais ponto de retorno, não há possibilidade de desistência. Vocês estarão comprometidos em buscar a Ilha e buscar a cura, ou morrer tentando. Se têm dúvidas, a hora de tirá-las é agora. Se não têm certeza, saiam por aquela porta.

    - E então? - indaga finalmente, recostando-se na parede ao lado da porta, de braços cruzados e sobrancelhas erguidas, à espera de reações.

    off:
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    Mensagem por Dycleal Dom Dez 30, 2018 1:52 am

    Sarah ouve atentamente as palavras de Faelar e apesar de um pouco entediada com a extensa explanação política, que já sabia de cor pelos relatos da sua avó nos sonhos, fica intrigada com a aparência do elfo dourado e com vontade de conhecer Elvenon, a ilha dos elfos, viagem que ainda não tivera oportunidade.

    Quando ele pergunta se tem dúvidas ou arrependimentos, fica pensando no seu falcão que a seu pedido ficara na cumeeira da estalagem vigiando qualquer movimento e gostaria que ele estivesse ali no seu ombro.

    Ela pensa consigo sobre a missão e os seus perigos, e pensa como um anão e como um soldado e no final pensa como uma neta sedenta de ver e abraçar a avó e se levanta, pedindo licença para falar e diz: - O senhor falou que tem ouvidos em todos os lugares, então deve saber que fui criada por anões e ao sair de Bergen, não tem retorno, não tem arrependimentos, parti rumo ao meu destino, que está na ilha. Minha avó a grã druida branca, do círculo sagrado da lua, a grã senhora Mewtruah MacShine vive lá na ilha e ou vou morrer tentando ou a terei nos meus braços, em um abraço de neta e avó. Agora como guerreira, quero saber se teremos alguma cobertura ou um covil onde podemos nos organizar, ou nos esconder após algum revés para depois se reorganizar e tentar novamente ou se teremos algum simples apoio de alguém da fé antiga? Agora quanto a desistir, que desistam, mas vou sozinha se for o caso. Comigo é daqui para a Ilha sagrada e não para trás, entendeu? E senta-se serena, esperando a sua resposta.

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    Mensagem por Rosenrot Dom Dez 30, 2018 10:02 am

    Alerathla Rion'lë, A Filha do Grande Cervo Alvo

    Alerathla seguiu pelo corredor mergulhada em incertezas; a assinatura élfica no final do pergaminho era dúbia em sua mente e ela não tinha certeza se deveria mesmo nutrir esperanças ou simplesmente afundar-se num desespero silencioso. Enquanto andava o mais silenciosamente possível na direção do final do corredor, a elfa agarrava-se as suas vãs expectativas e tentava lembrar-se de cada rosto ansioso que deixou para trás.

    Ela pousou perto à porta, num instinto natural de proteção - era a única saída além das janelas - e observou com o canto dos olhos cada um que chegava, sem ousar levantar a cabeça para encará-los propriamente dito.

    Então virou-se para trás, ao ouvir os passos - não tinha a audição apuradíssima de Cirila -, mas era safa o suficiente para saber quando alguém se aproximava, ainda mais quando essas pessoas não faziam a menor questão de esconder. Sua mão direita largou o pergaminho e pairou na adaga em sua cintura. Mas antes que qualquer um dos presentes pudesse sequer cogitar a possibilidade de um embate, Alerathla observou perplexa a poeira cobrir os mercenários e carregá-los para longe num sono distante, foi quando se deu conta que não tinha olhado o quarto propriamente dito, seus olhos se arregalaram e ela olhou em volta. Seu corpo gelou quando a criatura surgiu das sombras, ondas de terror espalharam-se rapidamente, mas ela se recusava a se mover, fixou o olhar na criatura até que se relevasse por completo e um misto de perplexidade, medo e alegria misturou-se ao contemplar o Elfo à sua frente.

    Então as dúvidas vieram como uma cascata que desaba sobre as pedras, mas a principal delas ecoava como um grito constante em sua mente: "Por quê?".

    Por quê um Elfo era conselheiro do homem que caçara a Fé Antiga?

    Por quê ele tinha permitido que isso acontecesse?

    Por quê? Por quê?

    Alerathla semi-ouvia o que era dito sobre a politicagem, o incomodo da presença do elfo invadia sua mente e suas perguntas tornavam-se um raiva contida e direcionada. Sabia então ele quem Alerathla era? Provavelmente e detestava a sensação de tê-lo rondando sua mente e suas ideias. "Vá embora." - Ela disse baixinho em élfico, baixo demais para que os outros ouvissem - talvez Cirila apenas -, mas sabia que ele ouviria. Vá embora, vá embora, saia da minha cabeça.

    Ergueu o olhar para ele, quando referiu-se à Taptoy como "Ilha Sagrada", a elfa arqueou as sobrancelhas... Seria possível? Não, não. Era melhor não acreditar em muita coisa até ter seu preço pago, porém suas expectativas minguavam no decorrer da narrativa de como o poder era distribuído. Como poderiam então libertar a Fé Antiga se o Imperador não pudesse decidir por isso? Uma ideia então lampejou em sua mente, como um tornado ganhando força: Lamarque tinha que morrer.

    Alerathla nunca tinha pensado em matar por matar: todas as vezes que se viu na necessidade de ceifar uma vida tinha sido por necessidade - mas não era aquilo uma necessidade? - pensar em assassinato lhe... Lhe perturbava, dispensou o pensamento como um suspirar e retornou sua atenção a Faelar.

    Então a outra mulher falou, Alerathla olhou-a de rabo de olho e moveu a cabeça lentamente em negativo enquanto a jovem despejava informações pessoais para um desconhecido, sem cautela, sem cuidado. E se fosse uma armadilha? Lambeu os lábios brevemente, existia um grand equivocar nas perguntas da guerreira: a Fé Antiga não estaria do lado deles, bem não de todos eles, Alerathla tinha até mesmo dúvidas de que qualquer um na Ilha se dispusesse a ajudar as pessoas de Värld, não depois do Expurgo.

    - Eu não quero aventura. - Ela disse finalmente, sua voz era suave e delicada como uma canção élfica, Alerathla deu um passo à frente e levou as mãos ao capuz baixando-o, os cabelos cor de cobre caíram livres pelos ombros e seu olhar focou-se em Faelar; diferente dele Alerathla tinha a pele acobreada, os olhos num tom avelã e os cabelos num cobre avermelhado vivo, uma pequena guirlanda de flores adornava-lhe a cabeça - substituta simples de sua tiara - ela tinha o olhar fixo em Faelar, um olhar que apesar de expressar receio e ira também estava carregado de determinação e coragem - e por que não dizer amor - a todo que ela representava.

    Ela ergueu a mão aberta para Faelar, exibindo os galhos que antes enfeitavam sua cabeça representando os chifres. - Quero liberdade. - Completou, dessa vez em elfico.

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    Mensagem por Garahel Dom Dez 30, 2018 11:57 am




    O elfo franze o cenho e os lábios ao ouvir as palavras de Sarah, parecendo incomodado.

    - Eu teria cuidado em sair anunciando isso por aí - anuncia, com uma voz calma - Nunca se sabe quem pode estar ouvindo. Quanto a apoio, vocês não terão nenhum. Os que habitam a Ilha são hostis a qualquer visitante, e depois de vocês pegarem o barco não haverá nenhum lugar seguro.

    Quase imediatamente depois de terminar de falar, a voz melódica de Alerathla preenche o ambiente. Faelar vira-se para ela, com um brilho de curiosidade nos olhos, e dá um meio-sorriso ao ouvir as palavras em élfico. A expressão causa certa estranheza; seu rosto sempre sério não parece comportar bem um sorriso, nem pela metade.

    - Como esperado - responde, também em élfico. Sua voz grave parece amoldar-se perfeitamente ao idioma, e suas palavras reverberam como enunciados de um encantamento; os presentes quase podem sentir-se enfeitiçados - Conversaremos depois - conclui. Descolando-se da parede em que estava apoiado, Faelar caminha em direção à janela, o olhar voltado para o lado de fora - E os outros? - indaga, retornando ao Idioma Comum.

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    Mensagem por Dycleal Dom Dez 30, 2018 12:11 pm

    Sarah ouve a resposta do elfo e fica pensando em como sua educação franca com os anões, as vezes, a faz pensar que pode confiar em todo mundo. Mas reflete que o elfo tem razão e é melhor desconfiar de todos, pois na verdade são estranhos e os motivos que os trazem aqui não são todos puros ou santos e decide observar mais e falar menos e pensar em uma estratégia para um desembarque hostil.
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    Mensagem por Edu Dom Dez 30, 2018 1:44 pm

    Ed quando chegou ao quarto numero 3 apenas se sentou na cadeira e botou as mãos sobre o colo. Não teve qualquer reação quando os mercenários apareceram, achava que era melhor esperar o que ia acontecer. Estava certo no final o convocador deles deu um jeito. Deu um rápido sorriso com o canto da boca vendo como o elfo lidara com os sujeitos.

    Tendo terminado a ação toda Ed aplaudiu.

    - Perfeito, pelo menos dá um conforto saber antes de um mundo de sofrimento que a pessoa que o contratou é competente. Eu ia pergunta sobre os critérios usados para a nossa convocação, mas você já praticamente respondeu, então só tenho a dizer quando embarcamos? - terminou com mais um sorriso irônico.

    Ele sabia com certeza, o que levava a se perguntar. A quem Mab se referia como filhas e filhos de Titania? Essas duas parecia a muito esquecidas. Ninguem falava delas sequer as mencionava, tanto Titânia e Mab, só ele mesmo tinha tido contato com a rainha do inverno. No meio do seu pensamento foi interrompido pelo dialogo da elfa e o contratante deles. Ele que conhecia a língua dos dois observou as palavras trocada levantando uma sobrancelha.

    - Me perdoem a ignorância, mas o que tem de especial essa ilha perdida, para que se pense que possui uma cura para um mal intratável do imperador? Digamos que consigamos o impossível e chegamos nessa ilha, como saberemos o que procurar e aonde encontrar? É um território hostil e provavelmente os locais não vão nos entregar as informações assim que perguntarmos, então a grande pergunta que fica é o que procuramos? - falou olhando para um dos integrantes da mesa e terminou encarando o elfo.

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    Mensagem por Sandinus Dom Dez 30, 2018 3:50 pm

    Milo seguiu o corredor cauteloso, seu peso leve ajudava a ranger menos as madeiras do caminho para o quarto. Era estranho que ele fosse convocado tão diretamente assim ao mesmo tempo que suspeito já que pelo menos parte de alguns em Akermark sabia de sua absoluta insatisfação quanto ao general Lamarque.

    O pequenino adentrou o quarto com a mão direita segurando o cabo de sua rapieira, ele observa os demais desconfiado, pois os achou bem estranhos e consequentemente suspeitos. Não demora muito e passos pesados são ouvidos no corredor, Milo apenas lança seu olhar aguardando quem entraria pela porta e para sua desagradável surpresas três homens ainda mais suspeitos chegam também e logo provocam Milo e o Menestrel que tocou por último na taverna, o pequenino não esqueceria da qualidade daquela melodia, mas apenas apertou o cabo de sua Rapieira encarando os homens.

    Porém, assim que os três sacam suas armas rapidamente o pequenino salta sobre a mesa e aponta sua Rapieira para os três ao mesmo tempo que olhava os demais na mesa desconfiado esperando uma emboscada. Para sua surpresa uma poeira brilhante pairou sobre os homens e eles caíram desacordados, passando a levitarem para fora do quarto, fazendo a porta trancar-se sozinha.

    Milo ainda estava desconfiado e não guardaria sua rapieira, então, de súbito uma criatura começa a emergir das sombras e no reflexo o hafling vira-se para ela apontando sua arma. Logo ela se revela e demonstra ser um elfo. Milo estranha um pouco no começo mas ouve as palavras do homem e percebe que não era hostil. Ele guarda sua rapieira e senta-se na sua cadeira voltando sua atenção para ele.

    O pequenino também ouve a opinião dos que se pronunciaram e a "puxada de orelha" do elfo para com a moça que já saiu contando detalhes perigosos. Ele não a culpa nem a condena, Milo sabe que ações geram reações, mais cedo ou mais tarde, logo o que essa moça fez ele considerava normal.

    -Consequência existem para atos espontâneos, porém, mas cedo ou mais tarde essa consequência viria, não vejo motivos para repreender esta moça.

    Disse o pequenino com um olhar severo para o elfo. E continuou:

    -Faelar não é? Você provavelmente conhece o velho capitão aposentado Bugin, Espada Rápida, um dos maiores soldados que já se viu. Ele é um hafling e meu avô, o qual perdi recentemente. Ele tinha uma admiração enorme pelo imperador, pois era um homem justo, com punhos firmes, que administrava nosso continente muito bem. De onde vim, Akermark, nós tínhamos segurança e respeito, o governo preocupava-se conosco e com a segurança de meu povo, porém, tudo desmoronou quando o imperador adoeceu e Lamarque assumiu o comando.

    Esqueceram nossa segurança e nos abandonaram a própria sorte sob ataques constantes de goblins e orcs. Quase desesperado, meu avô pediu que eu liderasse a defesa do vilarejo contra os inimigos já que ele não tinha mais condições tendo em vista sua idade. Eu não podia negar e fiz isso! Organize como pude o vilarejo com muralhas de madeira, torres de defesa e de vigia, treinei as pessoas nas armas, criei armas e armaduras a partir da madeira, pedra couro e ossos de animais, ainda assim perdemos muito dos nossos e até hoje estamos perdendo por esse abandono.

    Eu tenho uma solução mais rápida e objetiva. Criamos dois grupos, um buscaria a cura para o imperador e o outro por cautela assassinaria Lamarque! Pois eu não duvido que ele e todos aqueles que estão contra o imperador são os responsáveis por essa doença misteriosa que o acometeu, são criminosos, traidores e assassinos.


    A raiva estava estampada na fala do pequenino, assim como em seu olhar, ele não matava sem necessidade, apenas em casos extremos isso seria cogitado, porém, situaç aão já era desesperadora, seu povo estava morrendo.

    -Caso ninguém volte de lá como você já disse que ninguém voltou, como esse problema seria solucionado? Não vou admitir que meu povo seja abandonado e entregue ao abate! Eu sou um herói para eles e farei o possível e o impossível para protegê-los!

    Então Faelar, qual a solução caso nenhum de nós volte? Você teria coragem para fazer isso, assassinar Lamarque? Ou, caso seu povo não fosse afetado deixaria como está e os outros povos que se virassem sozinhos?


    O hafling encerra encarando Faelar, como se ele que dessa vez lesse os pensamentos do elfo e analisasse minuciosamente suas palavras sem fazer questão de falar baixo quanto a assassinar Lamarque.

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    Mensagem por Irving Dom Dez 30, 2018 5:00 pm

    Sai pela porta da frente do Grande Farol, torcendo para o bispo não me ver. Fiquei imaginando o que ele imaginaria ao ver que sua unica chance de melhorar de status e aumentar sua influência foi embora.Segui todas as instruções dadas pela minha serva. Tinha que confiar no meu senso de direção ao máximo, não poderia esquecer de forma alguma o caminho. Perguntar para alguém ali seria praticamente como um suicídio.–‘’Vamos lá, Ciri. Sigo reto por 10 metros e depois viro à direita. Ali já será o boca de peixe. É a única taverna do vilarejo, então quando eu estiver perto, vou escutar e sentir bastante movimentação. ‘’

    Cheguei ao lado do lugar e subi um pequeno lance de escada que daria direto para a entrada da taverna Ao entrar, escuto todos os bêbados conversando, e debatendo como seria a ‘’seleção’’ para entrar no  grupo seleto de viajantes. Mal eles sabiam que eu era uma delas. – ‘’Ciri, preciso subir mais um lance de escada. Se concentre. ’’– Concentro a audição em meio a todo o barulho dos bêbados, e consigo ouvir o barulho de um pé extremamente pesado, descendo pela escada de madeira, extremamente degradada. Automaticamente identifiquei o caminho da escada, e a subi. – ‘’Estamos indo bem, no final das contas. Agora devo ir até o final do corredor, na ultima porta. Lá estará o local combinado. ’’

    Ao entrar, senti um cheiro que não consegui identificar exatamente do que era. Só consegui identificar que era um cheiro de mofo, ou algo parecido. O lugar não era aberto há muito tempo. Isso já me preocupou um pouco, por pensar que talvez tivesse ido ao lugar errado. Até  consegui sentir a presença de algumas pessoas no lugar, talvez umas quatro, ou cinco. O silencio era grande e constrangedor, e a única coisa que eu ouvia era suas respirações abafadas, e calmas.
    Estava no meio de pessoas seguras de si e muito habilidosas, assim como eu. Poderia sentir isso. Coloquei as mãos à frente para sentir talvez algum móvel, mas não senti nada. Encostei-me sobre a parede, aguardando alguma coisa. – ‘’ Tem alguém subindo a escada, Ciri. São três pessoas. Os passos são pesados e apressados, provavelmente alguém descontente, ou muito apressado mesmo. ’’

    Coloquei a mão sobre a bainha assim que o primeiro homem começou a falar. Antes que ele terminasse seu discurso, escuto um som suave e sibilante de sopro que interrompe o que ele falava. Suas armas e seus corpos caem no chão, automaticamente. Estavam em sono profundo. Seria um dos seus companheiros já atacando? Não imaginei que eles seriam tão poderosos.

    Na verdade se tratava de um homem, que se apresentou logo depois. Sua voz tinha um tom grave, porém de muita calma e leveza.  Depois de certo tempo, sinto uma intensidade diferente, de alguma forma. Sabia que o homem não era um humano, com toda certeza não era.

    Ele se apresenta e faz uma explicação politica, sobre o que estava acontecendo em Värld. Entendia bem o que estava acontecendo. A nobreza, grupo no qual eu fazia parte, ainda apoiava o Imperador. E esse era o grande problema, e também um dos motivos pela minha ida até a ilha. Minha família corre o risco de ser morta a qualquer momento, fora que estão praticamente impossibilitados de saírem de casa, já que a população culpa muito os ricos por tudo que acontece. – ‘’Como se a culpa fosse nossa, Ciri.’ – A questão é que eu estava totalmente decidida a ir até a ilha. Mesmo sabendo que não teríamos nenhum tipo de ajuda lá dentro, algo que eu já esperava. Será tudo hostil.

    -Senhor Faelar. – Falei, respeitosamente, após o ultimo homem falar. Ele estava com uma ideia um tanto quanto precipitada, de organizar um assassinato ao general Lamarque. Aparentava estar extremamente convencido do seu plano. Embora estivesse convencido do seu plano de assassinar o general, não aparentava ter nenhuma convicção de que voltaríamos vivos de lá. Não precisamos assassinar ninguém, iriamos trazer a cura e tudo iria voltar a ser como era. Se nem os recrutados tinham confiança, quem teria? – Eu estou pronta para ir a ilha. Se me escolheram, sabem da minha capacidade. Farei de tudo para cumprir o dever perante Värld e perante minha família.
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    Mensagem por Garahel Dom Dez 30, 2018 5:43 pm




    - O que procuram - começa a explicar Faelar ao bruxo, sem se virar. A brisa que entra pela janela carrega sua voz grave até os ouvidos dos aventureiros - É a própria Ilha. Outrora ela não foi chamada de Sagrada sem um motivo: lá, o Véu que separa os planos deste universo é mais fino, e a magia flui com mais intensidade. Estarão mais próximo dos espíritos... E dos demônios. - por fim vira-se, apoiando-se uma vez mais no peitoril, e cruzando as mãos na altura do colo - Há lendas sobre o poder de cura da Ilha, mas o que vocês exatamente procuram eu não sei dizer. Pode ser um pouco da terra da Ilha, ou algum artefato, um pouco da água de seu lago, um ritual a ser realizado... Vocês terão que descobrir.

    Quando Milo inicia seu discurso, o elfo dirige seu olhar para o halfling com um brilho nos olhos de quase divertimento. Ouve entretido e em silêncio cada uma de suas palavras, e fica quieto ainda por alguns momentos após o fim do discurso, a expressão imutável.

    - Meu caro pequenino - diz, por fim, com a voz ainda mais grave do que antes, se é que isso seria possível - Sinto-me idoso em ver seu pensamento tão enérgico. Mas, veja bem, se a solução fosse tão simples... - com um súbito movimento de suas mãos, uma pequena bola de fogo atravessa velozmente o aposento e explode na porta do outro lado, desaparecendo logo em seguida. Na madeira, deixa uma marca enegrecida que forma feições humanas; mesmo sem nunca tê-lo visto pessoalmente, todos sabem tratar-se de Lamarque - Eu já teria resolvido o problema há muito tempo. Não vê que o general não é o jogador deste xadrez, mas apenas uma peça?

    Faelar retoma sua caminhada retornando o aposento, e agora fala mais baixo, quase que consigo mesmo.

    - Forças sombrias estão por trás da doença de Justiniano, das invasões de orcs e da ascensão de Lamarque. Elimine um general, transforme-o em mártir, e outro aparecerá no lugar. Não, não adianta. Precisamos de uma força capaz de reagrupar o Império contra as verdadeiras ameaças. Apenas o Imperador seria capaz disso. Se falharmos... - seus passos são subitamente interrompidos, e sua voz transforma-se em um sussurro pesaroso - Não será uma questão de meu povo ou seu povo. Todos sucumbirão. Talvez seja até tarde demais, pois eu vi com os meus próprios olhos o que nos aguarda no horizonte. Que os deuses nos protejam.

    Depois de um profundo suspiro, o elfo retoma sua postura e sua expressão séria, virando os olhos faiscantes em direção à mesa de aventureiros. Ouve com satisfação a determinação de Cirilla, mas não diz nada. Com as mãos nos bolsos das vestes, observa o não tão jovem bardo de ressaca, aguardando que se manifeste.
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    Mensagem por Edu Dom Dez 30, 2018 7:19 pm

    Mexeu-se na cadeira ao ouvir a resposta de Faelar, principalmente o que disse para o halfling. Apoiou o cotovelo na mesa colocando a mão no queixo assim fazendo uma posição reflexiva.

    - Juntando tudo o que você falou: nós temos que ir para um lugar difícil de chegar, procurarmos um cura que não sabemos, sobreviver aos locais que serão hostis, evitar as influencias de forças negativas que podem nos atingir devido ao véu mais fino, voltar, recuperar o imperador para ele e possivelmente nós lutarmos contra força malignas que já estão em ação aqui - Ele passou a mão na testa - Quem quer viver para sempre não é?

    - Você pode dizer que tipo de força maligna está causando o momento turbulento do império atualmente? E podemos esperar alguma sabotagem por parte de Lamarque?

    Vinah
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    Mensagem por Vinah Dom Dez 30, 2018 7:47 pm

    Teryn acordou naquela manhã com uma grande dor de cabeça e muito enjoado. Seu estômago parecia se revirar a cada segundo, e o menestrel se forçava para não vomitar. Ainda com a mente lenta, ele olhou para o quarto em que havia dormido, e viu o chão ainda com resquícios de seus líquidos estomacais. Não era uma visão muito boa, e certamente o taverneiro ficaria extremamente irritado quando acordasse e percebesse aquela cena. Teryn com certeza não queria estar nesse momento, por isso ele forçou a se levantar. Foi com dificuldade que fez isso, o mundo girava e seu senso de equilíbrio estava lento. Ora, Teryn sempre fora acostumado a beber, era resistente em relação a isso, mas a medida que ele ia envelhecendo, os anos pareciam minar aquela sua habilidade de recuperação. Nesses últimos anos, era comum que Teryn bebesse, e passasse o dia numa cama, sem conseguir fazer nada produtivo e nem mesmo pensar sobre muita coisa. Esse dia seria um desses, se não fosse pelo fato do medo de ser encontrado pelo taverneiro em meio aquela sujeira, e também pelo fato de que tinha um encontro inadiável naquele dia, e que certamente não haveria outra chance. O menestrel então se levantou, indo em direção ao local de encontro, levando todos os seus pertences consigo.

    Após um tempo, Teryn se via sentado envolta de uma mesa com outros estranhos, seus prováveis novos companheiros. Ele havia chegado a essa conclusão rapidamente, mesmo ainda com a mente pesada. Normalmente, ele falaria com as pessoas, tentaria as conhecer e então as julgaria-as, mas não hoje. No momento, tudo que Teryn conseguia fazer era tentar controlar seu corpo, pois seu estômago borbulhava e se revirava, e um desejo incontrolável tentava tomar conta de si no momento, uma vontade de vomitar.

    " Não seria nada agradável se eu vomitasse em meus companheiros logo no primeiro dia. Imagino que isso poderia me excluir do grupo, antes mesmo dele começar. Porém, devo admitir que isso ia ser engraçado. Quem será que ia ser o primeiro a perder a cabeça? Quem será que ia se irritar, mas dizer poucas palavras? Gostaria de conhecer algum deles, para ter com quem apostar." Teryn riu com seus pensamentos, e quando ele começava a olhar para seus companheiros, afim de pensar na resposta ao seu pensamento, algo aconteceu. Três homens entraram no local, de maneira hostil, e os ameaçara. Ele não tentou se levantar, estava cansado e sem energia, e imaginou que seus novos companheiros iriam tomar conta da situação. "Eles estão indo para uma missão perigosa, devem ser todos bom lutadores! Que bom, que exibam suas forças agora. Irei incentivá-los com um grito de animação!". Mas antes que pudesse incentivar seus companheiros, algo aconteceu com os homens. Uma mágica, sem dúvidas, mas por um longo momento Teryn imaginou se aquilo que via acontecer era real. " Será um fruto da bebida, ou realmente alguém matou os homens sem encostar neles com tamanha velocidade?" E sua pergunta mental fora respondida quando o elfo se revelou, o qual, por sinal, era quem havia organizado o encontro entre eles.

    Antes do elfo começar a falar, Teryn sentiu uma intensidade grande em seu olhar. Era como se o elfo fosse capaz de verificar minusciosamente quem Teryn era. O menestrel ficou por um momento constrangido, imaginando se o elfo era capaz de sentir o estado lamentável que Teryn estava naquele momento. Um sentimento que não durou, pois Teryn sabia que a arte de ser um menestrel era penosa e dura, e beber e confraternizar era um fardo que tinha que carregar, afinal, grandes habilidades vem sempre de grandes responsabilidades. Ele sorriu com esse pensamento, e por um momento seu corpo se recuperou por causa do orgulho que sentia de si próprio. Seja como for, o elfo começou a falar, e Teryn ouviu atentamente, e fizera o mesmo quando seus companheiros partilhavam suas aflições.

    Era claro que havia um grande mal se espreitando pelo reino, tentando desequilibra-lo e minando sua força, a começar pela doença misteriosa do imperador. Teryn havia concluído que Lamarque era sim um inimigo, mas sabia mais ainda que não se devia jogar o jogo de seus inimigos, e sim criar um próprio. Observou então os ânimos se levantarem, e surpreso, ouviu uma das pessoas sugerir que tentassem eliminar Lamarque. Era hora do menestrel falar, não poderia deixar as coisas irem para aquele lado.


    - Pelo visto nós temos uma missão difícil pela frente, uma missão que poucos aceitariam e conseguiriam carregar tal fardo. Porém, a viagem até a ilha, se é uma das coisas que pode salvar o imperador, e com isso a paz no continente, é o que devemos fazer. Assassinar Lamarque é dar a eles, seja lá quem esteja por trás dessa trama, munição para desestabilizar o reino. A morte dele poderia resultar em uma guerra civil, e a violência poderia se alastrar por todo o continente. Eu não vejo como isso poderia ser benéfico para ninguém, nem para o imperador nem como para nós. Devemos escolher o caminho mais difícil, mas o mais correto.

    Teryn não tentou controlar os ânimos de ninguém, apenas fora honesto e mostrara sua opinião, algo que provavelmente se devia a sua ressaca. Então ele ouviu o que o halfling nervosinho dizia, e endossou em direção ao elfo Faelar.

    - Nós já sabemos com que tipo de força iremos lutar? Há alguma suspeita?
    - Ele espera o elfo responder, e também se dirige aos seus amigos. - Parece que teremos um longa jornada pela frente, uma que certamente será árdua e cheia de dores, mas os frutos que poderemos colher é algo imensurável. Podemos trazer a paz definitiva para o continente. É um objetivo grande, e como vocês, suspeito que algo grande repousa naquela ilha. Apesar de não sabermos o que procurar, imagino que possamos descobrir. Nós temos os conhecimentos de um elfo aqui, um conhecimento antigo, e no que diz respeito a mim, posso fazer uma pesquisa sobre algumas lendas do passado. Talvez possamos achar um padrão nas histórias e solucionar o que encontraremos lá na ilha.

    Teryn confirmava que estava disposto a ir naquele local, mas omitira um dos fatos que fazia com que ele topasse aquele desafio. Ele sabia que algo grande ia acontecer, uma vez que estava ligado ao imperador e a uma ilha misteriosa. Só isso, já lhe renderia um grande título de héroi, e sua fama finalmente seria inquestionável pelo continente. Isso o agradou.
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    Mensagem por Rosenrot Dom Dez 30, 2018 8:38 pm

    Alerathla Rion'lë, A Filha do Grande Cervo Alvo

    Ela moveu suavemente a cabeça em positivo, as palavras de Faelar confirmaram as suspeitas de Alerathla: ele sabia exatamente quem ela era e isso a druidesa não mensurava nem como bom ou ruim. Seu alerta a jovem emissária dos anões não surpreendeu Alerathla já que estava bem acostumada a não vociferar a respeito de sua fé, a druidesa manteve-se atenta aos demais, Alerathla apegou-se a uma única coisa: conversaremos depois.

    Ouviu o pequeno expor seu pensamento anterior com tamanha ira que se surpreendeu por um instante, mas Alerathla era mais cuidadosa, Faelar acabara de avisar que nunca se sabia quem estava ouvindo e isso era um fato perigoso, não confiava na suposta proteção das paredes. Sendo assim apenas ouviu em silêncio cada um dos aparentes novos companheiros, a guerreira cega lhe interessava, Cirila parecia pensar parecido com Alerathla e ter a mesma sensatez diante das coisas, a druidesa deu uma olhadela na direção da moça, antes de focar-se novamente no pequeno hafling.

    Alerathla estava familiarizada com a magia - crescerá neste meio afinal -, mas quando Faelar evocou a bola com tamanha facilidade e rapidez a elfa surpreendeu-se. O poder do elfo a sua frente possivelmente era comparado ao de sua própria mãe e isso pôs outro grande ponto naquela estranha questão, por que Faelar mesmo não arriscava-se a ir? Ele mais do que ninguém estaria preparado, mas a resposta veio rapidamente de suas próprias ideias; se Faelar se afastasse, Justiniano morreria.

    Escutava o Bardo falar, mas não conseguia realmente prestar a devida atenção; matutava suas ideias silenciosamente. Tina Faelar escolhido a ela por achar que talvez sua presença fosse trazer alguma benesse para quando chegassem à Ilha? - se chegassem - quer dizer, saberiam o povo da Ilha sobre qualquer lenda fora dela? Alerathla não duvidava, mas que diferença fazia? Pelo que Faelar dizia o problema real não seriam exatamente os habitantes... Mas a Ilha em si. Alerathla já tinha ouvido muitas histórias a respeito do local... Mas nunca de alguém que realmente tivesse estado na Ilha.

    Por um instante a elfa teve vontade de responder ao Bardo, de lhe dizer que ninguém saberia coisa alguma sobre a Ilha, lendas talvez brotassem aqui e ali, mas nada era confiável e nada poderia ser real. Porém ela olhou para Faelar e teve duvidas se realmente ninguém sabia nada sobre o lugar.

    - Acredito que se Faelar soubesse o que acama seu Imperador já teria encontrado meios para desfazê-lo. É tua última esperança, não é? A Ilha, é tudo ou nada. - Por um instante apiedou-se de Faelar, sabia como era estar tão próximo de perder tudo pelo qual já tinha se lutado, mas empurrou esse sentimento para longe. Era sua moeda de troca, sua barganha.

    Ela podia estar enganada, claro que podia, mas ao seu entender Faelar estava tão - ou mais - desesperado do que ela.

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    Mensagem por Dycleal Dom Dez 30, 2018 10:27 pm

    Sarah já começa a colher os frutos da sua decisão de ouvir mais e falar menos. Percebe que o motivo da seleção de cada um é a soma das suas habilidades e que isso exigiria um bom observador e líder para identificar e organizar os esforços e não seria fácil pois nem mesmo o poderoso e sábio elfo está completamente perdido quanto ao objeto da missão, ele simplesmente está tentando qualquer coisa, mas não sabe o que e não nos ajudará muito, portanto será necessário acharmos o nosso próprio jeito.

    Neste momento a jovem guerreira eleva o seu pensamento para sua avó e para o seu pai e os invoca a ajuda-la pois ele como elemental da terra é conhecedor de todas as terras e sua avó é moradora da ilha sagrada e poderá intermediar alguma ação ou conhecer melhor os recursos que a ilha pode oferecer e espera que seus sonhos e visões possam manter a sua mente instruída com essas informações e termina a breve prece mental e continua a analisar os seus companheiros.
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